Triunfo esmagador
O presidente equatoriano, Rafael Correa, congratulou-se com «o triunfo esmagador» do projecto de Constituição, sufragado no domingo, que visa consolidar «o socialismo do século XXI» no país.
A nova Constituição reforça a orientação socialista
Pouco tempo após o encerramento dos locais de voto, o presidente equatoriano anunciou ao país que a «Constituição triunfou de forma esmagadora».
Horas antes, dois institutos privados tinham publicado os resultados inequívocos das sondagens realizadas à saída das urnas. O Sim recolhia entre 66 e 70 por cento dos votos, enquanto o Não se ficava pelos 25 por cento.
Mesmo na cidade de Guaiaquil, a maior urbe do Equador com 2,4 milhões de habitantes, situada a 280 quilómetros da capital Quito e principal centro dos conservadores, o Sim venceu com mais de 50 por cento.
E foi daqui que Rafael Correa, envergando roupas tradicionais indígenas, proclamou a vitória, lançando ao mesmo tempo um apelo «à unidade, àqueles que de boa fé apoiaram o Não».
«Estendemos-lhes a mão para que admitam a sua derrota e que possamos avançar juntos numa nova direcção, que a grande maioria do povo equatoriano e toda a América Latina está disposta a seguir nesta altura: para uma sociedade mais justa, mais igualitária, e sem miséria», afirmou o presidente Correa, eleito em Novembro de 2006.
Mais igualdade
O novo texto comporta 444 artigos que reforçam a orientação socialista do regime. Ao Estado, a Constituição reserva a competência de «planificação do desenvolvimento» do país, cuja economia depende essencialmente da extracção de petróleo controlada por companhias estrangeiras.
Colocando o ser humano acima do mercado, o Texto defende as línguas e as culturas indígenas, reconhece a água como um direito humano proibindo a sua privatização e interdita a instalação de bases militares estrangeiras em território nacional.
Entre outras conquistas constitucionais salienta-se o princípio da gratuitidade dos serviços de saúde e da educação incluindo no ensino superior. É ainda assegurada protecção social aos desempregados bem como àqueles que não têm trabalho remunerado. Cerca de metade dos 13,9 milhões de equatorianos vive actualmente abaixo do limiar da pobreza.
Horas antes, dois institutos privados tinham publicado os resultados inequívocos das sondagens realizadas à saída das urnas. O Sim recolhia entre 66 e 70 por cento dos votos, enquanto o Não se ficava pelos 25 por cento.
Mesmo na cidade de Guaiaquil, a maior urbe do Equador com 2,4 milhões de habitantes, situada a 280 quilómetros da capital Quito e principal centro dos conservadores, o Sim venceu com mais de 50 por cento.
E foi daqui que Rafael Correa, envergando roupas tradicionais indígenas, proclamou a vitória, lançando ao mesmo tempo um apelo «à unidade, àqueles que de boa fé apoiaram o Não».
«Estendemos-lhes a mão para que admitam a sua derrota e que possamos avançar juntos numa nova direcção, que a grande maioria do povo equatoriano e toda a América Latina está disposta a seguir nesta altura: para uma sociedade mais justa, mais igualitária, e sem miséria», afirmou o presidente Correa, eleito em Novembro de 2006.
Mais igualdade
O novo texto comporta 444 artigos que reforçam a orientação socialista do regime. Ao Estado, a Constituição reserva a competência de «planificação do desenvolvimento» do país, cuja economia depende essencialmente da extracção de petróleo controlada por companhias estrangeiras.
Colocando o ser humano acima do mercado, o Texto defende as línguas e as culturas indígenas, reconhece a água como um direito humano proibindo a sua privatização e interdita a instalação de bases militares estrangeiras em território nacional.
Entre outras conquistas constitucionais salienta-se o princípio da gratuitidade dos serviços de saúde e da educação incluindo no ensino superior. É ainda assegurada protecção social aos desempregados bem como àqueles que não têm trabalho remunerado. Cerca de metade dos 13,9 milhões de equatorianos vive actualmente abaixo do limiar da pobreza.