FARC negam execução de governador
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia rejeitaram, em comunicado divulgado pela Anncol, qualquer responsabilidade na morte do governador de Caquetá, Luis Francisco Cuellar, e acusam o governo de Álvaro Uribe de estar por detrás da morte do político ao ordenar o seu resgate «a sangue e fogo», acção da qual «não seria de esperar outro resultado».
Apesar de não aceitarem culpas pela morte de Cuellar, as FARC sublinham que o governador estava, desde Março de 2009, a ser investigado pela justiça por vínculos com os paramiliatares, atribuindo-lhe, ainda, o envolvimento na chegada dos grupos armados de cariz fascista à região.
«[Cuellar] participava no conflito armado, não era um simples civil como o apresenta o discurso oficial», dizem as FARC que, lembram, «em Caquetá ninguém desconhece os seus laços com conhecidos mafiosos».
«Quem quer que seja o autor da morte de Cuellar – continuam as FARC – o governador não era um santo». A organização considera também que «2010 ainda não havia começado e já se tornava evidente a magnitude que o conflito colombiano atingirá se o regime continuar a negar uma saída política para o conflito social e armado».
Equador na mira
Entretanto, a guerrilha colombiana alertou para a persistência de manobras desestabilizadoras por parte dos paramilitares junto da fronteira com o Equador visando o governo de Rafael Correa. Em texto difundido igualmente pela Agência de Notícias Nova Colômbia, a Frente 48 das FARC – unidade responsável pela segurança do malogrado comandante Raúl Reys, assassinado pelas forças armadas colombianas numa operação que violou o território do Equador e provocou uma crise diplomática entre as duas nações que se arrasta até hoje – pediu às populações locais para constituírem um «inquebrantável muro humano» cujo intuito é «evitar a entrada no Equador de elementos paramilitares com fins desestabilizadores, obdecendo aos planos de desintegração latino-americanos do “império gringo”».
No documento, aquela unidade das FARC garante ao povo equatoriano que continuará a denunciar «a agressão e provocação permanente do exército colombiano na zona fronteiriça e as incursões no território da república irmã».
«São acções que acontecem sob as ordens do Pentágono e dos planos expansionistas de Washington, que pretendem soterrar a soberania das nossas nações», sublinham as FARC.
Paralelamente, o presidente do Equador, Rafael Correa, denunciou «uma conspiração para desestabilizar o [seu] governo, na qual estão envolvidos certos elementos das forças armadas equatorianas vinculadas ao ex-presidente Lucio Gutiérrez». Em declarações à comunicação social, Correa frisou que na conspiração estão envolvidos militantes do Partido Sociedade Patriótica, de Gutiérrez.
Uma mensagem de correio electrónico foi posta a circular dentro dos quartéis assegurando a extinção do Instituto de Segurança Social das Forças Armadas e a Escola Politécnica do Exército, o que é falso e visa somente semear a desconfiança dos militares para com o governo, aclarou o presidente, para quem, tais planos não terão êxito, já que «não há governo que se tenha legitimado tanto nas urnas e que se tenha exposto tantas vezes ao escrutínio dos cidadãos», por isso, a sua força e legitimidade advêm da ligação aos interesses e aspirações do povo, concluiu.
Apesar de não aceitarem culpas pela morte de Cuellar, as FARC sublinham que o governador estava, desde Março de 2009, a ser investigado pela justiça por vínculos com os paramiliatares, atribuindo-lhe, ainda, o envolvimento na chegada dos grupos armados de cariz fascista à região.
«[Cuellar] participava no conflito armado, não era um simples civil como o apresenta o discurso oficial», dizem as FARC que, lembram, «em Caquetá ninguém desconhece os seus laços com conhecidos mafiosos».
«Quem quer que seja o autor da morte de Cuellar – continuam as FARC – o governador não era um santo». A organização considera também que «2010 ainda não havia começado e já se tornava evidente a magnitude que o conflito colombiano atingirá se o regime continuar a negar uma saída política para o conflito social e armado».
Equador na mira
Entretanto, a guerrilha colombiana alertou para a persistência de manobras desestabilizadoras por parte dos paramilitares junto da fronteira com o Equador visando o governo de Rafael Correa. Em texto difundido igualmente pela Agência de Notícias Nova Colômbia, a Frente 48 das FARC – unidade responsável pela segurança do malogrado comandante Raúl Reys, assassinado pelas forças armadas colombianas numa operação que violou o território do Equador e provocou uma crise diplomática entre as duas nações que se arrasta até hoje – pediu às populações locais para constituírem um «inquebrantável muro humano» cujo intuito é «evitar a entrada no Equador de elementos paramilitares com fins desestabilizadores, obdecendo aos planos de desintegração latino-americanos do “império gringo”».
No documento, aquela unidade das FARC garante ao povo equatoriano que continuará a denunciar «a agressão e provocação permanente do exército colombiano na zona fronteiriça e as incursões no território da república irmã».
«São acções que acontecem sob as ordens do Pentágono e dos planos expansionistas de Washington, que pretendem soterrar a soberania das nossas nações», sublinham as FARC.
Paralelamente, o presidente do Equador, Rafael Correa, denunciou «uma conspiração para desestabilizar o [seu] governo, na qual estão envolvidos certos elementos das forças armadas equatorianas vinculadas ao ex-presidente Lucio Gutiérrez». Em declarações à comunicação social, Correa frisou que na conspiração estão envolvidos militantes do Partido Sociedade Patriótica, de Gutiérrez.
Uma mensagem de correio electrónico foi posta a circular dentro dos quartéis assegurando a extinção do Instituto de Segurança Social das Forças Armadas e a Escola Politécnica do Exército, o que é falso e visa somente semear a desconfiança dos militares para com o governo, aclarou o presidente, para quem, tais planos não terão êxito, já que «não há governo que se tenha legitimado tanto nas urnas e que se tenha exposto tantas vezes ao escrutínio dos cidadãos», por isso, a sua força e legitimidade advêm da ligação aos interesses e aspirações do povo, concluiu.