Análises, sondagens e desejos
Estas eleições foram pródigas em confirmar coisas que já se sabiam.
Desde logo que o nosso povo está «fartinho até às orelhas» (como diria uma tia minha), das políticas de direita e deu uma valente «ripada» no seu actual executor, o Partido Socialista. Nada mais claro se registarmos o facto de, comparado com as últimas eleições, o PS ter perdido mais de 550 mil votos, tendo obtido um dos seus piores resultados de sempre. E que é comprovado pelo facto de o PSD ter um resultado pouco melhor que sofrível, que não pode ser apagado pelos saltinhos de Rangel e da sua rapaziada, que só se explicam pelo baixíssimo nível de expectativas com que a direita portuguesa partiu para esta batalha.
Por outro lado, elas revelam bem o papel das sondagens. Podendo ser um instrumento sério de análise de tendências globais, as sondagens foram, uma vez mais, usadas pela comunicação social dominante, ao serviço do poder económico, como instrumento de tentativa de condicionamento da vontade dos eleitores. Ao longo dos meses foram esgrimidas para incutir a ideia de que a CDU estaria em perda, de que baixaria a sua percentagem e até para justificar a tese de que o segundo candidato da CDU estaria «na sombra», conforme se lhe referiu um jornal diário, ou seja, estaria em causa a sua eleição.
Aliás, com toda a desfaçatez, e apesar de ter ficado provado o seu estrondoso desacerto com a realidade, na própria noite de domingo, lá vem mais uma sondagem, desta feita para as legislativas, que procura justificar a tese da moda - a da bipolarização.
Por último, elas mostram que a análise e o comentário político, no que à CDU diz respeito, tem muito mais de desejo do que avaliação e interpretação de resultados. Senão, como entender que, a uma força que subiu mais de 70 mil votos, ou seja mais de 23% da sua massa eleitoral, que subiu em votos e em percentagem em todos os distritos e em mais de 300 dos 308 concelhos, que ganhou mais distritos do que o PS, que tem subidas percentuais que vão até aos mais de 80%, que tem o seu melhor resultado dos últimos 15 anos, que ganhou freguesias e concelhos que há mais de vinte anos não ganhava, como entender, dizia, que desta força política se diga que perdeu, ou se coloque o seu principal dirigente no lote dos vencidos?
Somente porque era esse o seu desejo e não conseguiram ajustar a agulha à realidade. Mas disso sabemos nós bem!
Desde logo que o nosso povo está «fartinho até às orelhas» (como diria uma tia minha), das políticas de direita e deu uma valente «ripada» no seu actual executor, o Partido Socialista. Nada mais claro se registarmos o facto de, comparado com as últimas eleições, o PS ter perdido mais de 550 mil votos, tendo obtido um dos seus piores resultados de sempre. E que é comprovado pelo facto de o PSD ter um resultado pouco melhor que sofrível, que não pode ser apagado pelos saltinhos de Rangel e da sua rapaziada, que só se explicam pelo baixíssimo nível de expectativas com que a direita portuguesa partiu para esta batalha.
Por outro lado, elas revelam bem o papel das sondagens. Podendo ser um instrumento sério de análise de tendências globais, as sondagens foram, uma vez mais, usadas pela comunicação social dominante, ao serviço do poder económico, como instrumento de tentativa de condicionamento da vontade dos eleitores. Ao longo dos meses foram esgrimidas para incutir a ideia de que a CDU estaria em perda, de que baixaria a sua percentagem e até para justificar a tese de que o segundo candidato da CDU estaria «na sombra», conforme se lhe referiu um jornal diário, ou seja, estaria em causa a sua eleição.
Aliás, com toda a desfaçatez, e apesar de ter ficado provado o seu estrondoso desacerto com a realidade, na própria noite de domingo, lá vem mais uma sondagem, desta feita para as legislativas, que procura justificar a tese da moda - a da bipolarização.
Por último, elas mostram que a análise e o comentário político, no que à CDU diz respeito, tem muito mais de desejo do que avaliação e interpretação de resultados. Senão, como entender que, a uma força que subiu mais de 70 mil votos, ou seja mais de 23% da sua massa eleitoral, que subiu em votos e em percentagem em todos os distritos e em mais de 300 dos 308 concelhos, que ganhou mais distritos do que o PS, que tem subidas percentuais que vão até aos mais de 80%, que tem o seu melhor resultado dos últimos 15 anos, que ganhou freguesias e concelhos que há mais de vinte anos não ganhava, como entender, dizia, que desta força política se diga que perdeu, ou se coloque o seu principal dirigente no lote dos vencidos?
Somente porque era esse o seu desejo e não conseguiram ajustar a agulha à realidade. Mas disso sabemos nós bem!