O que dizem os «economistas»?
No seguimento das eleições para o Parlamento Europeu, inserida numa vasta operação que visa reduzir os próximos actos eleitorais a uma falsa escolha entre PS e PSD, veio de novo a público a discussão sobre o avanço de grandes obras públicas, designadamente o Novo Aeroporto e TGV.
O episódio mais recente desta novela é um dito Manifesto de 28 criaturas, tudo gente que ou teve ao longo dos anos pesadas responsabilidades na condução das políticas nacionais - 13 foram membros de governos do PS e do PSD -, ou foram e, em alguns casos ainda o são, figuras de primeiro plano na defesa dos interesses dos grandes grupos económicos e do capital financeiro. Aparentemente, o denominador comum entre eles é o facto de se apresentarem como «economistas», procurando desta forma exibir uma legitimidade «técnica» para opções e decisões que, como sabemos, são eminentemente políticas mas, na verdade, aquilo que os une e motiva é a contribuição que podem dar para garantir a continuidade da política de direita que serviram e da qual se serviram ao longo dos anos.
Activos apoiantes e executantes do processo de privatizações, da destruição do aparelho produtivo, da desregulamentação e ataque aos direitos dos trabalhadores, da política de cega obediência ao Pacto de Estabilidade, de agravamento das injustiças sociais, as palavras desta gente destilam hipocrisia quando fazem o diagnóstico da situação nacional – como muitas vezes ouvimos PS, PSD e CDS fazer - como se não tivessem nenhuma responsabilidade na situação do País.
Mesmo quando questionam o avanço do Novo Aeroporto ou do TGV fazem-no passando ao lado de dois aspectos centrais para os quais o PCP tem sido o único partido a chamar a atenção: o carácter público de ambas as infra-estruturas e a incorporação de produção nacional.
Trata-se de gente bem instalada na vida, para a qual o desemprego é uma estatística, os baixos salários um factor de competitividade, a saúde uma óptima oportunidade de negócio, as desigualdades uma inevitabilidade e que, desta feita, espontânea e desinteressadamente deram uma nova prova de altruísmo e amor à causa pública.
Pois bem, esta iniciativa mais do que contribuir para criar dificuldades ao PS – como alguns se apressaram a dizer -, constitui isso sim, uma das várias tentativas a que iremos assistir para centrar a discussão política nas aparentes divergências entre PS e PSD e, simultaneamente, tapar a perspectiva quanto à necessidade e possibilidade de construir uma ruptura com a política de direita que tem amarrado o País ao atraso e empurrado os trabalhadores e o Povo para uma vida de dificuldades e sacrifícios.
O episódio mais recente desta novela é um dito Manifesto de 28 criaturas, tudo gente que ou teve ao longo dos anos pesadas responsabilidades na condução das políticas nacionais - 13 foram membros de governos do PS e do PSD -, ou foram e, em alguns casos ainda o são, figuras de primeiro plano na defesa dos interesses dos grandes grupos económicos e do capital financeiro. Aparentemente, o denominador comum entre eles é o facto de se apresentarem como «economistas», procurando desta forma exibir uma legitimidade «técnica» para opções e decisões que, como sabemos, são eminentemente políticas mas, na verdade, aquilo que os une e motiva é a contribuição que podem dar para garantir a continuidade da política de direita que serviram e da qual se serviram ao longo dos anos.
Activos apoiantes e executantes do processo de privatizações, da destruição do aparelho produtivo, da desregulamentação e ataque aos direitos dos trabalhadores, da política de cega obediência ao Pacto de Estabilidade, de agravamento das injustiças sociais, as palavras desta gente destilam hipocrisia quando fazem o diagnóstico da situação nacional – como muitas vezes ouvimos PS, PSD e CDS fazer - como se não tivessem nenhuma responsabilidade na situação do País.
Mesmo quando questionam o avanço do Novo Aeroporto ou do TGV fazem-no passando ao lado de dois aspectos centrais para os quais o PCP tem sido o único partido a chamar a atenção: o carácter público de ambas as infra-estruturas e a incorporação de produção nacional.
Trata-se de gente bem instalada na vida, para a qual o desemprego é uma estatística, os baixos salários um factor de competitividade, a saúde uma óptima oportunidade de negócio, as desigualdades uma inevitabilidade e que, desta feita, espontânea e desinteressadamente deram uma nova prova de altruísmo e amor à causa pública.
Pois bem, esta iniciativa mais do que contribuir para criar dificuldades ao PS – como alguns se apressaram a dizer -, constitui isso sim, uma das várias tentativas a que iremos assistir para centrar a discussão política nas aparentes divergências entre PS e PSD e, simultaneamente, tapar a perspectiva quanto à necessidade e possibilidade de construir uma ruptura com a política de direita que tem amarrado o País ao atraso e empurrado os trabalhadores e o Povo para uma vida de dificuldades e sacrifícios.