PC da Irlanda sobre a derrota do Tratado

Vitória da democracia

Reagindo à vitória do Não no referendo ao Tratado de Lisboa, o Partido Comunista da Irlanda saudou todos os que se empenharam nesta «importante vitória para a democracia, não só na Irlanda mas em toda a União Europeia».

O voto reflectiu uma forte divisão de classes

Em comunicado emitido do passado dia 21, o Comité Executivo do PCI considera o resultado «um importante revés para as forças pró-imperialistas irlandesas e para a emergente entidade imperialista que é a União Europeia», e, simultaneamente, «uma vitória da democracia e da soberania contra o militarismo, a queda descendente dos salários e das condições dos trabalhadores, e em defesa dos serviços públicos».
Na nota divulgada pelos comunistas irlandeses, traduzida para português no sítio www.vermelho.org.br, destaca-se a posição assumida pelos trabalhadores, as comunidades piscatórias e os pequenos agricultores do país, bem como «o papel valente realizado por muitos sindicatos que, apesar da grande pressão, tanto do Congresso Irlandês de Sindicatos (ICTU) como do Governo, apoiaram activamente o Não».
Para o PCI, ficou evidente «a superficialidade do compromisso do sistema para com a democracia, tanto a nível nacional como da UE», uma vez que antes de ser conhecido o resultado Irlanda, já o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, «exigia aos governos que prosseguissem o processo de ratificação».

Reforçar a unidade

Na análise ao resultado eleitoral, o Partido Comunista da Irlanda sublinha também que o voto reflectiu uma forte «divisão de classes, com os trabalhadores, pequenos agricultores e comunidades piscatórias a votarem Não», aos quais se juntaram uma e esperançosa proporção de jovens e mulheres.
«A vitória do Não na Irlanda dá uma oportunidade aos trabalhadores e a todos os democratas da UE para que detenham este processo antidemocrático», aduz o PCI, que acredita que «a questão central agora é obter o apoio das forças progressistas, especialmente das forças operárias, em toda a UE, para defender o Não irlandês e deter todo o processo de ratificação».


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