Guerra no Afeganistão

Impossível de vencer

As Nações Unidas decidiram reposicionar os seus funcionários estrangeiros em serviço no Afeganistão. A decisão foi tomada pelo Conselho de Segurança depois de um atentado na capital Cabul ter vitimado sete pessoas, entre as quais cinco funcionários da organização.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, negou que o total de funcionários deslocados ascenda a 600, mas admitiu que «a maioria vai ser transferida para locais mais seguros, enquanto alguns outros [duas centenas] serão reafectados a outros postos na região».
A medida é mais uma consequência da crescente resistência armada à ocupação do território, facto consubstanciado pelo chefe de pessoal do Exército dos Estados Unidos, general George Casey, que em entrevista, domingo, sustentou ser necessário «pôr forças adicionais no Afeganistão». Às palavras de Casey juntam-se as do comandante das tropas norte-americanas e da NATO no país, general Stanley McChrystal, para quem o reforço do contingente militar deve contemplar mais 40 mil soldados. Actualmente os EUA têm quase 70 mil homens no Afeganistão, aos quais acrescem 40 mil de outros países integrados na aliança ocupante.
Entretanto, uma sondagem divulgada pela BBC afirma que 64 por cento dos britânicos considera impossível uma vitória no Afeganistão e 63 por cento defende o regresso das tropas quanto antes. De acordo com os dados do inquérito, citado pela Lusa, o descrédito crescente numa solução militar e o desejo de regresso imediato do contingente enviado pelo governo londrino é expresso mesmo quando 54 por cento dos entrevistados dizem compreender a missão da Grã-Bretanha no território, contra os 42 por cento que afirmam não compreender.
Apesar da erosão da base social de apoio, o primeiro-ministro Gordon Brown insiste nas operações militares naquele país e defendeu a estratégia adoptada, da qual resultará o envio de mais 500 soldados.
Números oficiais indicam que em 2009 morreram no Afeganistão 94 soldados britânicos.


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