O PCP está contra a criação, aprovada já em reunião de Câmara, de uma empresa municipal para a gestão dos espaços sócio-culturais de Évora. Em nota do Secretariado da Comissão Concelhia, os comunistas eborenses realçam que apesar das alterações introduzidas que restringem o objecto social da empresa, a proposta do PS «constitui um rude golpe na visão de Évora como cidade de identidade cultural única e que deve ser preservada de lógicas homogeneizadoras de entendimento da cultura como mero “entretenimento”, sujeito à lógica do que não dá lucro não pode existir».
Os comunistas consideram mesmo que os estatutos da empresa municipal, com as alterações negociadas entre todos os vereadores, é de «duvidosa legalidade». E «lamentam profundamente» que a totalidade dos vereadores eleitos na Câmara Municipal de Évora «não tenham sido capazes de perceber o alcance e justeza das propostas assumidas por um vastíssimo número de cidadãos, através de petição pública, defraudando as expectativas dos subscritores quanto à necessidade de debater profundamente a cultura com quem a faz».
Quanto à posição dos vereadores eleitos pelo PCP, o Secretariado da Comissão Concelhia de Évora do Partido reafirma não se rever nela. O PCP reafirma ainda a sua «disponibilidade para, com todos os que entendem necessário mudar o rumo a esta política desastrosa, lutar por uma cidade que tenha na cultura o seu elemento distintivo e um dos seus principais instrumentos para o desenvolvimento sustentado do seu território».