Defender o emprego
Confrontado com os anúncios do encerramento da Amoníaco Portugal e da possível falência da Continuental Mabor, o PCP exige que o Governo aja na defesa dos postos de trabalho.
O Governo tem que intervir noutros sectores que não o financeiro
Em comunicado da Comissão Concelhia do Barreiro emitida no dia 12, o PCP acusa o Grupo CUF de pretender dar uma «machada profunda naquilo que é o sector produtivo nacional» ao pretender encerrar as secções produtivas de amoníaco e ureia da fábrica do Lavradio da Amoníaco Portugal. Os comunistas consideram inaceitável o despedimento de 152 trabalhadores directos daquela fábrica, realçando ser possível combatê-lo, na «defesa dos direitos e dos postos de trabalho».
As dúvidas são mais que muitas, salienta a Comissão Concelhia, enumerando-as: «Porque não tem o Grupo CUF efectuado ao longo dos anos os investimentos necessários, nas várias fábricas, para criar melhores condições na produção e no ambiente? E a não tomada por parte do Governo de medidas especiais e de excepção neste caso?»
No comunicado, a Comissão Concelhia do Barreiro do PCP expressa a sua solidariedade com os trabalhadores da empresa e assume o seu empenho na defesa dos trabalhadores. Na véspera, já a célula do Partido na Amoníaco Portugal tinha distribuído um comunicado onde manifestava a sua preocupação com o facto de a produção estar parada desde o dia 14 de Dezembro.
Entretanto, o Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República um requerimento ao Governo, questionando-o sobre que soluções pretende apresentar para resolver este grave problema. O PCP quer também saber porque razão o Governo não intervém junto da GALP no sentido de assegurar uma política de preços controlados no fornecimento de matéria-prima à empresa. Para os comunistas, com este encerramento, o País fica completamente dependente do estrangeiro ao nível deste tipo de produção.
Continental Mabor
Em Braga, a Direcção da Organização Regional do Partido está preocupada com as repercussões que uma possível falência da empresa alemã proprietária da Continental Mabor, do grupo Schaffler, poderá ter na unidade de Lousado, onde trabalham cerca de 1500 trabalhadores.
Para os comunistas, as declarações do presidente da empresa, de que não estarão em risco postos de trabalho na unidade portuguesa não dão garantias: no final de 2008 «todos os contratados, cerca de 85, viram ameaçada a renovação dos seus contratos, e desde o início do ano até Abril estão previstas várias paragens na produção».
Ao longo de duas décadas de permanência em Famalicão, lembra o PCP, a Mabor «tem sido sempre apoiada pela União Europeia, pelo Estado Português e pelo Município de Famalicão, com benefícios fiscais, redução e isenção de taxas e licenças, IMI e outros apoios directos e indirectos».
Além disso, a unidade de Lousado da empresa «tem sido apresentada como a unidade do grupo Mabor com os mais altos níveis de produtividade». E os resultados têm sido «altamente positivos», acrescenta o PCP.
Face à dimensão da empresa, número de postos de trabalho e sector de actividade, a direcção regional do Partido exige respostas prontas e urgentes do Governo e da União Europeia.
Ilda Figueiredo, que se deslocou à empresa no dia seguinte para contactar com os trabalhadores e com as suas estruturas representativas, apresentou no Parlamento Europeu uma pergunta sobre a situação do grupo e da unidade portuguesa, pretendendo saber que apoios recebeu e que medidas pretende a Comissão Europeia tomar para defender os postos de trabalho.
As dúvidas são mais que muitas, salienta a Comissão Concelhia, enumerando-as: «Porque não tem o Grupo CUF efectuado ao longo dos anos os investimentos necessários, nas várias fábricas, para criar melhores condições na produção e no ambiente? E a não tomada por parte do Governo de medidas especiais e de excepção neste caso?»
No comunicado, a Comissão Concelhia do Barreiro do PCP expressa a sua solidariedade com os trabalhadores da empresa e assume o seu empenho na defesa dos trabalhadores. Na véspera, já a célula do Partido na Amoníaco Portugal tinha distribuído um comunicado onde manifestava a sua preocupação com o facto de a produção estar parada desde o dia 14 de Dezembro.
Entretanto, o Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República um requerimento ao Governo, questionando-o sobre que soluções pretende apresentar para resolver este grave problema. O PCP quer também saber porque razão o Governo não intervém junto da GALP no sentido de assegurar uma política de preços controlados no fornecimento de matéria-prima à empresa. Para os comunistas, com este encerramento, o País fica completamente dependente do estrangeiro ao nível deste tipo de produção.
Continental Mabor
Em Braga, a Direcção da Organização Regional do Partido está preocupada com as repercussões que uma possível falência da empresa alemã proprietária da Continental Mabor, do grupo Schaffler, poderá ter na unidade de Lousado, onde trabalham cerca de 1500 trabalhadores.
Para os comunistas, as declarações do presidente da empresa, de que não estarão em risco postos de trabalho na unidade portuguesa não dão garantias: no final de 2008 «todos os contratados, cerca de 85, viram ameaçada a renovação dos seus contratos, e desde o início do ano até Abril estão previstas várias paragens na produção».
Ao longo de duas décadas de permanência em Famalicão, lembra o PCP, a Mabor «tem sido sempre apoiada pela União Europeia, pelo Estado Português e pelo Município de Famalicão, com benefícios fiscais, redução e isenção de taxas e licenças, IMI e outros apoios directos e indirectos».
Além disso, a unidade de Lousado da empresa «tem sido apresentada como a unidade do grupo Mabor com os mais altos níveis de produtividade». E os resultados têm sido «altamente positivos», acrescenta o PCP.
Face à dimensão da empresa, número de postos de trabalho e sector de actividade, a direcção regional do Partido exige respostas prontas e urgentes do Governo e da União Europeia.
Ilda Figueiredo, que se deslocou à empresa no dia seguinte para contactar com os trabalhadores e com as suas estruturas representativas, apresentou no Parlamento Europeu uma pergunta sobre a situação do grupo e da unidade portuguesa, pretendendo saber que apoios recebeu e que medidas pretende a Comissão Europeia tomar para defender os postos de trabalho.