Hillary insiste no «eixo do mal»
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, insistiu, numa entrevista concedida domingo ao programa Meet the Press, da NBC, no estafado discurso do «eixo do mal», voltou a ameaçar a Coreia do Norte qualificando as iniciativas militares norte-coreanas de provocações que, diz, «não funcionarão», e exortou Pyongyang a regressar às negociações.
Hillary repetiu ainda os argumentos de anteriores titulares do cargo garantindo que os EUA sabem que a República Democrática Popular da Coreia «é um regime envolvido na proliferação nuclear» e, mais grave do que isso, frisou, «tentam armar outros [países].
Jogando com o isolamento da Coreia do Norte, a quem, afirmou, «não sobram amigos», a responsável pela diplomacia dos EUA sublinhou igualmente que «a Coreia do Norte deve mudar o seu comportamento» e defendeu «uma desnuclearização verificável e pacífica da península coreana».
As declarações de Hillary Clinton surgem depois de uma troca de argumentos, a semana passada, paralela à cimeira da ASEAN. A ex-candidata do Partido Democrata às presidenciais norte-americanas disse que a Coreia do Norte se comportava como «uma criança teimosa», e Pyongyang respondeu dizendo que Hillary devia ser mais inteligente no tratamento da questão.
Informação manipulada
Dois dias antes da entrevista concedida pela secretária de Estado, o embaixador da Coreia do Norte no Brasil, Pak Hyok, sublinhou a manipulação das informações sobre o seu país e defendeu que estas têm como objectivo apresentá-lo como um perigo para a paz na região.
Intervindo na abertura da II Assembleia Nacional do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), o diplomata reiterou que o programa nuclear norte-coreano é defensivo e motivado pelas constantes ameaças dos EUA e pelo facto de os vizinhos estarem fortemente armados.
Pak Hyok lembrou ainda que a RPDC fez «o segundo teste nuclear», mas que «até agora, no planeta, foram feitos 2054 testes nucleares, dos quais, 99,9% foram feitos pelos membros permanentes do Conselho de Segurança», órgão que aprovou uma resolução a condenar a Coreia do Norte.
«Nós queremos conquistar um acordo de paz duradouro, mas os Estados Unidos impedem porque querem expandir a sua dominação por toda a Coreia», disse, citado pelo vermelho.org.br. Hyok defendeu igualmente a retirada de todo o aparelho militar dos EUA da península coreana e o fim das manobras de guerra, principais factores de instabilidade.
Acresce aos argumentos apresentados pelo representante da Coreia do Norte no Brasil que, ainda recentemente, Washington e Seul acordaram colocar a Coreia do Sul sob o «guarda-chuva» nuclear norte-americano admitindo um ataque preventivo contra Pyongyang.
Irão ameaçado
Na mesma entrevista, Hillary Clinton referiu-se igualmente ao Irão considerando que aquela nação pretende obter «armas nucleares para intimidar e projectar o seu poder», isto apesar de o governo de Teerão ter repetido incessantemente que o programa nuclear que desenvolve tem cariz pacífico e visa apenas a produção de energia.
A secretária de Estado norte-americana assegurou igualmente que os EUA farão todo o possível para impedir que [o Irão] obtenha uma arma nuclear», postura diferente à assumida quanto a Israel, detentor de ogivas atómicas e que nas últimas semanas deslocou um submarino nuclear entre o Canal do Suez e o Mar Vermelho.
Na linha do defendido pela administração Bush, Hillary falou também da al-Qaeda dizendo que para erradicar a organização «temos que combater os que dão amparo aos seus líderes».
No dia seguinte à entrevista de Clinton, o secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, disse, em conferência de imprensa conjunta com o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, que Barack Obama espera até ao Outono uma resposta iraniana quanto à questão nuclear.
Hillary repetiu ainda os argumentos de anteriores titulares do cargo garantindo que os EUA sabem que a República Democrática Popular da Coreia «é um regime envolvido na proliferação nuclear» e, mais grave do que isso, frisou, «tentam armar outros [países].
Jogando com o isolamento da Coreia do Norte, a quem, afirmou, «não sobram amigos», a responsável pela diplomacia dos EUA sublinhou igualmente que «a Coreia do Norte deve mudar o seu comportamento» e defendeu «uma desnuclearização verificável e pacífica da península coreana».
As declarações de Hillary Clinton surgem depois de uma troca de argumentos, a semana passada, paralela à cimeira da ASEAN. A ex-candidata do Partido Democrata às presidenciais norte-americanas disse que a Coreia do Norte se comportava como «uma criança teimosa», e Pyongyang respondeu dizendo que Hillary devia ser mais inteligente no tratamento da questão.
Informação manipulada
Dois dias antes da entrevista concedida pela secretária de Estado, o embaixador da Coreia do Norte no Brasil, Pak Hyok, sublinhou a manipulação das informações sobre o seu país e defendeu que estas têm como objectivo apresentá-lo como um perigo para a paz na região.
Intervindo na abertura da II Assembleia Nacional do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), o diplomata reiterou que o programa nuclear norte-coreano é defensivo e motivado pelas constantes ameaças dos EUA e pelo facto de os vizinhos estarem fortemente armados.
Pak Hyok lembrou ainda que a RPDC fez «o segundo teste nuclear», mas que «até agora, no planeta, foram feitos 2054 testes nucleares, dos quais, 99,9% foram feitos pelos membros permanentes do Conselho de Segurança», órgão que aprovou uma resolução a condenar a Coreia do Norte.
«Nós queremos conquistar um acordo de paz duradouro, mas os Estados Unidos impedem porque querem expandir a sua dominação por toda a Coreia», disse, citado pelo vermelho.org.br. Hyok defendeu igualmente a retirada de todo o aparelho militar dos EUA da península coreana e o fim das manobras de guerra, principais factores de instabilidade.
Acresce aos argumentos apresentados pelo representante da Coreia do Norte no Brasil que, ainda recentemente, Washington e Seul acordaram colocar a Coreia do Sul sob o «guarda-chuva» nuclear norte-americano admitindo um ataque preventivo contra Pyongyang.
Irão ameaçado
Na mesma entrevista, Hillary Clinton referiu-se igualmente ao Irão considerando que aquela nação pretende obter «armas nucleares para intimidar e projectar o seu poder», isto apesar de o governo de Teerão ter repetido incessantemente que o programa nuclear que desenvolve tem cariz pacífico e visa apenas a produção de energia.
A secretária de Estado norte-americana assegurou igualmente que os EUA farão todo o possível para impedir que [o Irão] obtenha uma arma nuclear», postura diferente à assumida quanto a Israel, detentor de ogivas atómicas e que nas últimas semanas deslocou um submarino nuclear entre o Canal do Suez e o Mar Vermelho.
Na linha do defendido pela administração Bush, Hillary falou também da al-Qaeda dizendo que para erradicar a organização «temos que combater os que dão amparo aos seus líderes».
No dia seguinte à entrevista de Clinton, o secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, disse, em conferência de imprensa conjunta com o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, que Barack Obama espera até ao Outono uma resposta iraniana quanto à questão nuclear.