Afirmar a alternativa
Mais de duas centenas de pessoas participaram, sábado, em Lourosa, no concelho de Santa Maria da Feira, no comício do PCP que contou com a presença de Jerónimo de Sousa.
Há empresas do distrito que despedem apenas para manter os lucros
No comício, realizado no âmbito da campanha «Sim, é possível uma vida melhor», participou também Carlos Gonçalves, da Comissão Política e responsável pela Direcção da Organização Regional de Aveiro do Partido. Este dirigente denunciou o quadro social em que se encontra o distrito, marcado pelo desemprego, os encerramentos de empresas, os processos de lay-off e paralisações forçadas, a crise e o aproveitamento dela por parte do patronato para impor um brutal agravamento da exploração.
Em seguida, Carlos Gonçalves confrontou a realidade com as promessas de Manuel Pinho, actual ministro da Economia e primeiro candidato, há quatro anos, do PS pelo distrito. Este prometia a revitalização económica do distrito e o fim da pobreza.
Jerónimo de Sousa, na sua intervenção, desmentiu o Governo quando este afirma que está a tomar medidas para impedir os despedimentos abusivos. «Mas a verdade é que o desemprego está sempre a crescer e cada dia que passa a assumir novos contornos de gravidade, com a crise a justificar uma inaceitável número de despedimentos colectivos ilegais». Muitas das empresas, lembrou, receberam apoios do Estado com o compromisso de manter e criar empregos.
Segundo o Secretário-geral do Partido, há «despedimentos intoleráveis e paralisações de produção de empresas que têm como único objectivo de manter o mesmo nível de lucros». Assim, transferem «todo o fardo da crise para as costas dos trabalhadores», havendo também «aquelas que pensam que chegou a hora de levantar a tenda, com o pretexto da crise».
No distrito de Aveiro, garantiu Jerónimo de Sousa, há vários casos de despedimentos em empresas pertencentes a grandes grupos económicos com «condições financeiras para assegurar a redução temporária da procura». É assim na Corticeira Amorim, «que despede apesar dos grandes lucros», e na Ecco, «que prepara mais duzentos despedimentos». E também na Renault Cacia e em dezenas de empresas que estão a empurrar os trabalhadores para o desemprego e para o lay-off.
Resistir à pressão
Denunciando o que considerou ser uma «pressão para reduzir direitos em nome da manutenção do emprego que está aí já a tentar fazer caminho», Jerónimo de Sousa acusou o Governo de insistir com o Código de Trabalho na sua política de perda de direitos e na degradação das relações de trabalho. Desta forma, garantiu, só alimenta os encerramentos fraudulentos, as falsas situações de dificuldade, as paragens indiscriminadas de produção e as tentativas de implantação do banco de horas.
Neste quadro de crise, afirmou o dirigente comunista, as alterações ao Código do Trabalho são uma «ameaça permanente contra os trabalhadores». Assim, a revogação dos seus aspectos negativos e a defesa do trabalho com direitos «é uma batalha que é preciso continuar a travar».
Na opinião do Secretário-geral do PCP, «toda a evolução negativa do País e da vida dos portugueses coloca com cada vez mais premência a questão da necessidade da afirmação de uma alternativa política e de uma política alternativa à política de direita». As três batalhas eleitorais deste ano constituem, destacou, um «momento e oportunidade para uma clara condenação da política do Governo do PS e para afirmação dessa necessária alternativa»
Em seguida, Carlos Gonçalves confrontou a realidade com as promessas de Manuel Pinho, actual ministro da Economia e primeiro candidato, há quatro anos, do PS pelo distrito. Este prometia a revitalização económica do distrito e o fim da pobreza.
Jerónimo de Sousa, na sua intervenção, desmentiu o Governo quando este afirma que está a tomar medidas para impedir os despedimentos abusivos. «Mas a verdade é que o desemprego está sempre a crescer e cada dia que passa a assumir novos contornos de gravidade, com a crise a justificar uma inaceitável número de despedimentos colectivos ilegais». Muitas das empresas, lembrou, receberam apoios do Estado com o compromisso de manter e criar empregos.
Segundo o Secretário-geral do Partido, há «despedimentos intoleráveis e paralisações de produção de empresas que têm como único objectivo de manter o mesmo nível de lucros». Assim, transferem «todo o fardo da crise para as costas dos trabalhadores», havendo também «aquelas que pensam que chegou a hora de levantar a tenda, com o pretexto da crise».
No distrito de Aveiro, garantiu Jerónimo de Sousa, há vários casos de despedimentos em empresas pertencentes a grandes grupos económicos com «condições financeiras para assegurar a redução temporária da procura». É assim na Corticeira Amorim, «que despede apesar dos grandes lucros», e na Ecco, «que prepara mais duzentos despedimentos». E também na Renault Cacia e em dezenas de empresas que estão a empurrar os trabalhadores para o desemprego e para o lay-off.
Resistir à pressão
Denunciando o que considerou ser uma «pressão para reduzir direitos em nome da manutenção do emprego que está aí já a tentar fazer caminho», Jerónimo de Sousa acusou o Governo de insistir com o Código de Trabalho na sua política de perda de direitos e na degradação das relações de trabalho. Desta forma, garantiu, só alimenta os encerramentos fraudulentos, as falsas situações de dificuldade, as paragens indiscriminadas de produção e as tentativas de implantação do banco de horas.
Neste quadro de crise, afirmou o dirigente comunista, as alterações ao Código do Trabalho são uma «ameaça permanente contra os trabalhadores». Assim, a revogação dos seus aspectos negativos e a defesa do trabalho com direitos «é uma batalha que é preciso continuar a travar».
Na opinião do Secretário-geral do PCP, «toda a evolução negativa do País e da vida dos portugueses coloca com cada vez mais premência a questão da necessidade da afirmação de uma alternativa política e de uma política alternativa à política de direita». As três batalhas eleitorais deste ano constituem, destacou, um «momento e oportunidade para uma clara condenação da política do Governo do PS e para afirmação dessa necessária alternativa»