Por reformas dignas sem penalizações

O deputado comunista Jorge Machado acusou o Governo de estar «demasiado comprometido com o patronato para aceitar uma reforma da segurança social que proteja quem trabalha e obrigue quem tem riqueza a contribuir de uma forma justa para a Segurança Social».
Esta ideia foi reiterada em recente debate sobre um projecto de lei do BE que se propunha estabelecer a pensão de reforma por inteiro com 40 anos de descontos, sem penalizações.
Combater o prejudicial sistema de penalizações que empobrece ainda mais as já baixas reformas existentes no nosso País constituía, pois, o objectivo deste diploma que contou com o apoio dos deputados comunistas mas esbarrou na bancada da maioria, mais apostada em defender as opções que levaram o Governo, em matéria de Segurança Social, a preferir «penalizar milhares de trabalhadores» do que a exigir «qualquer esforço ou contributo a quem usurpa a mais-valia produzida pelo trabalho».
«O Governo optou por aumentar a idade real de reforma, obrigando os trabalhadores a prolongarem a sua vida activa para além dos 65 anos para terem a sua reforma sem penalizações e diminui o montante da pensão, por via da alteração da fórmula de cálculo e por via da aplicação do factor de sustentabilidade», lembrou Jorge Machado, que reiterou existirem outros caminhos para garantir a sustentabilidade da Segurança Social sem diminuir as reformas dos trabalhadores, como o PCP tem insistentemente demonstrado através, inclusivamente, de um conjunto muito vasto de propostas da sua autoria materializadas em diversas iniciativas legislativas.


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