Por horário, condições e palavra

GNR em protesto

Uma manifestação anteontem à tarde, em Lisboa, reuniu um milhar de profissionais da Guarda Nacional Republicana, incluindo sargentos e guardas-florestais. Dos motivos do protesto, a Associação dos Profissionais da Guarda salientou os horários de trabalho «de escravatura», a degradação das condições de prestação do serviço e a falta de cumprimento das promessas e compromissos por parte do Governo e do ministro da Administração Interna. No percurso entre a Praça dos Restauradores e a Assembleia da República, os guardas gritaram várias vezes «mentiroso, mentiroso» e «ministro, escuta, a GNR está em luta».
Esta acção tinha sido convocada pela Comissão Coordenadora Permanente dos sindicatos e associações das forças e serviços de segurança, para exigir a negociação dos estatutos profissionais - negociação entretanto aberta pelo Governo, excepto com a associação da GNR, como explicou à agência Lusa o presidente da APG, José Manageiro. Os guardas-florestais, integrados há três anos no SEPNA da GNR, continuam sem resposta do Governo às reivindicações então apresentadas pela Federação da Função Pública.
António Filipe, deputado do PCP, foi junto dos manifestantes expressar solidariedade aos objectivos da luta.


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