Água municipalizada
A Câmara de Paris anunciou o regresso ao domínio público da gestão integral do sistema de águas e saneamento que serve a capital francesa até final de 2009, pondo termo aos contratos de concessão com dois operadores privados.
Com a nomeação de Thierry Wahl, antigo director-geral no Ministério do Ambiente, para o novo cargo de director-geral da empresa de capitais mistos, Eau de Paris, a Câmara de Paris encetou, em 30 de Maio, uma nova etapa que visa a municipalização total do sistema de água e saneamento da cidade.
A Eau de Paris é hoje já responsável pela produção e transporte de água, contudo, a distribuição e facturação continuam nas mãos das empresas Veolia e Suez, que partilham entre si um volumoso negócio calculado em 180 milhões de euros anuais.
Segundo um comunicado divulgado pelo município no dia 2, a actual empresa mista, Eau de Paris, será transformada numa entidade totalmente pública até final de 2009, data em que expiram os contratos de concessão com os dois operadores privados. Nessa altura, entrará em funções um «Estabelecimento Público Industrial e Comercial» (EPIC) que ficará responsável por toda a cadeia da água.
A ruptura com os operadores privados e a sua substituição por uma entidade pública única corresponde a uma promessa feita durante a campanha eleitoral pelo actual presidente da autarquia, Bertrand Delanoë.
Com esta reforma Delanoë pretende pôr termo à «dispersão de responsabilidades que prejudica a gestão optimizada dos recursos» e afirmar a sua «opção pelo reforço do serviço público», comprometendo-se a «garantir aos parisienses água de qualidade ao melhor preço e com um alto nível de desempenho do serviço prestado». O edil assumiu igualmente o compromisso de estabilizar o preço da água na parte que depende directamente do município.
Actualmente, o preço da água em Paris é já o mais baixo de toda a região de Ile-de-France (2.77 euros por metro cúbico contra quatro a cinco em média nos restantes municípios metropolitanos).
Defendendo as vantagens da gestão pública, o executivo parisiense manifesta, no seu comunicado, a intenção de iniciar a «médio prazo uma reflexão com as outras autarquias» da região «sobre o interesse e as modalidades de uma maior utilização comum de um certo número de instrumentos de produção de água».
A Eau de Paris é hoje já responsável pela produção e transporte de água, contudo, a distribuição e facturação continuam nas mãos das empresas Veolia e Suez, que partilham entre si um volumoso negócio calculado em 180 milhões de euros anuais.
Segundo um comunicado divulgado pelo município no dia 2, a actual empresa mista, Eau de Paris, será transformada numa entidade totalmente pública até final de 2009, data em que expiram os contratos de concessão com os dois operadores privados. Nessa altura, entrará em funções um «Estabelecimento Público Industrial e Comercial» (EPIC) que ficará responsável por toda a cadeia da água.
A ruptura com os operadores privados e a sua substituição por uma entidade pública única corresponde a uma promessa feita durante a campanha eleitoral pelo actual presidente da autarquia, Bertrand Delanoë.
Com esta reforma Delanoë pretende pôr termo à «dispersão de responsabilidades que prejudica a gestão optimizada dos recursos» e afirmar a sua «opção pelo reforço do serviço público», comprometendo-se a «garantir aos parisienses água de qualidade ao melhor preço e com um alto nível de desempenho do serviço prestado». O edil assumiu igualmente o compromisso de estabilizar o preço da água na parte que depende directamente do município.
Actualmente, o preço da água em Paris é já o mais baixo de toda a região de Ile-de-France (2.77 euros por metro cúbico contra quatro a cinco em média nos restantes municípios metropolitanos).
Defendendo as vantagens da gestão pública, o executivo parisiense manifesta, no seu comunicado, a intenção de iniciar a «médio prazo uma reflexão com as outras autarquias» da região «sobre o interesse e as modalidades de uma maior utilização comum de um certo número de instrumentos de produção de água».