Cerca de 100 mil italianos desfilaram pelas ruas de Roma, dia 20, para protestar contra o decreto que obriga os municípios italianos a colocarem nas mãos dos privados, pelo menos, 70 por cento dos recursos hídricos.
O protesto, organizado por ocasião do Dia Mundial da Água, assinalado no domingo, contou com o apoio de partidos do centro e da esquerda, designadamente a Refundação Comunista e o Partido dos Comunistas Italianos, sindicatos, associações de ecologistas e católicos. À causa da defesa da água pública associaram-se igualmente 150 presidentes de câmara e uma centena de entidades locais e empresas.
A manifestação era encabeçada por uma faixa com a inscrição «Defender a água pública é defender um bem comum», e os protestos dirigidos contra o governo de Berlusconi, que fez aprovar a polémica lei no parlamento em Novembro passado.
«A água e o ar são bens da humanidade e este governo quer privatizá-los», denunciou Stefano Pedica, senador do partido Itália dos Valores.
A manifestação foi organizada pelo Fórum Italiano dos Movimentos da Água que recolheu anteriormente 400 mil assinaturas exigindo a aprovação de um decreto-lei de iniciativa popular que consagre a água como um bem público e interdite a sua privatização.