Uma grande força no poder local
As organizações do Partido aos mais variados níveis estão a analisar os resultados das eleições autárquicas de 11 de Outubro, ao mesmo tempo que traçam objectivos para o futuro.
A CDU teve mais votos no distrito de Beja do que em 2005
Reunida no dia 14, a Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP (DORS) avaliou o ciclo eleitoral que se encerrou no dia 11, com as eleições autárquicas. Para a direcção comunista, estas últimas constituíram uma «grande vitória política da CDU na região, traduzida por uma maior expressão eleitoral, com mais votos e mais eleitos em câmaras municipais, assembleias municipais e assembleias de freguesia, atingindo assim os principais objectivos» com que se apresentou ao eleitorado.
A DORS realçou ainda que a manutenção da maioria nos oito concelhos já geridos pela CDU, com a conquista da maioria absoluta nos concelhos do Barreiro, Setúbal e Sesimbra, e o reforço do número de vereadores também nos concelhos de Alcochete e Palmela, «reveste-se de particular importância». Acrescentando que «com um aumento de cinco mandatos nas câmaras municipais, a CDU terá melhores condições para aprofundar o seu trabalho em prol da qualidade de vida das populações».
Já o PS, «ficou apenas com a maioria no concelho do Montijo, perdendo dois mandatos em câmaras municipais, três mandatos em assembleias municipais e dez mandatos nas assembleias de freguesia».
Com esta votação regional, concluiu a DORS, a CDU reforçou-se e alargou a sua «condição de maior força autárquica na Península de Setúbal», mantendo-se também como a força política com mais presidências de câmara na Área Metropolitana de Lisboa.
A votação do passado dia 11 confirmou, aliás, a tendência dos actos eleitorais anteriores. Nas legislativas de 27 de Setembro, lembram os comunistas de Setúbal, a CDU concretizou os seus principais objectivos, crescendo em termos percentuais, alcançando mais de 20 por cento dos votos e elegendo quatro deputados, mais um do que em 2005. Nessa eleição, o PS perdeu 10 pontos percentuais da sua votação, 45 mil votos e um deputado para a CDU.
Subida de sabor amargo
A Direcção da Organização Regional de Beja do PCP, reunida no dia 14, destacou a «importante votação alcançada pela CDU no distrito – a melhor votação em eleições autárquicas desde 1997 em votos e em percentagem». Este resultado traduz, na opinião deste organismo, uma «elevada influência que se associa à sustentada progressão da CDU registada nas mais recentes eleições e que é expressão da ampla corrente de apoio e confiança de um crescente número de pessoas».
O traço mais negativo foi a perda das presidências das câmaras de Aljustrel e Beja, ao passo que se valoriza a conquista da maioria em Alvito e o reforço da massa eleitoral nas câmaras de maioria CDU – Barrancos, Castro Verde, Moura, Serpa e Vidigueira. O reforço da expressão eleitoral da coligação no distrito não anula, porém, o «carácter insatisfatório de um resultado que fica aquém dos objectivos e não corresponde à ampla e dinâmica campanha realizada».
Da leitura dos resultados, os comunistas consideram ser clara a «concentração de votos da direita no PS», como testemunha o «esvaziamento» do PSD, que «ali vê a força que melhor pode combater a CDU e as suas posições». Esta realidade é observável em vários concelhos da região, nomeadamente no concelho de Beja, em que a CDU, conquistando a maioria das presidências de juntas de freguesia e a maioria na Assembleia Municipal, perde a maioria na câmara num quadro em que aumenta a sua votação».
Os comunistas de Beja denunciam ainda no comunicado da reunião a «descarada instrumentalização do aparelho de Estado e de recursos públicos». Também as «acções provocatórias» são repudiadas – contando-se, entre elas, destruição de propaganda, actos de vandalismo, boatos e calúnias».
A DORS realçou ainda que a manutenção da maioria nos oito concelhos já geridos pela CDU, com a conquista da maioria absoluta nos concelhos do Barreiro, Setúbal e Sesimbra, e o reforço do número de vereadores também nos concelhos de Alcochete e Palmela, «reveste-se de particular importância». Acrescentando que «com um aumento de cinco mandatos nas câmaras municipais, a CDU terá melhores condições para aprofundar o seu trabalho em prol da qualidade de vida das populações».
Já o PS, «ficou apenas com a maioria no concelho do Montijo, perdendo dois mandatos em câmaras municipais, três mandatos em assembleias municipais e dez mandatos nas assembleias de freguesia».
Com esta votação regional, concluiu a DORS, a CDU reforçou-se e alargou a sua «condição de maior força autárquica na Península de Setúbal», mantendo-se também como a força política com mais presidências de câmara na Área Metropolitana de Lisboa.
A votação do passado dia 11 confirmou, aliás, a tendência dos actos eleitorais anteriores. Nas legislativas de 27 de Setembro, lembram os comunistas de Setúbal, a CDU concretizou os seus principais objectivos, crescendo em termos percentuais, alcançando mais de 20 por cento dos votos e elegendo quatro deputados, mais um do que em 2005. Nessa eleição, o PS perdeu 10 pontos percentuais da sua votação, 45 mil votos e um deputado para a CDU.
Subida de sabor amargo
A Direcção da Organização Regional de Beja do PCP, reunida no dia 14, destacou a «importante votação alcançada pela CDU no distrito – a melhor votação em eleições autárquicas desde 1997 em votos e em percentagem». Este resultado traduz, na opinião deste organismo, uma «elevada influência que se associa à sustentada progressão da CDU registada nas mais recentes eleições e que é expressão da ampla corrente de apoio e confiança de um crescente número de pessoas».
O traço mais negativo foi a perda das presidências das câmaras de Aljustrel e Beja, ao passo que se valoriza a conquista da maioria em Alvito e o reforço da massa eleitoral nas câmaras de maioria CDU – Barrancos, Castro Verde, Moura, Serpa e Vidigueira. O reforço da expressão eleitoral da coligação no distrito não anula, porém, o «carácter insatisfatório de um resultado que fica aquém dos objectivos e não corresponde à ampla e dinâmica campanha realizada».
Da leitura dos resultados, os comunistas consideram ser clara a «concentração de votos da direita no PS», como testemunha o «esvaziamento» do PSD, que «ali vê a força que melhor pode combater a CDU e as suas posições». Esta realidade é observável em vários concelhos da região, nomeadamente no concelho de Beja, em que a CDU, conquistando a maioria das presidências de juntas de freguesia e a maioria na Assembleia Municipal, perde a maioria na câmara num quadro em que aumenta a sua votação».
Os comunistas de Beja denunciam ainda no comunicado da reunião a «descarada instrumentalização do aparelho de Estado e de recursos públicos». Também as «acções provocatórias» são repudiadas – contando-se, entre elas, destruição de propaganda, actos de vandalismo, boatos e calúnias».