A culpa e a convergência
Sopram ventos eleitorais e com eles vêm tempos de balanço. Há no ar uma já mudança de discurso da parte dos dois partidos «de poder», como se auto-denominam PS e PSD.
Mas será que algum dos dois tem a vocação e a capacidade de bem governar?
O decorrer dos anos tem mostrado com sempre maior evidência que qualquer deles tem por objectivo, não enfrentar e resolver problemas, mas alcançar o poder – e, uma vez aí colocados, manter o poder. E, quando dele são apeados, preparar-se para ... novamente o conquistar.
É neste vazio rotativo que qualquer deles, sem diferenças de substância, mas com igual apego, tem governado – certo que por delegação de poderes concedida pelo poder verdadeiro, do qual não passam de meros e passivos executantes.
E é esta a mesquinha direita que temos. Direita porque as opções do PS na prática governativa acabaram por o indiferenciar da direita formal que é o PSD. E porque ambos têm em comum o facto de serem garantia da continuação de um poder de direita entre nós.
Mas será fatal que um país de pequena geografia seja governado por uma política de pequenez? E poderão os portugueses rever-se nesta direita cuja única ambição tem como horizonte o de revezar-se periodicamente no poder?
Não. Refém do grande poder económico, concentrada na sua crispação de não perder o lugar, esta direita por sua própria e única natureza parasitária do poder será sempre incapaz de elaborar e rasgar novos rumos, de enfrentar os desafios necessários ao melhoramento do País, de encarar o futuro com a coragem cada vez mais exigente que as dificuldades impõem.
Dificuldades nas quais tem a sua inconfundível marca contributiva e em cujo contexto a direita não governamental se mantém expectante, atenta à sua vez, enquanto a direita governativa apela à convergência de esforços, de todos e cada um, para fazer face à crise.
Passa em claro uma questão importante: convergência em nome de quê e em defesa de quais interesses? Os da minoria que o governo defende e protege ou os da imensa maioria por eles espoliada?
Mas será que algum dos dois tem a vocação e a capacidade de bem governar?
O decorrer dos anos tem mostrado com sempre maior evidência que qualquer deles tem por objectivo, não enfrentar e resolver problemas, mas alcançar o poder – e, uma vez aí colocados, manter o poder. E, quando dele são apeados, preparar-se para ... novamente o conquistar.
É neste vazio rotativo que qualquer deles, sem diferenças de substância, mas com igual apego, tem governado – certo que por delegação de poderes concedida pelo poder verdadeiro, do qual não passam de meros e passivos executantes.
E é esta a mesquinha direita que temos. Direita porque as opções do PS na prática governativa acabaram por o indiferenciar da direita formal que é o PSD. E porque ambos têm em comum o facto de serem garantia da continuação de um poder de direita entre nós.
Mas será fatal que um país de pequena geografia seja governado por uma política de pequenez? E poderão os portugueses rever-se nesta direita cuja única ambição tem como horizonte o de revezar-se periodicamente no poder?
Não. Refém do grande poder económico, concentrada na sua crispação de não perder o lugar, esta direita por sua própria e única natureza parasitária do poder será sempre incapaz de elaborar e rasgar novos rumos, de enfrentar os desafios necessários ao melhoramento do País, de encarar o futuro com a coragem cada vez mais exigente que as dificuldades impõem.
Dificuldades nas quais tem a sua inconfundível marca contributiva e em cujo contexto a direita não governamental se mantém expectante, atenta à sua vez, enquanto a direita governativa apela à convergência de esforços, de todos e cada um, para fazer face à crise.
Passa em claro uma questão importante: convergência em nome de quê e em defesa de quais interesses? Os da minoria que o governo defende e protege ou os da imensa maioria por eles espoliada?