Prisão descoberta
A cadeia norte-americana de televisão ABC News mostrou, dia 19, uma das prisões secretas construídas pela CIA na Lituânia para detenção e interrogatório sob tortura de «suspeitos de terrorismo».
Governo lituano consentiu prática de tortura
As autoridades lituanas recusam-se a confirmar oficialmente as revelações, mas o parlamento constituiu no início deste mês uma comissão para averiguar os factos sobre as actividades da CIA no país.
A investigação da estação televisiva foi dar com um centro de equitação, situado em Antaviliai, um subúrbio de luxo a 20 quilómetros da capital Vilnius, onde residem vários membros do governo e famílias abastadas.
As instalações equestres foram vendidas, em Março de 2004, à empresa Elite, propriedade da CIA entretanto já extinta. Durante várias semanas a CIA procedeu a obras de adaptação no interior, mantendo o aspecto exterior intacto: «Era um edifício dentro de um edifício», relatou a ABC.
Celas em cimento equipadas com sanitários, salas de interrogatório, aposentos para os agentes da CIA e até um gerador próprio – tudo ficou operacional em Setembro de 2004. Com o beneplácito das autoridades lituanas, a prisão ilegal funcionou até Novembro de 2005, quando rebentou o escândalo das «transferências» secretas da Agência em vários países do mundo.
Ainda segundo a ABC pelo menos oito indivíduos estiveram ilegalmente naquele centro durante mais de um ano, onde foram sujeitos a vários tipos de tortura.
Em Agosto último, após a estação ter divulgado as primeiras notícias sobre o centro de detenção sem indicar a sua localização, a presidente lituana, Dalia Grybauskaite, admitiu os factos, declarando que «se tal é verdade a Lituânia terá de aceitar as suas responsabilidades, desculpar-se e prometer que nunca mais tal voltará a passar-se» (www.publico.es, 20.11).
Porém, hoje, o governo lituano mostra-se mais evasivo. O seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Vygaudas Usackas, interrogado no dia da emissão televisiva, declarou: «Temos coisas mais importantes do que desmentir todos os dias os rumores de jornalistas da ABC».
A aceitação pela Lituânia das actividades da CIA no seu território coincide com o seu pedido de adesão à NATO que, por coincidência ou não, se concretizou em Março de 2004.
A investigação da estação televisiva foi dar com um centro de equitação, situado em Antaviliai, um subúrbio de luxo a 20 quilómetros da capital Vilnius, onde residem vários membros do governo e famílias abastadas.
As instalações equestres foram vendidas, em Março de 2004, à empresa Elite, propriedade da CIA entretanto já extinta. Durante várias semanas a CIA procedeu a obras de adaptação no interior, mantendo o aspecto exterior intacto: «Era um edifício dentro de um edifício», relatou a ABC.
Celas em cimento equipadas com sanitários, salas de interrogatório, aposentos para os agentes da CIA e até um gerador próprio – tudo ficou operacional em Setembro de 2004. Com o beneplácito das autoridades lituanas, a prisão ilegal funcionou até Novembro de 2005, quando rebentou o escândalo das «transferências» secretas da Agência em vários países do mundo.
Ainda segundo a ABC pelo menos oito indivíduos estiveram ilegalmente naquele centro durante mais de um ano, onde foram sujeitos a vários tipos de tortura.
Em Agosto último, após a estação ter divulgado as primeiras notícias sobre o centro de detenção sem indicar a sua localização, a presidente lituana, Dalia Grybauskaite, admitiu os factos, declarando que «se tal é verdade a Lituânia terá de aceitar as suas responsabilidades, desculpar-se e prometer que nunca mais tal voltará a passar-se» (www.publico.es, 20.11).
Porém, hoje, o governo lituano mostra-se mais evasivo. O seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Vygaudas Usackas, interrogado no dia da emissão televisiva, declarou: «Temos coisas mais importantes do que desmentir todos os dias os rumores de jornalistas da ABC».
A aceitação pela Lituânia das actividades da CIA no seu território coincide com o seu pedido de adesão à NATO que, por coincidência ou não, se concretizou em Março de 2004.
