Califórnia

Sem tostão

As maiores entidades bancárias anunciaram, sábado, que não vão cobrir mais notas de dívida emitidas pelo governo da Califórnia. O executivo local tomou esta medida, em Junho, com o objectivo de pagar as contas correntes sem recorrer à magra tesouraria disponível, a qual, diz, é insuficiente para fazer face a todas as despesas.
A dívida acumulada pela «nona economia do mundo» atinge os 26 mil milhões de dólares, por isso Wells Fargo, Bank of Ame­rica e JP Morgan Chase recusam continuar a dar crédito à administração liderada por Arnold Swazeneger.
Apesar disso, as instituições financeiras estão dispostas a pagar aos 235 mil funcionários estatais contra apresentação das referidas notas de dívida, ou a fornecer-lhes crédito pessoal caso necessitem, uma vez que os seus vencimentos foram reduzidos em cerca de 15 por cento devido imposição oficial de mais um dia de «descanso» sem direito a salário.
Os banqueiros ressalvam ainda que as entidades de média e pequena dimensão daquele Estado continuarão a receber os títulos do governo.
A situação da Califórnia é expressão da dívida colossal norte-americana, aproximadamente 80 por cento do PIB do país, de acordo com cálculos de Junho citados pelo Rebelion.org.
Obama até revelou recentemente que o problema o mantém acordado durante a noite. Verdade ou não, o caso é sério. Desde Setembro de 2007, a dívida vem aumentando à razão de 3 mil 860 milhões de dólares por dia. O «relógio da dívida» colocado em Times Square, Nova Iorque, foi substituído porque não tinha capacidade para mais de 13 dígitos: 1,1 biliões de dólares é o número.


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