Greve forçou compromisso
Depois de a administração ter garantido a manutenção dos postos de trabalho e todas as unidades da SPdH/Groundforce, comprometendo-se a reatar as negociações salariais bloqueadas há dois anos, os sindicatos suspenderam a luta.
A forte adesão à luta foi determinante
Garantir os três mil postos de trabalho na Sociedade Portuguesa de Handling/Groundforce, impedir que esta seja «cortada às fatias», repudiar o desvio da manutenção de aviões para a VEM, adquirida pela TAP no Brasil, e exigir negociações salariais, bloqueadas pela administração desde 2007 foram os motivos centrais desta greve, enunciados, dia 27 de Agosto, na conferência de imprensa conjunta dos cinco sindicatos no Grupo, na sede do SITAVA/CGTP-IN , em Lisboa.
Com esta luta, os trabalhadores obtiveram compromissos há muito tempo reivindicados e ignorados pela tutela, agora consagrados num protocolo de entendimento, reconhecido pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Como explicaram os representantes sindicais, quando desconvocaram a greve, o protocolo foi obtido após três horas de negociação, já durante o dia 28 de Agosto, o primeiro dia de greve. Esta teve uma adesão superior a 80 por cento e ia prolongar-se no dia seguinte e nos dias 11 e 12 de Setembro. Foi também suspensa a recusa de trabalho extraordinário, marcada para os dias 28 de Agosto e 30 de Setembro.
Na véspera, já os sindicatos tinham alertado para a intenção da administração, que se concretizou, de substituir ilegalmente os trabalhadores em greve por funcionários da concorrente Portway, também tutelada pelo Estado.
Na véspera da greve já os sindicatos do Grupo e, posteriormente, a CGTP-IN e o PCP, através de comunicados à imprensa, repudiaram a intenção de usar a Portway para substituir os trabalhadores em luta.
Para a central, segundo o seu secretário-geral, Manuel Carvalho da Silva, tratou-se de uma «grosseira violação da lei e um desrespeito absoluto pelos trabalhadores». Afirmando à Lusa que o Governo e a ACT deviam ter impedido a substituição de trabalhadores, o dirigente da central considerou que «não pode haver impunidade numa empresa que age contra os trabalhadores, violando a lei sindical da greve».
Na manhã da greve, no Aeroporto da Portela, em Lisboa, os trabalhadores e membros das Comissões de Trabalhadores, nos piquetes de greve, desfilaram pela zona das chegadas, onde, com palavras de ordem, repudiaram a precariedade, responsabilizando o Governo pelo conflito.
Segundo o Sindicato dos Técnicos de Handling, houve aviões, no Porto, que partiram sem malas no porão.
Pressões ilegais e inadmissíveis
Considerando «inadmissível que o Governo e as administrações do Grupo TAP tenham o entendimento de que a Lei não se lhes aplica», a propósito da contratação da Portway para substituir os trabalhadores da SPdH em greve, o PCP acusou, dia 28, a administração da TAP de ter incorrido em «pressões ilegais sobre os trabalhadores para não fazerem greve». Numa nota à imprensa, condenou a «colocação de trabalhadores das empresas sub-contratadas de trabalho temporário a substituir trabalhadores em greve, alargando-lhes os horários e retirando-lhes as folgas, com a ameaça de que se não o fizessem, escusavam de apresentar-se no dia seguinte».
Antes da greve, um comunicado das células do PCP no aeroporto de Lisboa apelou aos trabalhadores para que não se deixassem «atemorizar pelas notícias e rumores que nestas alturas são postos a circular, processos de coacção psicológica de quem sabe não ter razão e que serão derrotados pela justa luta dos trabalhadores».
Com esta luta, os trabalhadores obtiveram compromissos há muito tempo reivindicados e ignorados pela tutela, agora consagrados num protocolo de entendimento, reconhecido pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Como explicaram os representantes sindicais, quando desconvocaram a greve, o protocolo foi obtido após três horas de negociação, já durante o dia 28 de Agosto, o primeiro dia de greve. Esta teve uma adesão superior a 80 por cento e ia prolongar-se no dia seguinte e nos dias 11 e 12 de Setembro. Foi também suspensa a recusa de trabalho extraordinário, marcada para os dias 28 de Agosto e 30 de Setembro.
Na véspera, já os sindicatos tinham alertado para a intenção da administração, que se concretizou, de substituir ilegalmente os trabalhadores em greve por funcionários da concorrente Portway, também tutelada pelo Estado.
Na véspera da greve já os sindicatos do Grupo e, posteriormente, a CGTP-IN e o PCP, através de comunicados à imprensa, repudiaram a intenção de usar a Portway para substituir os trabalhadores em luta.
Para a central, segundo o seu secretário-geral, Manuel Carvalho da Silva, tratou-se de uma «grosseira violação da lei e um desrespeito absoluto pelos trabalhadores». Afirmando à Lusa que o Governo e a ACT deviam ter impedido a substituição de trabalhadores, o dirigente da central considerou que «não pode haver impunidade numa empresa que age contra os trabalhadores, violando a lei sindical da greve».
Na manhã da greve, no Aeroporto da Portela, em Lisboa, os trabalhadores e membros das Comissões de Trabalhadores, nos piquetes de greve, desfilaram pela zona das chegadas, onde, com palavras de ordem, repudiaram a precariedade, responsabilizando o Governo pelo conflito.
Segundo o Sindicato dos Técnicos de Handling, houve aviões, no Porto, que partiram sem malas no porão.
Pressões ilegais e inadmissíveis
Considerando «inadmissível que o Governo e as administrações do Grupo TAP tenham o entendimento de que a Lei não se lhes aplica», a propósito da contratação da Portway para substituir os trabalhadores da SPdH em greve, o PCP acusou, dia 28, a administração da TAP de ter incorrido em «pressões ilegais sobre os trabalhadores para não fazerem greve». Numa nota à imprensa, condenou a «colocação de trabalhadores das empresas sub-contratadas de trabalho temporário a substituir trabalhadores em greve, alargando-lhes os horários e retirando-lhes as folgas, com a ameaça de que se não o fizessem, escusavam de apresentar-se no dia seguinte».
Antes da greve, um comunicado das células do PCP no aeroporto de Lisboa apelou aos trabalhadores para que não se deixassem «atemorizar pelas notícias e rumores que nestas alturas são postos a circular, processos de coacção psicológica de quem sabe não ter razão e que serão derrotados pela justa luta dos trabalhadores».