A crise é do capital
A greve geral que paralisou a Grécia, no dia 24, foi uma resposta clara dos trabalhadores dos diferentes sectores às leoninas medidas de austeridade anunciadas pelo governo do PASOK.
Greve geral parou a Grécia
Pela primeira vez desde que os «socialistas» do PASOK retomaram a governação da Grécia, todas as centrais sindicais apelaram à greve em defesa dos direitos e dos salários. Todavia, enquanto as centrais maioritárias no sector privado e público (GSEE e ADDEY) desfilaram sob a palavra de ordem «Fim à chantagem dos mercados e dos especuladores», a Frente Militante dos Trabalhadores (PAME) aproveitou a mobilização da greve para explicar que a raiz dos problemas do país não está meramente na especulação, mas no próprio sistema capitalista em crise profunda, que procura salvar-se à custa das massas populares.
Foi neste sentido que a PAME e os comunistas gregos desenvolveram uma intensa actividade nos locais de trabalho, apelando aos trabalhadores a desafiarem a manipulação e a intimidação: «O governo, a União Europeia e a plutocracia já disseram o suficiente. Se essas medidas bárbaras vão ou não ser aprovadas dependerá também da atitude e da acção do povo trabalhador», declarou na véspera da greve o gabinete de imprensa do CC do Partido Comunista da Grécia.
O bloqueio do edifício da bolsa de valores de Atenas por sindicalistas da PAME, no dia 23, foi outra acção com grande impacto público, que se destinou a chamar a atenção para os verdadeiros causadores das dificuldades do povo. Junto às três entradas bloqueadas, os sindicalistas colocaram cartazes esclarecedores: «Aqui está o dinheiro: os depósitos das empresas em 2004 foram de 36 mil milhões de euros. Em 2009 atingiram os 136 mil milhões de euros. O PASOK e o ND encheram os bolsos dos banqueiros com montantes que totalizam entre 233 mil milhões e 759 mil milhões de euros.»
Enfrentar o inimigo
Num dia em que a actividade económica do país ficou quase totalmente paralisada (encerraram milhares de fábricas e empresas, estaleiros de construção, escolas, portos e aeroportos., etc.), muitas dezenas de milhares de trabalhadores participaram nas manifestações e comícios em todo o país.
Na concentração da PAME no centro de Atenas, que antecedeu o desfile para o parlamento, Iannis Tolis, presidente da federação dos sindicatos dos gráficos, notou que «as forças do capital e os seus representantes políticos sabem que quanto mais chantagearem e intimidarem os trabalhadores, mais ódio e indignação causam. Eles temem a perspectiva de um levantamento geral dos trabalhadores e, por esse motivo, criaram uma frente em que estão unidos o governo e a oposição, o patronato e a UE, bem como todos os partidos que vêem na União Europeia o único caminho possível».
Presente no comício, a secretária-geral do Partido Comunista da Grécia, Aleka Papariga, apelou aos trabalhadores a superarem «o medo e o fatalismo», e a enfrentarem o inimigo, evitando cair na sua armadilha.
Foi neste sentido que a PAME e os comunistas gregos desenvolveram uma intensa actividade nos locais de trabalho, apelando aos trabalhadores a desafiarem a manipulação e a intimidação: «O governo, a União Europeia e a plutocracia já disseram o suficiente. Se essas medidas bárbaras vão ou não ser aprovadas dependerá também da atitude e da acção do povo trabalhador», declarou na véspera da greve o gabinete de imprensa do CC do Partido Comunista da Grécia.
O bloqueio do edifício da bolsa de valores de Atenas por sindicalistas da PAME, no dia 23, foi outra acção com grande impacto público, que se destinou a chamar a atenção para os verdadeiros causadores das dificuldades do povo. Junto às três entradas bloqueadas, os sindicalistas colocaram cartazes esclarecedores: «Aqui está o dinheiro: os depósitos das empresas em 2004 foram de 36 mil milhões de euros. Em 2009 atingiram os 136 mil milhões de euros. O PASOK e o ND encheram os bolsos dos banqueiros com montantes que totalizam entre 233 mil milhões e 759 mil milhões de euros.»
Enfrentar o inimigo
Num dia em que a actividade económica do país ficou quase totalmente paralisada (encerraram milhares de fábricas e empresas, estaleiros de construção, escolas, portos e aeroportos., etc.), muitas dezenas de milhares de trabalhadores participaram nas manifestações e comícios em todo o país.
Na concentração da PAME no centro de Atenas, que antecedeu o desfile para o parlamento, Iannis Tolis, presidente da federação dos sindicatos dos gráficos, notou que «as forças do capital e os seus representantes políticos sabem que quanto mais chantagearem e intimidarem os trabalhadores, mais ódio e indignação causam. Eles temem a perspectiva de um levantamento geral dos trabalhadores e, por esse motivo, criaram uma frente em que estão unidos o governo e a oposição, o patronato e a UE, bem como todos os partidos que vêem na União Europeia o único caminho possível».
Presente no comício, a secretária-geral do Partido Comunista da Grécia, Aleka Papariga, apelou aos trabalhadores a superarem «o medo e o fatalismo», e a enfrentarem o inimigo, evitando cair na sua armadilha.