Agentes da CIA condenados
O tribunal de Milão condenou 23 agentes da CIA e dois italianos pelo sequestro do imã egípcio Abou Omar, em Fevereiro de 2003, nas ruas daquela cidade do Norte de Itália.
O processo envolveu um total de 26 norte-americanos, julgados por contumácia, e sete italianos. A condenação mais pesada incidiu sobre o ex-responsável da CIA em Milão, Robert Seldon Lady, sentenciado à revelia com oito anos de prisão. Outros 22 agentes foram condenados a cinco anos de prisão. Por seu turno, a dois agentes italianos foi dada a pena de três anos de prisão.
Apesar do carácter inédito e exemplar do julgamento, os magistrados renunciaram aos processos contra o chefe da CIA em Itália, Jeffrey Casteli, e contra dois outros agentes, Betnie Madero e Ralph Russomando, alegando que estavam protegidos pela «imunidade diplomática», enquanto funcionários dos EUA em Roma.
De igual modo, o antigo chefe dos serviços de informação militares, Nicolo Pollari, e o seu adjunto, Marco Mancini, bem como três outros ex-responsáveis pelos serviços secretos transalpinos foram dispensados pelo tribunal que os considerou protegidos pelo «segredo de Estado».
Para além das 25 sentenças de prisão, os réus foram igualmente condenados a pagar uma indemnização ao imã no valor de um milhão de euros, acrescidos de mais 500 mil euros à esposa do sequestrado.
Os advogados de Abou Omar, que denunciaram as torturas que este sofreu na prisão de alta segurança no Egipto, exigiam uma compensação no valor de dez milhões de euros.
Este foi o primeiro processo sobre as chamadas «transferências» secretas da CIA de indivíduos suspeitos de terrorismo para países terceiros onde eram submetidos a interrogatórios sob tortura.
O processo envolveu um total de 26 norte-americanos, julgados por contumácia, e sete italianos. A condenação mais pesada incidiu sobre o ex-responsável da CIA em Milão, Robert Seldon Lady, sentenciado à revelia com oito anos de prisão. Outros 22 agentes foram condenados a cinco anos de prisão. Por seu turno, a dois agentes italianos foi dada a pena de três anos de prisão.
Apesar do carácter inédito e exemplar do julgamento, os magistrados renunciaram aos processos contra o chefe da CIA em Itália, Jeffrey Casteli, e contra dois outros agentes, Betnie Madero e Ralph Russomando, alegando que estavam protegidos pela «imunidade diplomática», enquanto funcionários dos EUA em Roma.
De igual modo, o antigo chefe dos serviços de informação militares, Nicolo Pollari, e o seu adjunto, Marco Mancini, bem como três outros ex-responsáveis pelos serviços secretos transalpinos foram dispensados pelo tribunal que os considerou protegidos pelo «segredo de Estado».
Para além das 25 sentenças de prisão, os réus foram igualmente condenados a pagar uma indemnização ao imã no valor de um milhão de euros, acrescidos de mais 500 mil euros à esposa do sequestrado.
Os advogados de Abou Omar, que denunciaram as torturas que este sofreu na prisão de alta segurança no Egipto, exigiam uma compensação no valor de dez milhões de euros.
Este foi o primeiro processo sobre as chamadas «transferências» secretas da CIA de indivíduos suspeitos de terrorismo para países terceiros onde eram submetidos a interrogatórios sob tortura.