Desemprego continua a crescer
Passadas que estão as eleições, a situação social dá mostras de agravamento. Esta é a opinião das organizações regionais de Aveiro e Leiria do PCP.
Muitas empresas aproveitaram o período pós-eleitoral para despedir
A Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP analisou o quadro económico no distrito que, longe dos chamados «sinais de retoma» – sobretudo ligados à especulação bolsista – mantém uma parte significativa da produção paralisada ou reduzida, adensando os riscos de encerramento de importantes unidades produtivas, como a RohdeAerosoles, e a Oliva. Outras unidades, como a Glovar, a Automatizadora ou o Grupo Suberus, mantêm dificuldades reais ou resultantes da engenharia financeira, as micro, pequenas e médias empresas estão cada vez mais garroteadas pelos bancos e pela falta de políticas de apoio e a agricultura familiar, o sector leiteiro e a pesca tradicional enfrentam um novo surto de liquidação, resultante do ataque da banca e dos grupos económicos, dos preços dos factores de produção, da falta de escoamento dos produtos e das políticas de direita nacionais e comunitárias.
No plano social, por outro lado, o desemprego continua a crescer. Assim, em Setembro os desempregados registados ascendiam já aos 37 786, mais de 10% da população activa do distrito, correspondendo a um desemprego real de mais de 45 000 trabalhadores (12% dos activos), dos quais a maioria são mulheres (58,01%) e de forma crescente os jovens (38,32%), muitos deles com qualificação superior, sendo que pouco mais de metade destes trabalhadores recebem os respectivos subsídios. Milhares de trabalhadores vivem situações muito problemáticas de lay off, salários e subsídios em atraso e ameaça de despedimento – Rohde, Renault, Recor, Tupai, Aerosoles, Glovar, Automatizadora, Grupo Suberus, Oliva, J.C.Santos, Califa, Cachoeira, Aveicorte, etc. Simultaneamente, cresce o número de pobres, havendo já, em Agosto, 12397 pessoas a receber subsídio de reinserção social.
Este é, pois, o momento de dar resposta aos problemas do País e do distrito, diz a DORAV, que expressa o seu total apoio às propostas apresentadas já pelo Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República e adianta que este partido intervirá na também na AR em defesa do Plano de Emergência para o distrito de Aveiro, nomeadamente no que diz respeito ao aumento substancial e imediato do investimento público, ao apoio às iniciativas de emprego, às PMEs, à agricultura familiar e à pesca e a uma rigorosa fiscalização do lay off e dos apoios públicos às empresas.
Leiria
Também a Direcção da Organização Regional de Leiria diz que o patronato sem escrúpulos, aproveitando o período eleitoral, encerrou «às escondidas dos trabalhadores e de forma ilegal» a empresa Naviplást, na Marinha Grande, retirou máquinas e equipamentos, lançando no desemprego mais trabalhadores, situação idêntica se verificando na têxtil Crialme Donna, em Figueiró dos Vinhos onde, depois da aplicação do lay-off, os trabalhadores assistiram ao encerramento da empresa.
Também na Louçarte, situada em Valado de Frades, Nazaré, a administração, depois de pedir sacrifícios aos trabalhadores para manter a laboração e satisfazer encomendas, não paga os salários há três meses, deve o subsídio de férias, retém os descontos para a segurança social, rescinde contratos com trabalhadores sem lhes pagar as indemnizações devidas e aponta, em conluio com o IAPMEI, para o processo de insolvência, enquanto, ao que tudo indica, desvia encomendas para uma nova unidade. Ainda, dezenas de empresas, vendo os seus lucros diminuir, abusaram da aplicação do lay- off, em muitos casos de legalidade duvidosa, sendo que noutras os trabalhadores ou não são aumentados há vários anos ou têm salários e subsídios em atraso.
Ou seja, o aumento dos pólos de miséria e de pobreza acompanha e cresce ao ritmo dos trabalhadores desempregados e sem direito a subsídio de desemprego e dezenas de micro e pequenas empresas do comércio e serviços, confrontadas com a falta de apoio do governo e de poder de compra dos trabalhadores, encerram as portas, em resultado de sucessivos anos de política de direita, conclui a DORLEI.
No plano social, por outro lado, o desemprego continua a crescer. Assim, em Setembro os desempregados registados ascendiam já aos 37 786, mais de 10% da população activa do distrito, correspondendo a um desemprego real de mais de 45 000 trabalhadores (12% dos activos), dos quais a maioria são mulheres (58,01%) e de forma crescente os jovens (38,32%), muitos deles com qualificação superior, sendo que pouco mais de metade destes trabalhadores recebem os respectivos subsídios. Milhares de trabalhadores vivem situações muito problemáticas de lay off, salários e subsídios em atraso e ameaça de despedimento – Rohde, Renault, Recor, Tupai, Aerosoles, Glovar, Automatizadora, Grupo Suberus, Oliva, J.C.Santos, Califa, Cachoeira, Aveicorte, etc. Simultaneamente, cresce o número de pobres, havendo já, em Agosto, 12397 pessoas a receber subsídio de reinserção social.
Este é, pois, o momento de dar resposta aos problemas do País e do distrito, diz a DORAV, que expressa o seu total apoio às propostas apresentadas já pelo Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República e adianta que este partido intervirá na também na AR em defesa do Plano de Emergência para o distrito de Aveiro, nomeadamente no que diz respeito ao aumento substancial e imediato do investimento público, ao apoio às iniciativas de emprego, às PMEs, à agricultura familiar e à pesca e a uma rigorosa fiscalização do lay off e dos apoios públicos às empresas.
Leiria
Também a Direcção da Organização Regional de Leiria diz que o patronato sem escrúpulos, aproveitando o período eleitoral, encerrou «às escondidas dos trabalhadores e de forma ilegal» a empresa Naviplást, na Marinha Grande, retirou máquinas e equipamentos, lançando no desemprego mais trabalhadores, situação idêntica se verificando na têxtil Crialme Donna, em Figueiró dos Vinhos onde, depois da aplicação do lay-off, os trabalhadores assistiram ao encerramento da empresa.
Também na Louçarte, situada em Valado de Frades, Nazaré, a administração, depois de pedir sacrifícios aos trabalhadores para manter a laboração e satisfazer encomendas, não paga os salários há três meses, deve o subsídio de férias, retém os descontos para a segurança social, rescinde contratos com trabalhadores sem lhes pagar as indemnizações devidas e aponta, em conluio com o IAPMEI, para o processo de insolvência, enquanto, ao que tudo indica, desvia encomendas para uma nova unidade. Ainda, dezenas de empresas, vendo os seus lucros diminuir, abusaram da aplicação do lay- off, em muitos casos de legalidade duvidosa, sendo que noutras os trabalhadores ou não são aumentados há vários anos ou têm salários e subsídios em atraso.
Ou seja, o aumento dos pólos de miséria e de pobreza acompanha e cresce ao ritmo dos trabalhadores desempregados e sem direito a subsídio de desemprego e dezenas de micro e pequenas empresas do comércio e serviços, confrontadas com a falta de apoio do governo e de poder de compra dos trabalhadores, encerram as portas, em resultado de sucessivos anos de política de direita, conclui a DORLEI.