Autonomistas temem derrota
Os governadores provinciais que se opõem a Evo Morales estão contra o referendo agendado para o próximo dia 10 de Agosto. Em causa está a possibilidade de perda dos privilégios que conservam.
A expulsão da USAID de Cochabamba é um golpe na reacção boliviana
Após uma reunião envolvendo os líderes secessionistas das regiões da Meia Lua, Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando, da província de Cochabamba e dos comités cívicos locais, os dirigentes oposicionistas anunciaram a sua recusa em participar no referendo revogatório, convocado pelo Senado boliviano por proposta dos eleitos nas listas do partido de direita Podemos, os quais também se opõem ao governo do Movimento para o Socialismo (MAS, na sigla original).
Depois de realizarem referendos autonómicos, nos passados meses de Maio e Junho, pouco participados, recheados de ilegalidades e considerados contrários à Constituição em vigor, os governadores temem agora o escrutínio popular que os pode apear dos cargos que ocupam há décadas e, simultaneamente, reforçar o apoio popular ao projecto político progressista de Evo Morales.
Neste contexto, apelaram a um diálogo com o presidente da República, cujo objectivo seria a supostamente almejada «reconciliação nacional».
A manobra esbarra não só na exigência de reconhecimento dos sufrágios realizados ao arrepio da Carta Magna – cujos responsáveis deverão ser alvo de processo judicial por violação do texto fundamental e promoção de actividades secessionistas -, mas também nas medidas de resposta aos cortes no Imposto Directo sobre Hidrocarbonetos (IDH).
O peso dos recursos
Os cortes nas transferências do IDH para os departamentos, decididos recentemente pelo governo de Evo Morales, afligem de sobremaneira os governadores.
A centralização destes e de outros fundos associados à exploração dos recursos naturais são um golpe na viabilidade dos projectos autonomistas, isto apesar dos senhores da Meia Lua terem reagido criando um Fundo Solidário para investimentos em infra-estruturas, energia, educação, saúde, etc..
Acresce que a expulsão de Cochabamba da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla inglesa) não augura facilidades para os sectores reaccionários bolivianos.
Domingo, dirigentes e trabalhadores cocaleros encerraram a USAID e declararam aquele território «livre da ingerência norte-americana», deixando permanecer em Cochabamba apenas os funcionários afectos ao controle do tráfico de droga.
A USAID e o embaixador dos EUA na Bolívia, Philip Goldberg, têm sido apontados como os principais sustentáculos logísticos e financeiros da oposição na Bolívia.
Depois de realizarem referendos autonómicos, nos passados meses de Maio e Junho, pouco participados, recheados de ilegalidades e considerados contrários à Constituição em vigor, os governadores temem agora o escrutínio popular que os pode apear dos cargos que ocupam há décadas e, simultaneamente, reforçar o apoio popular ao projecto político progressista de Evo Morales.
Neste contexto, apelaram a um diálogo com o presidente da República, cujo objectivo seria a supostamente almejada «reconciliação nacional».
A manobra esbarra não só na exigência de reconhecimento dos sufrágios realizados ao arrepio da Carta Magna – cujos responsáveis deverão ser alvo de processo judicial por violação do texto fundamental e promoção de actividades secessionistas -, mas também nas medidas de resposta aos cortes no Imposto Directo sobre Hidrocarbonetos (IDH).
O peso dos recursos
Os cortes nas transferências do IDH para os departamentos, decididos recentemente pelo governo de Evo Morales, afligem de sobremaneira os governadores.
A centralização destes e de outros fundos associados à exploração dos recursos naturais são um golpe na viabilidade dos projectos autonomistas, isto apesar dos senhores da Meia Lua terem reagido criando um Fundo Solidário para investimentos em infra-estruturas, energia, educação, saúde, etc..
Acresce que a expulsão de Cochabamba da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla inglesa) não augura facilidades para os sectores reaccionários bolivianos.
Domingo, dirigentes e trabalhadores cocaleros encerraram a USAID e declararam aquele território «livre da ingerência norte-americana», deixando permanecer em Cochabamba apenas os funcionários afectos ao controle do tráfico de droga.
A USAID e o embaixador dos EUA na Bolívia, Philip Goldberg, têm sido apontados como os principais sustentáculos logísticos e financeiros da oposição na Bolívia.