A caminho da recessão
À margem da reunião do Comité Central do passado fim-de-semana, o Secretário-geral do PCP fez uma declaração à imprensa onde alertou para a degradação da situação económica do País.
Centenas de empresas estão em situação de insolvência
«O País está num constante processo de regressão económica e de estagnação agravada», acusou Jerónimo de Sousa, chamando ainda a atenção para o «contínuo agravamento da situação económica e social do País». Situação que, garante, contrasta com a «ilusória e manipuladora perspectiva que o Governo apresenta de um país resistente à crise».
A variação nula do crescimento em relação ao trimestre anterior, destacou o dirigente comunista, «evidencia que o País se encaminha a passos largos para a recessão». O crescimento médio anual é, neste momento, «menos de metade do registado o ano passado». E a economia nacional voltará a registar, em 2008, «um dos crescimentos mais baixos entre os países da zona euro e da União Europeia».
A deterioração da situação do País, acrescentou o dirigente comunista, está também patente na evolução das contas externas, sendo particularmente preocupante o agravamento da Balança de Mercadorias. Isto resulta da «deterioração dos termos de troca e da desaceleração da procura externa, mas essencialmente dos graves problemas estruturais e das fragilidades dos sectores produtivos nacionais». O País fica, assim, ainda mais endividado – o endividamento externo líquido do País era, no final de 2007, de 90 por cento do PIB. Hoje, situa-se perto de atingir os 100 por cento.
Desemprego e precariedade
Também o aumento do desemprego atesta o agravamento da situação económica, afirmou o Secretário-geral do PCP. No terceiro trimestre, o desemprego aumentou 0,4 pontos percentuais, fixando a taxa em sentido restrito nos 7,7 por cento. Isto num trimestre onde pesam os maiores níveis de emprego sazonal no turismo.
Este aumento, sublinhou, é tanto mais «preocupante e grave quando estão em desenvolvimento novos processos de milhares de despedimentos, como é exemplo o encerramento das Pirites Alentejanas, entre muitas outras empresas». No mês de Novembro, afirmou o dirigente comunista, «centenas de empresas, nomeadamente dos sectores têxtil, construção civil, metalurgia, encerraram ou estão numa situação de insolvência, agravando a situação do emprego na indústria transformadora, em acelerada redução». Entre o terceiro trimestre do ano passado e o terceiro trimestre deste ano, a indústria transformadora perdeu 54 100 postos de trabalho.
As linhas de crédito para as micro, pequenas e médias empresas anunciadas pelo Governo, estão a servir apenas para a banca recarregar as suas contas, não chegando às empresas, acusou Jerónimo de Sousa.
O dirigente do PCP realçou ainda o facto de Portugal ser, entre os 27 países da União Europeia, o segundo com os piores resultados em termos de criação de emprego.
Também o trabalho precário conheceu um novo agravamento. No terceiro trimestre do ano, mais 5 300 trabalhadores estão nesta situação, comparando com o mesmo período de 2007.
Portugal é, também, um País extremamente desigual. É hoje o terceiro com mais desequilíbrio na distribuição do rendimento, entre os países da OCDE.
A variação nula do crescimento em relação ao trimestre anterior, destacou o dirigente comunista, «evidencia que o País se encaminha a passos largos para a recessão». O crescimento médio anual é, neste momento, «menos de metade do registado o ano passado». E a economia nacional voltará a registar, em 2008, «um dos crescimentos mais baixos entre os países da zona euro e da União Europeia».
A deterioração da situação do País, acrescentou o dirigente comunista, está também patente na evolução das contas externas, sendo particularmente preocupante o agravamento da Balança de Mercadorias. Isto resulta da «deterioração dos termos de troca e da desaceleração da procura externa, mas essencialmente dos graves problemas estruturais e das fragilidades dos sectores produtivos nacionais». O País fica, assim, ainda mais endividado – o endividamento externo líquido do País era, no final de 2007, de 90 por cento do PIB. Hoje, situa-se perto de atingir os 100 por cento.
Desemprego e precariedade
Também o aumento do desemprego atesta o agravamento da situação económica, afirmou o Secretário-geral do PCP. No terceiro trimestre, o desemprego aumentou 0,4 pontos percentuais, fixando a taxa em sentido restrito nos 7,7 por cento. Isto num trimestre onde pesam os maiores níveis de emprego sazonal no turismo.
Este aumento, sublinhou, é tanto mais «preocupante e grave quando estão em desenvolvimento novos processos de milhares de despedimentos, como é exemplo o encerramento das Pirites Alentejanas, entre muitas outras empresas». No mês de Novembro, afirmou o dirigente comunista, «centenas de empresas, nomeadamente dos sectores têxtil, construção civil, metalurgia, encerraram ou estão numa situação de insolvência, agravando a situação do emprego na indústria transformadora, em acelerada redução». Entre o terceiro trimestre do ano passado e o terceiro trimestre deste ano, a indústria transformadora perdeu 54 100 postos de trabalho.
As linhas de crédito para as micro, pequenas e médias empresas anunciadas pelo Governo, estão a servir apenas para a banca recarregar as suas contas, não chegando às empresas, acusou Jerónimo de Sousa.
O dirigente do PCP realçou ainda o facto de Portugal ser, entre os 27 países da União Europeia, o segundo com os piores resultados em termos de criação de emprego.
Também o trabalho precário conheceu um novo agravamento. No terceiro trimestre do ano, mais 5 300 trabalhadores estão nesta situação, comparando com o mesmo período de 2007.
Portugal é, também, um País extremamente desigual. É hoje o terceiro com mais desequilíbrio na distribuição do rendimento, entre os países da OCDE.