Mais de 250 participaram em plenário no Porto

Com mais força para o combate

Mais de 250 militantes comunistas do distrito do Porto participaram, sábado, num plenário regional, demonstrando a vitalidade da democracia interna do PCP.

A 9.ª assembleia da ORP ficou marcada para 13 de Fevereiro de 2010

O plenário de militantes da Organização Regional do Porto do PCP, realizado no passado dia 7, representou mais uma enorme mostra de militância e democracia do Partido. Com mais de 250 militantes a encherem a sala do centro de Trabalho da Boavista, muitos foram aqueles que, com as suas intervenções, participaram no que consideram ser a permanente construção da actividade partidária.
Desde a análise aos resultados eleitorais – contrastando, sobretudo no que se refere às autárquicas, o sentimento de insatisfação, em alguns locais, com a satisfação do reconhecimento do trabalho por parte das populações noutros – até à situação político-social, passando pela descrição de situações especificas de empresas, sectores de actividade e freguesias, os contributos foram quantitativa e qualitativamente muito significativos. Contributos e propostas consideradas pelo membro da Comissão Política, Jaime Toga, na intervenção que encerrou o plenário, como muito «importantes para a análise e definição» do trabalho e da «orientação colectiva».
Em muitas intervenções, foram valorizados os imensos contactos realizados, quer ao nível eleitoral quer no trabalho regular do Partido junto dos trabalhadores e das populações, que se têm traduzido no reforço do PCP. A que Jaime Toga se referiu como «uma campanha de massas» que se não tivesse existido, considerou, traria resultados eleitorais «substancialmente diferentes, para pior».
Aliás, aquele dirigente comunista, responsável da Organização Regional do Porto do PCP, iniciou o plenário com uma intervenção em que considerou que o ciclo eleitoral recente «não pode ser visto apenas à luz dos resultados», sem que se tenham em conta «os meses de silenciamento, deturpação e “caricaturização”» da mensagem do PCP nos meios de comunicação social dominantes.
Por outro lado, lembrou as enormes realizações que o PCP levou a cabo, nomeadamente nos últimos anos, bem como a forte e marcante presença dos comunistas nas grandes e nas pequenas lutas, envolvendo os trabalhadores e as populações para a defesa e conquista dos seus legítimos direitos. A Marcha Protesto, Confiança e Luta e o comício do Palácio de Cristal foram duas das acções recordadas pelo dirigente.
Factor de realce foi também, em diversas intervenções, o aprofundamento do conhecimento dos problemas locais, levado a cabo neste último ano, em que, apesar da sobrecarga relativa ao ciclo eleitoral recente, permitiram aumentar a proximidade com os anseios reais das populações.

Assembleia em Fevereiro

Jaime Toga anunciou ainda a realização da 9.ª Assembleia da Organização Regional do Porto do PCP no dia 13 de Fevereiro do próximo ano. Na ocasião, prosseguiu, «irá proceder-se à avaliação do trabalho realizado, se analisará a evolução política, económica e social da região nestes últimos anos, e se elegerá também uma nova direcção regional».
Numa perspectiva de desenvolvimento do trabalho futuro, diversos militantes comunistas referiram exemplos graves de injustiças, nomeadamente laborais, aos quais os comunistas devem continuar a dar combate, sendo unânime que a «luta é o único caminho» para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e das populações.
Apontando a grande relevância da questão salarial, Jaime Toga identificou-a como mais uma agressão aos trabalhadores portugueses, a pretexto da crise e da anunciada «inflação zero». O próprio «patrão dos patrões», Francisco Van Zeller, através de declarações públicas tem tentado condicionar os trabalhadores a aceitar a inexistência de aumentos.
O dirigente comunista recordou que durante «anos seguidos» os trabalhadores portugueses têm vindo a perder poder de compra, com graves consequências para as suas vidas, reafirmando em seguida a importância dos aumentos salariais também como importantes impulsionadores da economia, através do consumo interno. Para aquele dirigente comunista «esta é uma questão central» que se coloca no imediato, e a que os militantes comunistas têm que fazer frente para a defesa dos aumentos de salários e dos direitos dos trabalhadores.


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