Combater a desertificação
O PCP promoveu, no dia 19, um encontro que teve como tema as políticas de juventude alternativas à desertificação, que contou com a participação de cerca de duas dezenas de jovens. O deputado comunista Miguel Tiago Rosado marcou também presença.
Após o debate, foi aprovado um documento que sintetiza a análise feita da situação dos jovens e as suas reivindicações e propostas para o desenvolvimento do distrito da Guarda, que consideram a única forma de combater a desertificação. No documento, acusa-se o Governo de não ter um plano de desenvolvimento para o distrito. «De que valem as formações (mesmo se de nível superior) se o tecido produtivo da região e os seus serviços públicos são sistematicamente destruídos», questiona. As empresas da região são fundamentalmente multinacionais em busca de explorar mão-de-obra barata que «por uns tempos aqui se instalam, partindo logo que noutra parte do mundo lhes acenam com ordenados ainda mais baixos». Sem emprego, muitos jovens vêem-se forçados a partir...
Criticando as políticas laborais do Governo, acusando-as de ser «contra os trabalhadores», o documento deixa a seguinte pergunta: «Como vai alguém constituir família se não sabe o que lhe vai acontecer daí a um ano, ou a uns meses até, porque está a contrato a prazo num posto de trabalho? Ou como se forma família com um salário que ronda os 400 €?» Se a isto se acrescentar o facto de a oferta de emprego no interior ser ainda mais reduzida e menos diversificado do que nos grandes centros urbanos do litoral, «como pode um jovem que quer ser feliz em Portugal não pensar em abandonar os seus e partir?»
Para além da crítica severa ao ataque à educação e saúde e ao encerramento de diversos serviços públicos, os comunistas da Guarda defendem que a regionallização, «mais um preceito constitucional que os Partidos do bloco central de interesses teimam em não concretizar desde 1976», é necessária para pôr fim à desertificação e abandono do interior e concretizar um «verdadeiro plano de desenvolvimento desta região».
Após o debate, foi aprovado um documento que sintetiza a análise feita da situação dos jovens e as suas reivindicações e propostas para o desenvolvimento do distrito da Guarda, que consideram a única forma de combater a desertificação. No documento, acusa-se o Governo de não ter um plano de desenvolvimento para o distrito. «De que valem as formações (mesmo se de nível superior) se o tecido produtivo da região e os seus serviços públicos são sistematicamente destruídos», questiona. As empresas da região são fundamentalmente multinacionais em busca de explorar mão-de-obra barata que «por uns tempos aqui se instalam, partindo logo que noutra parte do mundo lhes acenam com ordenados ainda mais baixos». Sem emprego, muitos jovens vêem-se forçados a partir...
Criticando as políticas laborais do Governo, acusando-as de ser «contra os trabalhadores», o documento deixa a seguinte pergunta: «Como vai alguém constituir família se não sabe o que lhe vai acontecer daí a um ano, ou a uns meses até, porque está a contrato a prazo num posto de trabalho? Ou como se forma família com um salário que ronda os 400 €?» Se a isto se acrescentar o facto de a oferta de emprego no interior ser ainda mais reduzida e menos diversificado do que nos grandes centros urbanos do litoral, «como pode um jovem que quer ser feliz em Portugal não pensar em abandonar os seus e partir?»
Para além da crítica severa ao ataque à educação e saúde e ao encerramento de diversos serviços públicos, os comunistas da Guarda defendem que a regionallização, «mais um preceito constitucional que os Partidos do bloco central de interesses teimam em não concretizar desde 1976», é necessária para pôr fim à desertificação e abandono do interior e concretizar um «verdadeiro plano de desenvolvimento desta região».