Sem-terra protestam
Milhares de camponeses sem-terra do Paraguai juntaram-se a semana passada, na capital, Assunção, para reivindicarem do governo a expropriação dos latifúndios nas regiões de São Pedro e Concepción, e a reintegração das referidas terras no processo de Reforma Agrária.
Os camponeses cercaram ainda o edifício do Palácio de Justiça e exigiram a imediata demissão dos nove membros da Corte Suprema, os quais, acusam, fazem parte do antigo poder do Partido Colorado, que governou o país durante seis décadas.
Durante a manifestação, as forças policiais carregaram sobre os sem-terra com balas de borracha e gás lacrimogéneo. Em resultado, pelo menos 53 camponeses ficaram feridos.
O ministro do Interior, Rafael Filizzola, atribuiu a responsabilidade pelos acontecimentos a «um agitador camponês», isto depois de ter dito, no dia anterior, que «a reclamação dos camponeses é justa, e que eles devem ser atendidos. Nós não os reprimiremos e o governo procura soluções, mas nada é rápido». Com «nada é rápido», Filizzola quer que os sem-terra aceitem o plano do responsável pelo organismo encarregue pela Reforma Agrária, Alberto Alderete, o qual estima a conclusão do processo para 2023.
Contrariamente, os camponeses pretendem que os grandes proprietários sejam desapossados. Segundo as estruturas camponesas, os agrários – a maioria fazendeiros brasileiros que se dedicam ao cultivo da soja – não apenas contaminam os solos, como usam terras anteriormente integradas na reforma da terra, mas ilegalmente vendidas.
Numa primeira reacção ao sucedido, o Partido Comunista Paraguaio e a Frente Patriótica Popular condenaram a repressão dos camponeses e expressaram apoio pelas suas reivindicações.
De acordo com a Agência Bolivariana de Notícias, o PC Paraguaio qualificou a carga policial de um acontecimento digno «das piores raízes ditatoriais».
Os camponeses cercaram ainda o edifício do Palácio de Justiça e exigiram a imediata demissão dos nove membros da Corte Suprema, os quais, acusam, fazem parte do antigo poder do Partido Colorado, que governou o país durante seis décadas.
Durante a manifestação, as forças policiais carregaram sobre os sem-terra com balas de borracha e gás lacrimogéneo. Em resultado, pelo menos 53 camponeses ficaram feridos.
O ministro do Interior, Rafael Filizzola, atribuiu a responsabilidade pelos acontecimentos a «um agitador camponês», isto depois de ter dito, no dia anterior, que «a reclamação dos camponeses é justa, e que eles devem ser atendidos. Nós não os reprimiremos e o governo procura soluções, mas nada é rápido». Com «nada é rápido», Filizzola quer que os sem-terra aceitem o plano do responsável pelo organismo encarregue pela Reforma Agrária, Alberto Alderete, o qual estima a conclusão do processo para 2023.
Contrariamente, os camponeses pretendem que os grandes proprietários sejam desapossados. Segundo as estruturas camponesas, os agrários – a maioria fazendeiros brasileiros que se dedicam ao cultivo da soja – não apenas contaminam os solos, como usam terras anteriormente integradas na reforma da terra, mas ilegalmente vendidas.
Numa primeira reacção ao sucedido, o Partido Comunista Paraguaio e a Frente Patriótica Popular condenaram a repressão dos camponeses e expressaram apoio pelas suas reivindicações.
De acordo com a Agência Bolivariana de Notícias, o PC Paraguaio qualificou a carga policial de um acontecimento digno «das piores raízes ditatoriais».