CIA jura vingança
Um atentado numa base militar norte-americana no Afeganistão matou sete contratados pela CIA e deixou outros seis feridos. Os serviços secretos prometem vingança.
Os sete mortos eram contratados pela CIA à ex- Blackwater
O ataque ocorreu no dia 30 de Dezembro na base de Chapman, na Província de Khost, no Leste do Afeganistão, e foi levado a cabo por um bombista suicida – vestido com um uniforme do exército afegão, para o qual alegadamente trabalhava –, cujo acesso às instalações terá sido facilitado com a posse de informações sobre acções da resistência.
O maior atentado contra agentes da inteligência ocupante foi entretanto reivindicado por um grupo paquistanês supostamente ligado à Al-Qaeda. O TIP, citado pelo jornal paquistanês Dawn, afirma que o bombista foi aliciado pela CIA para lançar investidas no Paquistão, mas acabou por se juntar ao movimento. Fontes ligadas à Agência, citadas por meios comunicação norte-americanos, desmentem esta versão.
Certo e confirmado oficialmente é que os sete mortos eram todos contratados pela CIA à Xe (empresa que sucedeu à Blackwater Worldwide), diz a CNN. Também seguras são as informações veiculadas pelo The Washington Post e pelo The New York Times que indicam que naquela unidade militar se concentram operacionais responsáveis pela recolha e análise de informações contra-insurgentes, bem como pela planificação e execução de missões na região fronteiriça entre o Afeganistão e o Paquistão, entre as quais os ataques com aviões não tripulados (drones) que nas semanas transactas têm sido usados para bombardear o que os ocupantes consideram «bastiões talibã».
Reagindo ao sucedido, a CIA afirma que «vingará este ataque mediante operações antiterroristas agressivas», disse, sob reserva de anonimato, um funcionário da secreta à imprensa norte-americana.
A morte de funcionários ao serviço da CIA desnuda uma realidade cada vez mais evidente nos conflitos e provocações empreendidos pelos EUA mundo fora: a do uso de mercenários em todo o tipo de operações.
Segundo a investigadora Eva Golinger, na primeira quinzena de Dezembro, outros cinco contratados, desta feita à Development Alternatives, Inc. (DAI), foram também assassinados no Afeganistão, na localidade de Gardez. No mesmo dia outra bomba explodiu nas oficinas da DAI em Kabul
Golinger sustenta que os indivíduos trabalhavam para a Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento (USAID) num projecto com o sugestivo «Governabilidade Local e Desenvolvimento Comunitário», fachada para a adjudicação de serviços por parte da CIA, facto que, posteriormente, foi confirmado por um alto funcionário da CIA.
A DAI tem um contrato de 50 milhões de dólares para o Afeganistão.
Conflito sem fim
Entretanto, no terreno continua a desenrolar-se um conflito sem fim à vista, com mortes entre ocupantes e ocupados, embora estes últimos levem de longe a dianteira na tragédia.
Nos últimos dias do ano, uma campanha das forças da ISAF no Leste do país matou mais dez civis, oito dos quais crianças. A operação obrigou o governo de Hamid Karzai a mostrar desagrado pedindo explicações, tal como havia feito quando um bombardeamento alemão, em Setembro, acabou com a vida de 142 pessoas. Até hoje ninguém foi responsabilizado pelo massacre.
Do lado dos invasores, quatro soldados dos EUA morreram na sequência de uma explosão de um engenho improvisado, no Sul do Afeganistão. Os militares foram as primeiras vítimas norte-americanas no território em 2010. No ano passado, 311 soldados yankees morreram no Afeganistão, duplicando o número registado em 2008, 155.
O maior atentado contra agentes da inteligência ocupante foi entretanto reivindicado por um grupo paquistanês supostamente ligado à Al-Qaeda. O TIP, citado pelo jornal paquistanês Dawn, afirma que o bombista foi aliciado pela CIA para lançar investidas no Paquistão, mas acabou por se juntar ao movimento. Fontes ligadas à Agência, citadas por meios comunicação norte-americanos, desmentem esta versão.
Certo e confirmado oficialmente é que os sete mortos eram todos contratados pela CIA à Xe (empresa que sucedeu à Blackwater Worldwide), diz a CNN. Também seguras são as informações veiculadas pelo The Washington Post e pelo The New York Times que indicam que naquela unidade militar se concentram operacionais responsáveis pela recolha e análise de informações contra-insurgentes, bem como pela planificação e execução de missões na região fronteiriça entre o Afeganistão e o Paquistão, entre as quais os ataques com aviões não tripulados (drones) que nas semanas transactas têm sido usados para bombardear o que os ocupantes consideram «bastiões talibã».
Reagindo ao sucedido, a CIA afirma que «vingará este ataque mediante operações antiterroristas agressivas», disse, sob reserva de anonimato, um funcionário da secreta à imprensa norte-americana.
A morte de funcionários ao serviço da CIA desnuda uma realidade cada vez mais evidente nos conflitos e provocações empreendidos pelos EUA mundo fora: a do uso de mercenários em todo o tipo de operações.
Segundo a investigadora Eva Golinger, na primeira quinzena de Dezembro, outros cinco contratados, desta feita à Development Alternatives, Inc. (DAI), foram também assassinados no Afeganistão, na localidade de Gardez. No mesmo dia outra bomba explodiu nas oficinas da DAI em Kabul
Golinger sustenta que os indivíduos trabalhavam para a Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento (USAID) num projecto com o sugestivo «Governabilidade Local e Desenvolvimento Comunitário», fachada para a adjudicação de serviços por parte da CIA, facto que, posteriormente, foi confirmado por um alto funcionário da CIA.
A DAI tem um contrato de 50 milhões de dólares para o Afeganistão.
Conflito sem fim
Entretanto, no terreno continua a desenrolar-se um conflito sem fim à vista, com mortes entre ocupantes e ocupados, embora estes últimos levem de longe a dianteira na tragédia.
Nos últimos dias do ano, uma campanha das forças da ISAF no Leste do país matou mais dez civis, oito dos quais crianças. A operação obrigou o governo de Hamid Karzai a mostrar desagrado pedindo explicações, tal como havia feito quando um bombardeamento alemão, em Setembro, acabou com a vida de 142 pessoas. Até hoje ninguém foi responsabilizado pelo massacre.
Do lado dos invasores, quatro soldados dos EUA morreram na sequência de uma explosão de um engenho improvisado, no Sul do Afeganistão. Os militares foram as primeiras vítimas norte-americanas no território em 2010. No ano passado, 311 soldados yankees morreram no Afeganistão, duplicando o número registado em 2008, 155.