Um abraço para Amina

Amina Lawal, a nigeriana de 32 anos condenada à morte por lapidação pelo tribunal islâmico de Katsina, no norte da Nigéria, foi absolvida na passada quinta-feira.
O colectivo constituído por cinco juizes decidiu voltar atrás na sentença anteriormente proferida e anular a aplicação da pena, considerando que a arguida não dispôs de «uma ampla oportunidade para se defender».
A medida agora tomada vem na sequência de um vasto movimento internacional de solidariedade com Amina e com as mulheres nigerianas que, segundo a lei islâmica em vigor nalgumas províncias do país, podem ser condenadas à morte por apedrejamento público em caso de adultério.
O PCP associou-se desde o início aos protestos e realizou diversas acções para exigir a anulação da sentença, das quais se destacam a entrega, por parte de uma delegação da Comissão de Mulheres do PCP, de 1700 assinaturas na embaixada da Nigéria em Lisboa, que, via Internet, chegaram também ao presidente daquele país africano.
A iniciativa intitulada «Um último gesto para salvar Amina Lawal» decorreu na quarta-feira da semana passada, na baixa de Lisboa, um dia antes da decisão do tribunal, e pretendeu, para além da recolha de assinaturas, demonstrar o profundo repúdio do PCP pela bárbara condenação.
Sublinhe-se que em Outubro do ano passado uma delegação de 30 mulheres comunistas entregaram um apelo semelhante junto da representação diplomática nigeriana e que, no passado dia 17 de Setembro, a Assembleia da República aprovou, por iniciativa do grupo parlamentar do PCP, um voto de protesto onde se apelava à anulação da sentença.


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