Política por outros meios
O governo colaboracionista do Iraque anunciou, domingo, a expulsão de 1300 soldados e polícias das fileiras do exército por estes se terem recusado a combater as milícias xiitas do Sul do Iraque. O episódio ocorre no contexto do recrudescimento do conflito entre tropas fiéis a Bagdad, apoiadas pelos ocupantes norte-americanos, e soldados do designado «exército de Mahdi», sob as ordens do clérigo Moqtad al-Sadr.
Na capital, Bagdad, grupos ligados a Moqtad atacaram a Zona Verde e emboscaram um veículo militar dos EUA. Em resposta, o Pentágono retaliou contra os bairros de maioria xiita de Nova Bagdad e Sadr City. Nesta zona oriental da capital iraquiana os confrontos duram ininterruptamente desde o passado dia 6 de Abril, mas aumentaram de tom, sexta-feira, depois ter sido noticiada a morte de Riade al-Nuri, importante dirigente da organização político-militar de Moqtad al-Sadr, assassinado na cidade de Najaf, a 160 quilómetros a Sul de Bagdad.
Dois dias depois da morte de al-Nuri, o clérigo emitiu um comunicado onde acusa o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, de ser «terrorista», e reitera a exigência de retirada imediata dos militares de Washington no território.
Reagindo ao apelo de Gates para que incorpore o processo político em curso, al-Sadr perguta: «em que processo político entramos se vocês ocupam o nosso território?».
Recorde-se que os seis ministros que al-Sadr mantinha no governo renunciaram há um ano, isto depois do executivo liderado por Nuri al-Maliki ter recusado estabelecer um calendário para a desocupação do país.
Maliki obdece hoje como ontem às ordens emitidas pela Casa Branca, tanto mais que, na quinta-feira da semana passada, foi o próprio presidente dos EUA quem confirmou a suspensão do programa de redução de tropas no Iraque, de acordo, aliás, com o relatório do comandante no terreno, general David Petraeus.
Na sua comunicação, George W. Bush considerou mesmo que a acção dos EUA no Iraque está «no bom caminho» e reduziu em três meses o tempo de comissão militar no país.
A decisão vai obrigar a uma maior rotatividade das tropas ocupantes e, por conseguinte, alarga a base dos que são obrigados a cumprir serviço no Iraque, facto que pode reflectir-se no aumento do número de norte-americanos que se opõem à ocupação. Pesquisas recentes indicam que mais de 60 por cento pretende o regresso dos soldados o mais brevemente possível.
Na capital, Bagdad, grupos ligados a Moqtad atacaram a Zona Verde e emboscaram um veículo militar dos EUA. Em resposta, o Pentágono retaliou contra os bairros de maioria xiita de Nova Bagdad e Sadr City. Nesta zona oriental da capital iraquiana os confrontos duram ininterruptamente desde o passado dia 6 de Abril, mas aumentaram de tom, sexta-feira, depois ter sido noticiada a morte de Riade al-Nuri, importante dirigente da organização político-militar de Moqtad al-Sadr, assassinado na cidade de Najaf, a 160 quilómetros a Sul de Bagdad.
Dois dias depois da morte de al-Nuri, o clérigo emitiu um comunicado onde acusa o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, de ser «terrorista», e reitera a exigência de retirada imediata dos militares de Washington no território.
Reagindo ao apelo de Gates para que incorpore o processo político em curso, al-Sadr perguta: «em que processo político entramos se vocês ocupam o nosso território?».
Recorde-se que os seis ministros que al-Sadr mantinha no governo renunciaram há um ano, isto depois do executivo liderado por Nuri al-Maliki ter recusado estabelecer um calendário para a desocupação do país.
Maliki obdece hoje como ontem às ordens emitidas pela Casa Branca, tanto mais que, na quinta-feira da semana passada, foi o próprio presidente dos EUA quem confirmou a suspensão do programa de redução de tropas no Iraque, de acordo, aliás, com o relatório do comandante no terreno, general David Petraeus.
Na sua comunicação, George W. Bush considerou mesmo que a acção dos EUA no Iraque está «no bom caminho» e reduziu em três meses o tempo de comissão militar no país.
A decisão vai obrigar a uma maior rotatividade das tropas ocupantes e, por conseguinte, alarga a base dos que são obrigados a cumprir serviço no Iraque, facto que pode reflectir-se no aumento do número de norte-americanos que se opõem à ocupação. Pesquisas recentes indicam que mais de 60 por cento pretende o regresso dos soldados o mais brevemente possível.