Crise agrava-se de Norte a Sul
As organizações do Partido continuam a acompanhar a evolução da situação social nas várias regiões do País, que continua a agravar-se por culpa da política do Governo.
Os números mostram o agravamento da crise em todo o País
A Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP realça que, no distrito, o desemprego não pára de aumentar. Segundo dados oficiais, o desemprego, em Abril, atingia 35 500 trabalhadores, correspondendo a 9,59 por cento. Mas, acrescenta, o desemprego real «ascende, pelo menos, a 44 mil, cerca de 12 por cento».
Para o PCP, os apoios anunciados para atender aos problemas dos sectores produtivos deixam praticamente de fora as micro, pequenas e médias empresas, 95 por cento do total no distrito.
Também o número de empresas que recorrem ao lay-off não pára de crescer. Em apenas 13 empresas de cinco sectores são 1900 os trabalhadores nesta situação. Trata-se, para o PCP, da «banalização de um expediente que devia ser excepcional e estritamente controlado». Na prática, acrescentam os comunistas, «é o Governo a financiar, com fundos da Segurança Social – que é dinheiro dos trabalhadores - os grandes interesses».
Também os salários em atraso não páram de aumentar. Os trabalhadores da Facol, cuja luta permitiu denunciar e combater esta situação, estão com salários em atraso há sete meses, apesar do lay-off. Em sete sectores, os sindicatos apuraram 1200 trabalhadores, de 33 empresas, com salários em atraso.
A situação é igualmente dramática na agricultura familiar e na pesca tradicional, que definham.
Algarve
Também no Algarve o desemprego teve um crescimento acentuado, tendo aumentado, face ao ano anterior, 66 por cento. Regista-se também, segundo a Direcção da Organização Regional do Algarve do Partido, uma menor capacidade de absorção de desempregados na época alta do turismo.
No Alisuper e na Vale Maior, por exemplo, mantêm-se os salários e subsídios em atraso e a ocupação turística registou uma quebra de quase 14 por cento.
Para o PCP, é necessária uma nova orientação política para a região. Que passe pelo desenvolvimento das pescas, da agricultura e da produção industrial; que trave a instalação de mais grandes superfícies, defendendo o comércio tradicional; que aposte na requalificação e modernização da linha do caminho-de-ferro do ramal Tunes-Lagos e da ligação Faro-Vila Real de Santo António, bem como uma nova ligação ferroviária com Espanha, com a construção da ponte Alcoutim-San Lúcar.
Bragança
Em Bragança, a situação não é mais animadora. O desemprego atingia, em Abril, os 9,4 por cento, um valor acima da média nacional e onde não estão contabilizados «centenas de trabalhadores que estão em formação profissional e/ou população activa que procura trabalho fora da região», denuncia a Direcção da Organização Regional de Bragança do PCP.
Ainda na semana passada, afirmam os comunistas, dezenas de professores das Actividades de Enriquecimento Curricular ficaram sem trabalho e sem qualquer subsídio de desemprego. A responsabilidade por estes docentes era da Câmara Municipal de Bragança.
Também os agricultores vivem tempos difíceis. Os produtos agrícolas são pagos, ao produtor, a preços muito baixos, ao passo que os consumidores pagam preços exorbitantes nas grandes superfícies comerciais. Dramática é também a situação dos produtores de azeite.
CDU a crescer
Nas suas reuniões, as direcções das organizações regionais de Aveiro, Algarve e Bragança analisaram os resultados das eleições para o Parlamento Europeu.
Em Aveiro, a CDU aumentou 53 por cento de massa eleitoral e 1,6 pontos percentuais, atingindo 13 572 votos e 5,7 por cento. A subida deu-se em todos os concelhos, tendo a coligação alcançado percentagens significativas em alguns deles, como Espinho (11,3 por cento) e Ovar (9,2 por cento). Este resultado «muito positivo» da CDU, garante a DORAV, coloca «ao alcance dos trabalhadores e do povo do distrito, nas próximas legislativas, a eleição de um deputado do PCP para a Assembleia da República».
No Algarve, a CDU também cresceu em todos os concelhos, alcançando «resultados superiores aos dos últimos 15 anos». Já o PS sofreu uma «pesada derrota». Os protagonistas da política de direita – PS, PSD e CDS-PP – que tinham obtido quase 80 mil votos em 2004, ficaram-se pelos 70 mil.
O crescimento da CDU no distrito de Bragança, afirma a direcção regional comunista, foi superior a 60 por cento. Em todos os 12 concelhos do distrito a CDU aumenta a sua votação, tanto em relação às últimas eleições para o Parlamento Europeu como em relação às legislativas de 2005.
Para o PCP, os apoios anunciados para atender aos problemas dos sectores produtivos deixam praticamente de fora as micro, pequenas e médias empresas, 95 por cento do total no distrito.
Também o número de empresas que recorrem ao lay-off não pára de crescer. Em apenas 13 empresas de cinco sectores são 1900 os trabalhadores nesta situação. Trata-se, para o PCP, da «banalização de um expediente que devia ser excepcional e estritamente controlado». Na prática, acrescentam os comunistas, «é o Governo a financiar, com fundos da Segurança Social – que é dinheiro dos trabalhadores - os grandes interesses».
Também os salários em atraso não páram de aumentar. Os trabalhadores da Facol, cuja luta permitiu denunciar e combater esta situação, estão com salários em atraso há sete meses, apesar do lay-off. Em sete sectores, os sindicatos apuraram 1200 trabalhadores, de 33 empresas, com salários em atraso.
A situação é igualmente dramática na agricultura familiar e na pesca tradicional, que definham.
Algarve
Também no Algarve o desemprego teve um crescimento acentuado, tendo aumentado, face ao ano anterior, 66 por cento. Regista-se também, segundo a Direcção da Organização Regional do Algarve do Partido, uma menor capacidade de absorção de desempregados na época alta do turismo.
No Alisuper e na Vale Maior, por exemplo, mantêm-se os salários e subsídios em atraso e a ocupação turística registou uma quebra de quase 14 por cento.
Para o PCP, é necessária uma nova orientação política para a região. Que passe pelo desenvolvimento das pescas, da agricultura e da produção industrial; que trave a instalação de mais grandes superfícies, defendendo o comércio tradicional; que aposte na requalificação e modernização da linha do caminho-de-ferro do ramal Tunes-Lagos e da ligação Faro-Vila Real de Santo António, bem como uma nova ligação ferroviária com Espanha, com a construção da ponte Alcoutim-San Lúcar.
Bragança
Em Bragança, a situação não é mais animadora. O desemprego atingia, em Abril, os 9,4 por cento, um valor acima da média nacional e onde não estão contabilizados «centenas de trabalhadores que estão em formação profissional e/ou população activa que procura trabalho fora da região», denuncia a Direcção da Organização Regional de Bragança do PCP.
Ainda na semana passada, afirmam os comunistas, dezenas de professores das Actividades de Enriquecimento Curricular ficaram sem trabalho e sem qualquer subsídio de desemprego. A responsabilidade por estes docentes era da Câmara Municipal de Bragança.
Também os agricultores vivem tempos difíceis. Os produtos agrícolas são pagos, ao produtor, a preços muito baixos, ao passo que os consumidores pagam preços exorbitantes nas grandes superfícies comerciais. Dramática é também a situação dos produtores de azeite.
CDU a crescer
Nas suas reuniões, as direcções das organizações regionais de Aveiro, Algarve e Bragança analisaram os resultados das eleições para o Parlamento Europeu.
Em Aveiro, a CDU aumentou 53 por cento de massa eleitoral e 1,6 pontos percentuais, atingindo 13 572 votos e 5,7 por cento. A subida deu-se em todos os concelhos, tendo a coligação alcançado percentagens significativas em alguns deles, como Espinho (11,3 por cento) e Ovar (9,2 por cento). Este resultado «muito positivo» da CDU, garante a DORAV, coloca «ao alcance dos trabalhadores e do povo do distrito, nas próximas legislativas, a eleição de um deputado do PCP para a Assembleia da República».
No Algarve, a CDU também cresceu em todos os concelhos, alcançando «resultados superiores aos dos últimos 15 anos». Já o PS sofreu uma «pesada derrota». Os protagonistas da política de direita – PS, PSD e CDS-PP – que tinham obtido quase 80 mil votos em 2004, ficaram-se pelos 70 mil.
O crescimento da CDU no distrito de Bragança, afirma a direcção regional comunista, foi superior a 60 por cento. Em todos os 12 concelhos do distrito a CDU aumenta a sua votação, tanto em relação às últimas eleições para o Parlamento Europeu como em relação às legislativas de 2005.