Acordo no centro
As duas maiores formações políticas da Áustria, o partido social-democrata (SPÖ) e o partido popular (ÖPV) chegaram a acordo, dia 22, para formar uma nova coligação de governo, dois meses após as legislativas realizadas dia 28 de Setembro.
Neste escrutínio, convocado antecipadamente na sequência da ruptura do governo em Julho, estes dois partidos registaram os piores resultados desde a II Guerra Mundial, permitindo um forte avanço da extrema-direita.
Face às divergências persistentes com o SPÖ, partido que insistia na convocação de um referendo sobre o Tratado de Lisboa, os conservadores acalentaram a ideia de formar governo com a extrema-direita que, no seu conjunto, recolhera cerca de um terço dos votos.
Entretanto, a morte de Jörg Haider, conhecido líder da extrema-direita, e o rebentamento da crise financeira e económica foram factores que contribuíram para uma aproximação aos sociais-democratas, os quais também se prontificaram a abdicar da exigência do referendo.
«Mais que nunca, a Áustria tem necessidade de um governo capaz de reagir aos problemas e dar as respostas adequadas», considerou Josef Pröll, líder do ÖPV, consciente de que a subida do desemprego e a recessão económica que se avizinha, a primeira no país desde há 50 anos, irão agudizar contradições e provocar contestação social. A «ajuda» dos sociais-democratas revelar-se-á certamente de grande utilidade para manter a situação sob controlo.
Neste escrutínio, convocado antecipadamente na sequência da ruptura do governo em Julho, estes dois partidos registaram os piores resultados desde a II Guerra Mundial, permitindo um forte avanço da extrema-direita.
Face às divergências persistentes com o SPÖ, partido que insistia na convocação de um referendo sobre o Tratado de Lisboa, os conservadores acalentaram a ideia de formar governo com a extrema-direita que, no seu conjunto, recolhera cerca de um terço dos votos.
Entretanto, a morte de Jörg Haider, conhecido líder da extrema-direita, e o rebentamento da crise financeira e económica foram factores que contribuíram para uma aproximação aos sociais-democratas, os quais também se prontificaram a abdicar da exigência do referendo.
«Mais que nunca, a Áustria tem necessidade de um governo capaz de reagir aos problemas e dar as respostas adequadas», considerou Josef Pröll, líder do ÖPV, consciente de que a subida do desemprego e a recessão económica que se avizinha, a primeira no país desde há 50 anos, irão agudizar contradições e provocar contestação social. A «ajuda» dos sociais-democratas revelar-se-á certamente de grande utilidade para manter a situação sob controlo.