Um novo rumo para o Algarve
Paulo Sá, cabeça de lista às eleições legislativas pelo distrito de Faro, criticou o modelo «esgotado» de desenvolvimento executado pelo PS e pelo PSD e lembrou que existe uma força, a CDU, «com trabalho, propostas e um projecto em condições de protagonizar um novo rumo» para a região.
Os problemas não se resolvem com linhas de crédito
Em conferência de imprensa, realizada no dia 28 de Julho, o candidato fez um primeiro balanço da actividade da candidatura da CDU à Assembleia da República, que, em apenas três semanas, já percorreu praticamente todo o distrito.
«É de salientar a grande receptividade à candidatura e o crescimento da convicção de que é necessário um deputado da CDU eleito pelo Algarve», afirmou Paulo Sá, sublinhando que «esta convicção está alicerçada na receptividade que encontrámos nas iniciativas realizadas, mas também na crescente consciência de que os deputados eleitos pelo PS e pelo PSD no Algarve pouco têm feito pela região».
No encontro com os jornalistas foi entretanto distribuída uma tabela em que se apresentam os dados relativos às actividades de cada um dos oito deputados eleitos pelo círculo eleitoral do Algarve. Um documento que compila os dados disponibilizados na página oficial da Assembleia da República, referentes aos projectos de lei, projectos de resolução, apreciações parlamentares e decretos-lei, requerimentos e perguntas ao Governo e à administração central, e intervenções no plenário dos deputados do PS e do PSD eleitos pelo Algarve.
«É notória a pouca actividade desenvolvida por estes parlamentares, especialmente quando comparada com a actividade do deputado do PCP, eleito pelo círculo eleitoral de Beja, e que teve, durante a X Legislatura a responsabilidade de ligação ao Algarve», acusou Paulo Sá, dando conta de que o Grupo Parlamentar do PCP tomou «mais iniciativas relativas ao Algarve do que o conjunto de todos os deputados do PS e do PSD».
«Esta notável actividade sairia naturalmente reforçada se a CDU elegesse deputados por este círculo eleitoral. Estamos convicto de que os algarvios não deixarão de reconhecer, nas próximas Eleições Legislativas de 27 de Setembro, a inigualável acção dos comunistas em defesa dos interesses da sua região e que traduzirão esse reconhecimento na eleição de um deputado para a Assembleia da República», acrescentou.
«Saco cheio de nada»
Dos contactos estabelecidos nas últimas semanas, o cabeça de lista da CDU salientou como primeira e fundamental preocupação o grassar do desemprego. «Um drama que cresceu desmesuradamente no Algarve e que nada indica que tenha tendência para diminuir, antes pelo contrário», avisou, criticando o «modelo de desenvolvimento da região, afunilado no turismo e actividades complementares, com a destruição do tecido produtivo e das pescas e o definhamento da agricultura».
De acordo com os números publicados, há dias, pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, o desemprego no Algarve aumentou, em Junho, 91,5 por cento, relativamente ao mês homólogo do ano anterior. «Este foi o maior aumento do desemprego a nível nacional. E esta é a oitava vez consecutiva que isto acontece», informou.
Associado ao drama do desemprego está o crescimento das bolsas de pobreza e o recurso cada vez maior a instituições de apoio social em busca de ajuda alimentar.
«Tendo presente as perspectivas negativas para a economia neste ano, mas também no próximo ano, o flagelo do desemprego tende a assumir proporções que requerem da parte do Governo medidas urgentes que este tem vindo a recusar. O recente anúncio de medidas por parte do Governo é um saco cheio de nada, que tem como objectivo fundamental manter o mesmo modelo, ou seja, um modelo falhado», acusou Paulo Sá, frisando que «os problemas do Algarve não se resolvem com linhas de crédito para quem já se afunda em dívidas, nem com planos de qualificação que não dão respostas àqueles que já se encontram desempregados e aos muitos que estando ainda a trabalhar engrossarão o desemprego no final dos seus contratos.
Importantes propostas recusadas
Para a CDU, os problemas do desemprego e do desenvolvimento resolvem-se com «uma política diferente», com «uma outra visão para o desenvolvimento regional». Nesse sentido, a Coligação tem vindo a apresentar, ao longo do tempo, um conjunto de propostas as quais têm sido sistematicamente recusadas pelo Governo PS, nomeadamente o «alargamento dos critérios e prolongamento do período de atribuição do subsídio de desemprego», a «adopção de medidas que garantam o trabalho com direitos, condição indispensável à criação da confiança que anime o desenvolvimento económico» e o «apoio efectivo aos micro e pequenos empresários e comerciantes, que constituem cerca de 90 por cento do tecido económico regional, através da eliminação do Pagamento Especial por Conta, a consagração do IVA de Caixa, entre outras medidas».
A Coligação defende, de igual forma, o «lançamento de obras de requalificação de espaços públicos, que corresponda a justas aspirações populares, mas cuja concretização é sistematicamente adiada», uma «efectiva acção que atraia para a região empresas industriais que não só potenciem o desenvolvimento regional como também constituam mais-valias na diversificação do tecido económico» e a «requalificação e modernização da rede ferroviária regional».
Promessas por cumprir
Paulo Sá criticou a propaganda «espalhada» por todo o Algarve a «fazer mil e uma promessas e a anunciar mil e uma intenções que o PS e o PSD não cumpriram ao longo dos anos em que foram governo e detiveram o domínio do poder regional».
«É bom lembrar que foram o PS e o PSD que aprovaram um Plano Regional de Ordenamento de Território do Algarve (PROTAL) que mantém a mesma matriz de desenvolvimento regional, assente quase exclusivamente no turismo», afirmou, responsabilizando, de igual forma, os dois partidos pela aprovação de «um Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que cortou significativamente as verbas para a região».
«O Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República apresentou várias propostas no âmbito do Programa de Investimentos e Despesas da Administração Central (PIDDAC) para o Algarve – só na 4.ª sessão legislativa da X Legislatura foram 34 propostas, e que o PS as chumbou a todas», informou, salientando a importância das propostas apresentadas que «correspondem a necessidades reais das populações e que teriam um impacto positivo na criação de emprego na nossa região».
«É de salientar a grande receptividade à candidatura e o crescimento da convicção de que é necessário um deputado da CDU eleito pelo Algarve», afirmou Paulo Sá, sublinhando que «esta convicção está alicerçada na receptividade que encontrámos nas iniciativas realizadas, mas também na crescente consciência de que os deputados eleitos pelo PS e pelo PSD no Algarve pouco têm feito pela região».
No encontro com os jornalistas foi entretanto distribuída uma tabela em que se apresentam os dados relativos às actividades de cada um dos oito deputados eleitos pelo círculo eleitoral do Algarve. Um documento que compila os dados disponibilizados na página oficial da Assembleia da República, referentes aos projectos de lei, projectos de resolução, apreciações parlamentares e decretos-lei, requerimentos e perguntas ao Governo e à administração central, e intervenções no plenário dos deputados do PS e do PSD eleitos pelo Algarve.
«É notória a pouca actividade desenvolvida por estes parlamentares, especialmente quando comparada com a actividade do deputado do PCP, eleito pelo círculo eleitoral de Beja, e que teve, durante a X Legislatura a responsabilidade de ligação ao Algarve», acusou Paulo Sá, dando conta de que o Grupo Parlamentar do PCP tomou «mais iniciativas relativas ao Algarve do que o conjunto de todos os deputados do PS e do PSD».
«Esta notável actividade sairia naturalmente reforçada se a CDU elegesse deputados por este círculo eleitoral. Estamos convicto de que os algarvios não deixarão de reconhecer, nas próximas Eleições Legislativas de 27 de Setembro, a inigualável acção dos comunistas em defesa dos interesses da sua região e que traduzirão esse reconhecimento na eleição de um deputado para a Assembleia da República», acrescentou.
«Saco cheio de nada»
Dos contactos estabelecidos nas últimas semanas, o cabeça de lista da CDU salientou como primeira e fundamental preocupação o grassar do desemprego. «Um drama que cresceu desmesuradamente no Algarve e que nada indica que tenha tendência para diminuir, antes pelo contrário», avisou, criticando o «modelo de desenvolvimento da região, afunilado no turismo e actividades complementares, com a destruição do tecido produtivo e das pescas e o definhamento da agricultura».
De acordo com os números publicados, há dias, pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, o desemprego no Algarve aumentou, em Junho, 91,5 por cento, relativamente ao mês homólogo do ano anterior. «Este foi o maior aumento do desemprego a nível nacional. E esta é a oitava vez consecutiva que isto acontece», informou.
Associado ao drama do desemprego está o crescimento das bolsas de pobreza e o recurso cada vez maior a instituições de apoio social em busca de ajuda alimentar.
«Tendo presente as perspectivas negativas para a economia neste ano, mas também no próximo ano, o flagelo do desemprego tende a assumir proporções que requerem da parte do Governo medidas urgentes que este tem vindo a recusar. O recente anúncio de medidas por parte do Governo é um saco cheio de nada, que tem como objectivo fundamental manter o mesmo modelo, ou seja, um modelo falhado», acusou Paulo Sá, frisando que «os problemas do Algarve não se resolvem com linhas de crédito para quem já se afunda em dívidas, nem com planos de qualificação que não dão respostas àqueles que já se encontram desempregados e aos muitos que estando ainda a trabalhar engrossarão o desemprego no final dos seus contratos.
Importantes propostas recusadas
Para a CDU, os problemas do desemprego e do desenvolvimento resolvem-se com «uma política diferente», com «uma outra visão para o desenvolvimento regional». Nesse sentido, a Coligação tem vindo a apresentar, ao longo do tempo, um conjunto de propostas as quais têm sido sistematicamente recusadas pelo Governo PS, nomeadamente o «alargamento dos critérios e prolongamento do período de atribuição do subsídio de desemprego», a «adopção de medidas que garantam o trabalho com direitos, condição indispensável à criação da confiança que anime o desenvolvimento económico» e o «apoio efectivo aos micro e pequenos empresários e comerciantes, que constituem cerca de 90 por cento do tecido económico regional, através da eliminação do Pagamento Especial por Conta, a consagração do IVA de Caixa, entre outras medidas».
A Coligação defende, de igual forma, o «lançamento de obras de requalificação de espaços públicos, que corresponda a justas aspirações populares, mas cuja concretização é sistematicamente adiada», uma «efectiva acção que atraia para a região empresas industriais que não só potenciem o desenvolvimento regional como também constituam mais-valias na diversificação do tecido económico» e a «requalificação e modernização da rede ferroviária regional».
Promessas por cumprir
Paulo Sá criticou a propaganda «espalhada» por todo o Algarve a «fazer mil e uma promessas e a anunciar mil e uma intenções que o PS e o PSD não cumpriram ao longo dos anos em que foram governo e detiveram o domínio do poder regional».
«É bom lembrar que foram o PS e o PSD que aprovaram um Plano Regional de Ordenamento de Território do Algarve (PROTAL) que mantém a mesma matriz de desenvolvimento regional, assente quase exclusivamente no turismo», afirmou, responsabilizando, de igual forma, os dois partidos pela aprovação de «um Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que cortou significativamente as verbas para a região».
«O Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República apresentou várias propostas no âmbito do Programa de Investimentos e Despesas da Administração Central (PIDDAC) para o Algarve – só na 4.ª sessão legislativa da X Legislatura foram 34 propostas, e que o PS as chumbou a todas», informou, salientando a importância das propostas apresentadas que «correspondem a necessidades reais das populações e que teriam um impacto positivo na criação de emprego na nossa região».