Auto-Estradas do Atlântico

Censura e perseguição

O deputado comunista Bruno Dias exigiu do Governo uma resposta «firme e exemplar» à atitude da Auto-Estradas de proibir contactos e distribuição de informação das estruturas sindicais aos trabalhadores da empresa. Em causa está uma «informação» interna assinada pelo supervisor de portagens dirigida aos trabalhadores onde expressamente se afirma que «não é permitido a qualquer entidade (sindical ou de outra natureza) realizar contactos, distribuir ou afixar informação dentro das instalações da empresa».
Uma medida que o parlamentar comunista classifica de «escandalosa», fazendo lembrar os anos de ditadura fascista onde as «perseguições, a repressão e a censura eram uma prática quotidiana».
Na referida nota interna aquele responsável da empresa acrescenta que «mesmo quando a autorização existe, não é permitido perturbar o normal curso do trabalho, nomeadamente interagindo com os operadores de portagem dentro das cabines de portagem», pelo que, concluiu, «qualquer presença não autorizada não deve ser permitida e toda a informação distribuída clandestinamente deve ser destruída».
Perante tão descarado ataque aos direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores das Auto-Estradas do Atlântico, empresa concessionária que mantém relações com o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Bruno Dias entende que o Governo não pode deixar de actuar e com celeridade.
Daí a pergunta endereçada ao Governo no sentido de saber se vai «desenvolver alguma acção» junto daquela empresa com vista a «pôr cobro à situação ilegal, inconstitucional e antidemocrática que se está a verificar» ou se, pelo contrário, vai «remeter-se ao silêncio» e desta forma tornar-se objectivamente cúmplice de mais um violento ataque à Lei e à Constituição.


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