Para o Afeganistão e em força!
Decerto estimulado pelo resultado do PSD em Portugal, pelo do PPE na Europa e pelas declarações de Sócrates na noite eleitoral sobre o rumo da política que se vai manter, Cavaco Silva tem-se desdobrado em declarações (e acções – como o veto à lei de financiamento) plenas de significado.
Ouvido à porta da reunião de chefes de Estado não executivos, na semana passada, em Nápoles, o presidente da República ditou a táctica: não há «nada mais importante do que ter um português como presidente da Comissão Europeia», a abstenção nas eleições europeias é um «paradoxo» face a tudo o que a União Europeia «tem para oferecer» aos cidadãos (ignorantes e ingratos cidadãos, foi só o que faltou acrescentar), para mais com o Tratado de Lisboa (ainda que politicamente morto, acrescentamos nós), a União Europeia deve envolver-se complementarmente à NATO face às «dificuldades» no Afeganistão e no Médio Oriente, não se deixando os Estados Unidos sozinhos.
Na segunda-feira reuniu o Conselho de Estado, exactamente para dar o amém ao envio de mais tropas portuguesas para o Afeganistão. E a propósito disto são indispensáveis duas considerações: uma, sobre as preocupações que o PCP nunca deixou de colocar (e lutar!) quanto às pretensões militaristas e imperialistas, a pôr em causa a paz no plano mundial.
A outra consideração é mais caseira: se por agora está afastada das vozes dos comentadores oficiais do reino a ideia do «bloco central», substituída por um empolamento da bipolarização (que os resultados das eleições para o Parlamento Europeu não permitem), fica claro que em questões internacionais, europeias, da paz e da guerra – para só falar destas agora – há total e harmónica sintonia entre PS, PSD, CDS e Presidência da República. É a total submissão às grandes potências da União Europeia e aos interesses dos Estados Unidos, da NATO e da guerra.
Nesta questão da paz, como noutras, é urgente a ruptura com a política de direita. E essa só se fará com o reforço do PCP e da CDU.
Ouvido à porta da reunião de chefes de Estado não executivos, na semana passada, em Nápoles, o presidente da República ditou a táctica: não há «nada mais importante do que ter um português como presidente da Comissão Europeia», a abstenção nas eleições europeias é um «paradoxo» face a tudo o que a União Europeia «tem para oferecer» aos cidadãos (ignorantes e ingratos cidadãos, foi só o que faltou acrescentar), para mais com o Tratado de Lisboa (ainda que politicamente morto, acrescentamos nós), a União Europeia deve envolver-se complementarmente à NATO face às «dificuldades» no Afeganistão e no Médio Oriente, não se deixando os Estados Unidos sozinhos.
Na segunda-feira reuniu o Conselho de Estado, exactamente para dar o amém ao envio de mais tropas portuguesas para o Afeganistão. E a propósito disto são indispensáveis duas considerações: uma, sobre as preocupações que o PCP nunca deixou de colocar (e lutar!) quanto às pretensões militaristas e imperialistas, a pôr em causa a paz no plano mundial.
A outra consideração é mais caseira: se por agora está afastada das vozes dos comentadores oficiais do reino a ideia do «bloco central», substituída por um empolamento da bipolarização (que os resultados das eleições para o Parlamento Europeu não permitem), fica claro que em questões internacionais, europeias, da paz e da guerra – para só falar destas agora – há total e harmónica sintonia entre PS, PSD, CDS e Presidência da República. É a total submissão às grandes potências da União Europeia e aos interesses dos Estados Unidos, da NATO e da guerra.
Nesta questão da paz, como noutras, é urgente a ruptura com a política de direita. E essa só se fará com o reforço do PCP e da CDU.