Patrões do comércio atacam 1.º de Maio

CESP marca greve

«O retrocesso social também se vê na pressão para liquidar o 1.º de Maio», protestou o Sindicato do Comércio, que apresentou um pré-aviso de greve para defender o feriado nacional do Dia do Trabalhador.

Estas são práticas de «terrorismo empresarial»

O CESP e a Fepces/CGTP-IN concretizam, com esta medida de luta, um passo decisivo da campanha sindical «No 1.º de Maio não trabalho», permitindo que não compareçam ao serviço os trabalhadores das lojas que pretendem abrir as portas, em situações que não podem ser explicadas por uma justificação social.
Numa nota à imprensa, o sindicato explica que, este ano, aos estabelecimentos das marcas Intermarché, Ecomarché e Leclerc, bem como vários centros comerciais, que reiteradamente querem abrir as portas no 1.º de Maio, outros se querem juntar, designadamente da Worten, Modelo Bonjour, Modelo e outros do Grupo Sonae, assim como do Dia (Minipreço), AC Santos, Mosqueteiros, AKI e alguns supermercados Pingo Doce.
«Os interesses do capital impõem-se nas leis e regulamentos municipais aos valores da democracia, liberdade e dignidade, ao permitirem a abertura dos estabelecimentos do comércio e serviços no 25 de Abril, Dia da Liberdade, e 1.º de Maio, Dia do Trabalhador» - acusa o CESP, lembrando que «a lei da abertura e encerramento dos estabelecimentos, bem como os regulamentos municipais neoliberais aprovados pela maioria das câmaras municipais, com realce para Lisboa e Porto, dão espaço à abertura dos estabelecimentos nestes dias simbólicos e à liquidação das comemorações». O sindicato realça que «estas práticas de terrorismo empresarial degradam a memória histórica, os direitos dos trabalhadores e a democracia».
Aos trabalhadores, «nesta encruzilhada histórica como noutras, não resta senão lutar com as armas que têm na mão», enquanto «a precariedade, o desemprego e uma sociedade cada vez menos informada e despojada de valores criam as condições necessárias para que empresários e gestores, pouco ou nada adeptos da liberdade e da democracia, avancem para o apagar da História».
A par do pré-aviso de greve, o CESP emitiu um apelo «às forças políticas, sociais e culturais, para condenarem mais este atentado à memória histórica de Portugal».


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