Despedimentos sucedem-se
As empresas estão a cortar centenas de milhares de postos de trabalho em todo o mundo, efeito da chegada da crise a vários os sectores da esfera produtiva.
Vários sectores produtivos cortam postos de trabalho
No que às comunicações e novas tecnologias diz respeito, a Nokia e a Motorola, gigantes na produção de telemóveis, anunciaram o despedimento de 3600 trabalhadores devido à quebra nas vendas nos EUA e na Europa.
O grupo finlandês e líder mundial, vai eliminar, a partir de Janeiro, cerca de 600 postos de trabalho (duas centenas na Finlândia), ao passo que a congénere norte-americana alega prejuízos de 397 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano – a cotação das acções caiu 18 cêntimos de dólar – para eliminar 3 mil empregos.
Já a Yahoo, depois de ter «dispensado» 1100 trabalhadores em Janeiro, divulgou novo corte de 1500 funcionários, 10 por cento do total, a mesma percentagem que o grupo editorial Gannett, proprietário, entre outros, de títulos como o USA Today ou o Los Angeles Times, prevê despedir brevemente.
A indústria dos componentes electrónicos também não parece branda no que toca a lançar trabalhadores para o desemprego. A Mícron Technology, parceira da Intel na produção de memórias, deixa 3 mil sem trabalho, num plano de «restruturação» aplicado a uma unidade fabril dos EUA.
Sem rodas para a crise
O sector automóvel é seguramente dos mais afectados pela crise. A alemã Volkswagen segue na dianteira da lista dos despedimentos com a eliminação de 25 mil postos atribuídos a trabalhadores temporários.
Também na Alemanha, o grupo Continental anunciou o despedimento de 5 mil trabalhadores em todo o mundo. Na maior economia da Europa, a situação do sector automóvel é de tal forma grave que se estima que os fornecedores de componentes para a indústria automóvel poderão reduzir 50 mil empregos até 2010.
Tal como o grupo germânico, os nipónicos da Nissan também vão suprimir postos de trabalho, 3500 até Dezembro nas fábricas situadas em Espanha, no Japão e nos Estados Unidos.
Do outro lado do Atlântico, duas outras empresas ilustram a aterragem da crise na economia real. A multinacional de bebidas e refrigerantes Pepsi pretende «despachar» 3300 trabalhadores, e a farmacêutica Merck sobe a cifra para os 7200 postos de trabalho, 40 por cento dos quais em território norte-americano.
Crédito em maus lençóis
Na longa e negra lista de despedimentos, cabe informar que também o sector financeiro anuncia despedimentos. A Goldman Sachs, a par de outras empresas, aposta na erosão de 10 por cento da força de trabalho, 3260 trabalhadores. O Deutsche Bank fica-se pelos 1100, mas a American Express alinha pelos mesmo 10 por cento da Sachs, 7 mil funcionários no total.
Em França, uma única empresa ligada ao sector da promoção e venda imobiliária, a Nexity, afirma ser possível despedir 180 mil trabalhadores. A conta é simples de fazer, segundo a empresa. Cada imóvel precisa de dois funcionários. Se o decréscimo de projectos em 2008 é na ordem dos 90 mil casas a menos, 180 mil são despedidos.
Dados relativos a Setembro deste ano indicam que na «eurolândia» e nos EUA, o número de desempregados subiu 2,7 milhões face ao ano anterior. E só agora a crise começa a bater à porta do sector produtivo.
O grupo finlandês e líder mundial, vai eliminar, a partir de Janeiro, cerca de 600 postos de trabalho (duas centenas na Finlândia), ao passo que a congénere norte-americana alega prejuízos de 397 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano – a cotação das acções caiu 18 cêntimos de dólar – para eliminar 3 mil empregos.
Já a Yahoo, depois de ter «dispensado» 1100 trabalhadores em Janeiro, divulgou novo corte de 1500 funcionários, 10 por cento do total, a mesma percentagem que o grupo editorial Gannett, proprietário, entre outros, de títulos como o USA Today ou o Los Angeles Times, prevê despedir brevemente.
A indústria dos componentes electrónicos também não parece branda no que toca a lançar trabalhadores para o desemprego. A Mícron Technology, parceira da Intel na produção de memórias, deixa 3 mil sem trabalho, num plano de «restruturação» aplicado a uma unidade fabril dos EUA.
Sem rodas para a crise
O sector automóvel é seguramente dos mais afectados pela crise. A alemã Volkswagen segue na dianteira da lista dos despedimentos com a eliminação de 25 mil postos atribuídos a trabalhadores temporários.
Também na Alemanha, o grupo Continental anunciou o despedimento de 5 mil trabalhadores em todo o mundo. Na maior economia da Europa, a situação do sector automóvel é de tal forma grave que se estima que os fornecedores de componentes para a indústria automóvel poderão reduzir 50 mil empregos até 2010.
Tal como o grupo germânico, os nipónicos da Nissan também vão suprimir postos de trabalho, 3500 até Dezembro nas fábricas situadas em Espanha, no Japão e nos Estados Unidos.
Do outro lado do Atlântico, duas outras empresas ilustram a aterragem da crise na economia real. A multinacional de bebidas e refrigerantes Pepsi pretende «despachar» 3300 trabalhadores, e a farmacêutica Merck sobe a cifra para os 7200 postos de trabalho, 40 por cento dos quais em território norte-americano.
Crédito em maus lençóis
Na longa e negra lista de despedimentos, cabe informar que também o sector financeiro anuncia despedimentos. A Goldman Sachs, a par de outras empresas, aposta na erosão de 10 por cento da força de trabalho, 3260 trabalhadores. O Deutsche Bank fica-se pelos 1100, mas a American Express alinha pelos mesmo 10 por cento da Sachs, 7 mil funcionários no total.
Em França, uma única empresa ligada ao sector da promoção e venda imobiliária, a Nexity, afirma ser possível despedir 180 mil trabalhadores. A conta é simples de fazer, segundo a empresa. Cada imóvel precisa de dois funcionários. Se o decréscimo de projectos em 2008 é na ordem dos 90 mil casas a menos, 180 mil são despedidos.
Dados relativos a Setembro deste ano indicam que na «eurolândia» e nos EUA, o número de desempregados subiu 2,7 milhões face ao ano anterior. E só agora a crise começa a bater à porta do sector produtivo.