Combater a privatização
A privatização da ANA, a acontecer, seria um crime económico, afirmou a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, que defende a continuação da gestão pública do aeroporto do Porto.
Com o investimento público, o aeroporto tornou-se apetecível
Na base da conferência de imprensa, realizada no dia 24, estiveram as «doutas opiniões» manifestadas recentemente por várias entidades acerca da gestão do aeroporto do Porto. Para a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP (DORP), muitas destas entidades chegaram mesmo a assumir o interesse em que lhes fosse atribuída tal «missão»...
Valdemar Henriques e José Pedro Rodrigues, da direcção comunista, ressalvaram que toda a discussão acerca da gestão do aeroporto parte da premissa errada de que a privatização da ANA é um facto consumado. E não é, já que a ANA é uma empresa «estratégica e rentável, pelo que a sua privatização não pode deixar de ser considerada uma decisão lesiva dos interesses nacionais».
Para os comunistas, com a crise que o País atravessa também «não se entende que uma operação de privatização de uma empresa tão atractiva como a ANA, nas suas várias vertentes, possa encontrar o mercado que certamente teria numa outra conjuntura mais favorável». Fica assim claro que a «discussão que tem sido lançada, infelizmente com a cumplicidade das entidades que, ocupando lugares de responsabilidade pública, visa desde já fazer caminho na opinião pública de que a privatização é inevitável».
Para a DORP do PCP, a polémica que tem sido promovida, «baseada em cenários pós-privatização, é uma ficção que só se tornará realidade se o Governo, também neste caso, deixar que os interesses privados se sobreponham ao interesse público». Face a tanto frenesim, os comunistas questionam: «Porque não aconteceu quando o aeroporto do Porto era, jocosamente, tratado como um apeadeiro?» Porquê agora, quando é «considerado um dos melhores do mundo dentro dos da sua dimensão», perguntaram.
O que nunca se releva, afirmaram os comunistas, é o facto de esta classificação resultar da «enorme melhoria de condições de funcionalidade do aeroporto». E de esta ter sido possível graças à gestão pública dos aeroportos nacionais, da responsabilidade da ANA, que resultou do investimento de cerca de 400 milhões de euros».
Investimento público valorizou aeroporto
Na discussão da forma de gestão do aeroporto do Porto têm surgido outros argumentos, como a necessidade de aumentar a sua capacidade de atracção de passageiros. Mas, denunciou o PCP, «sempre se omite, nesta discussão, que nos últimos dois anos, isto é, entre 2006 e 2008, o aeroporto do Porto movimentou mais
1 132 024 passageiros», representando um aumento de 33,3 por cento. Todos os outros aeroportos nacionais aumentaram apenas 9 por cento.
Por tudo isto ficam claras, para o PCP, as razões que presidem a toda esta agitação em torno do aeroporto: «Depois do investimento público feito, é uma boa área de negócio com crescente clientela.» Portanto, acrescenta, «há que promover uma campanha para que alguns recebam os dividendos do investimento de todos».
A confirmar-se, a privatização da ANA constituirá um «crime lesivo dos interesses do País» e que não servirá os interesses de toda a região. O que está em causa, garantem os comunistas, é a obtenção de benefícios à custa de investimentos públicos que tornaram o aeroporto num fruto apetecível». Face a isto, o PCP reservou umas palavras críticas àqueles que, desempenhando cargos públicos, «deveriam pôr os interesses da região à frente dos protagonismos individuais ou interesses de grupo».
Valdemar Henriques e José Pedro Rodrigues, da direcção comunista, ressalvaram que toda a discussão acerca da gestão do aeroporto parte da premissa errada de que a privatização da ANA é um facto consumado. E não é, já que a ANA é uma empresa «estratégica e rentável, pelo que a sua privatização não pode deixar de ser considerada uma decisão lesiva dos interesses nacionais».
Para os comunistas, com a crise que o País atravessa também «não se entende que uma operação de privatização de uma empresa tão atractiva como a ANA, nas suas várias vertentes, possa encontrar o mercado que certamente teria numa outra conjuntura mais favorável». Fica assim claro que a «discussão que tem sido lançada, infelizmente com a cumplicidade das entidades que, ocupando lugares de responsabilidade pública, visa desde já fazer caminho na opinião pública de que a privatização é inevitável».
Para a DORP do PCP, a polémica que tem sido promovida, «baseada em cenários pós-privatização, é uma ficção que só se tornará realidade se o Governo, também neste caso, deixar que os interesses privados se sobreponham ao interesse público». Face a tanto frenesim, os comunistas questionam: «Porque não aconteceu quando o aeroporto do Porto era, jocosamente, tratado como um apeadeiro?» Porquê agora, quando é «considerado um dos melhores do mundo dentro dos da sua dimensão», perguntaram.
O que nunca se releva, afirmaram os comunistas, é o facto de esta classificação resultar da «enorme melhoria de condições de funcionalidade do aeroporto». E de esta ter sido possível graças à gestão pública dos aeroportos nacionais, da responsabilidade da ANA, que resultou do investimento de cerca de 400 milhões de euros».
Investimento público valorizou aeroporto
Na discussão da forma de gestão do aeroporto do Porto têm surgido outros argumentos, como a necessidade de aumentar a sua capacidade de atracção de passageiros. Mas, denunciou o PCP, «sempre se omite, nesta discussão, que nos últimos dois anos, isto é, entre 2006 e 2008, o aeroporto do Porto movimentou mais
1 132 024 passageiros», representando um aumento de 33,3 por cento. Todos os outros aeroportos nacionais aumentaram apenas 9 por cento.
Por tudo isto ficam claras, para o PCP, as razões que presidem a toda esta agitação em torno do aeroporto: «Depois do investimento público feito, é uma boa área de negócio com crescente clientela.» Portanto, acrescenta, «há que promover uma campanha para que alguns recebam os dividendos do investimento de todos».
A confirmar-se, a privatização da ANA constituirá um «crime lesivo dos interesses do País» e que não servirá os interesses de toda a região. O que está em causa, garantem os comunistas, é a obtenção de benefícios à custa de investimentos públicos que tornaram o aeroporto num fruto apetecível». Face a isto, o PCP reservou umas palavras críticas àqueles que, desempenhando cargos públicos, «deveriam pôr os interesses da região à frente dos protagonismos individuais ou interesses de grupo».