Visão xenófoba
A Assembleia da República chumbou na passada semana um projecto de lei do CDS/PP que preconizava maiores restrições à imigração e ao acesso à nacionalidade. Todas as restantes bancadas consideraram as medidas nele contidas inúteis, discriminatórias e estigmatizantes.
Para esta alteração do seu partido à lei da imigração, Paulo Portas invocou os tempos de menor crescimento económico e de maior desemprego, os quais, em sua opinião, justificariam uma redução na entrada de imigrantes.
Rejeição unânime foi a resposta que obteve de todas as bancadas. Tentativa de regresso ao sistema de quotas que agrava a clandestinização de imigrantes, ultraconservadorismo, atentatórias dos direitos humanos, foram alguns dos epítetos lançados sobre as propostas do CDS/PP.
Particularmente dura foi a crítica proveniente da bancada comunista, com o deputado António Filipe a afirmar que as propostas do CDS/PP «são as mais reaccionárias» algumas vez apresentadas, tratando «os estrangeiros com desconfiança, como potenciais delinquentes, com hostilidade».
«Isto tem um nome, chama-se xenofobia, acusou, repudiando a ideia de um «contrato de imigração» (que o presidente francês Nicolas Sarkozy propôs mas que caiu face ao repúdio que gerou), que seria «um contrato de estigmatização».
Sobre a Lei da Nacionalidade aprovada no início desta Legislatura, que disse ser forte motivo de orgulho para todos nós, o deputado comunista acusou os populares de quererem «voltar atrás», impondo de novo obstáculos absurdos» para a aquisição da nacionalidade portuguesa.
«O que é isso de conhecer suficientemente os valores fundamentais do Estado de Direito Português? O que é isso de impor a garantia de meios de subsistência?», inquiriu António Filipe, que, dando a resposta, sobre a primeira asserção, considerou que «o CDS, com estes projectos, demonstra que não os conhece», perguntando, no segundo caso, se «quer dizer que os pobres não podem ser portugueses».
Para esta alteração do seu partido à lei da imigração, Paulo Portas invocou os tempos de menor crescimento económico e de maior desemprego, os quais, em sua opinião, justificariam uma redução na entrada de imigrantes.
Rejeição unânime foi a resposta que obteve de todas as bancadas. Tentativa de regresso ao sistema de quotas que agrava a clandestinização de imigrantes, ultraconservadorismo, atentatórias dos direitos humanos, foram alguns dos epítetos lançados sobre as propostas do CDS/PP.
Particularmente dura foi a crítica proveniente da bancada comunista, com o deputado António Filipe a afirmar que as propostas do CDS/PP «são as mais reaccionárias» algumas vez apresentadas, tratando «os estrangeiros com desconfiança, como potenciais delinquentes, com hostilidade».
«Isto tem um nome, chama-se xenofobia, acusou, repudiando a ideia de um «contrato de imigração» (que o presidente francês Nicolas Sarkozy propôs mas que caiu face ao repúdio que gerou), que seria «um contrato de estigmatização».
Sobre a Lei da Nacionalidade aprovada no início desta Legislatura, que disse ser forte motivo de orgulho para todos nós, o deputado comunista acusou os populares de quererem «voltar atrás», impondo de novo obstáculos absurdos» para a aquisição da nacionalidade portuguesa.
«O que é isso de conhecer suficientemente os valores fundamentais do Estado de Direito Português? O que é isso de impor a garantia de meios de subsistência?», inquiriu António Filipe, que, dando a resposta, sobre a primeira asserção, considerou que «o CDS, com estes projectos, demonstra que não os conhece», perguntando, no segundo caso, se «quer dizer que os pobres não podem ser portugueses».