Manifestação no sábado, em Lisboa

Com a Palestina

«As bombas deixaram de cair, mas a paz não chegou ao Médio Oriente», alertam as organizações promotoras da manifestação que vai ter lugar em Lisboa, no próximo sábado, com concentração no Largo de Camões, a partir das 15 horas.

A trégua anunciada é frágil

Numa nota divulgada anteontem à comunicação social, as organizações promotoras recordam que, «a 27 de Dezembro, o governo de Israel desencadeou um brutal ataque contra o povo palestino da Faixa de Gaza, o qual se traduziu num criminoso massacre, numa destruição e numa catástrofe humanitária sem precedentes». Desde então, «mais de 1300 palestinianos foram mortos, entre os quais, 417 crianças e 107 mulheres».
Reclamando «o fim dos massacres que há mais de 60 anos são perpetrados contra o povo palestiniano», considera-se que «os bombardeamentos e a invasão foram mais um exemplo da política de terrorismo de Estado de Israel, numa guerra desigual, contra o povo da Palestina e contra o seu inalienável direito a construir o seu Estado independente e soberano em solo da Palestina».
Com a trégua, declarada desde sábado, «as bombas deixaram de cair na Faixa de Gaza, mas a actual situação de cessar-fogo é frágil». As organizações portuguesas afirmam que «as declarações e discursos políticos de Israel não dão qualquer garantia de que novos massacres não voltem a acontecer» e que «o espectro da reocupação de Gaza permanece actual, o criminoso bloqueio ao território mantém-se, tal como permanece a ocupação da Palestina, a construção dos colonatos, o muro de separação e o autêntico genocídio do povo palestiniano».
«As bombas deixaram de cair, mas a paz não chegou ao Médio Oriente», conclui-se na nota, salientando que a paz «só terá lugar com o reconhecimento dos direitos nacionais do povo palestiniano, com o estabelecimento do Estado da Palestina nas fronteiras anteriores à guerra de ocupação de 1967, com capital em Jerusalém Leste».
As organizações promotoras da manifestação «apelam, a todos os homens e mulheres de paz, que unam as suas vozes em solidariedade com o povo palestiniano, que resiste e luta».
A decisão de realizar um forte acto de solidariedade para com a Palestina e os palestinianos, de condenação do genocídio perpetrado por Israel e de exigência do fim do massacre na Faixa de Gaza foi tomada numa reunião de mais de meia centena de representantes de organizações, promovida na passada sexta-feira pelas estruturas que convocaram a concentração de 8 de Janeiro, frente à embaixada de Israel.
Reunidas na sede do Conselho Português para a Paz e Cooperação, salientaram a urgência de Israel parar os ataques iniciados no final de Dezembro, mas ressalvaram que um qualquer cessar-fogo não retiraria fundamento à convocação da manifestação. Dos próximos passos, neste movimento, ficaram de novo responsáveis aquelas seis organizações (a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, o Movimento Democrático de Mulheres, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente, o Comité de Solidariedade com a Palestina e o Tribunal Iraque), assumindo-se todas as presentes – entre as quais estiveram o PCP e a JCP - como «promotoras» da manifestação.


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