Encontro pela Liberdade, pela Democracia – por Abril

Defender um país mais fraterno

Mais de uma centena de democratas de vários pontos do país aprovaram, sábado, por unanimidade, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, em Lisboa, uma moção que denuncia «um empobrecimento não apenas da dimensão participativa mas também da dimensão representativa da democracia». Ali aconteceram intervenções de João Viana Jorge (Porto), Diana Simões (movimento estudantil), Manuel Pires Rocha (Coimbra) e Modesto Navarro (da Comissão Promotora).
«A Constituição da República Portuguesa ratificou a Revolução de Abril, consagrou uma democracia multivectorial, política, económica, social e cultural, e lançou as bases da "construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno". Tem sido incumprida, por violação e omissão grosseiras; tem sido desfigurada; mas continua a abrigar no seu texto um outro rumo, efectivamente democrático, para Portugal», afirma o documento, apresentado por Dulce Rebelo.
Entretanto, continua o texto, «paulatinamente, de forma aparentemente dispersa mas recorrente, no todo nacional e em quase todos os sectores sociais, multiplicam-se as notícias daquilo que não pode deixar de ser caracterizado como uma insidiosa tentativa de limitar e mutilar os direitos, liberdades e garantias constitucionais dos cidadãos, em especial dos trabalhadores, mas rapidamente alastrando a outros grupos sociais. A liberdade de expressão e de manifestação, o direito à greve, à organização sindical e política, a liberdade de informar e o direito a ser informado, são cada vez mais objecto de vigilância e de pressão condicionadoras do seu exercício».
Os democratas alertam ainda para um «rumo político de subserviência nacional perante as grandes potências e os grupos económicos e financeiros transnacionais».
«Medidas legislativas e de gestão política ingerem-se na liberdade de organização partidária, condicionam a formação da representação democrática e preparam a manipulação do princípio da proporcionalidade na conversão de votos em mandatos», acentua do documento, acrescentando: «São sinais perigosos de uma degradação da situação democrática que urge travar e inverter».



Mais artigos de: Nacional

Uma reivindicação do PCP

Os comunistas congratulam-se com a opção do Governo pela ponte rodo-ferroviária Chelas/Barreiro, mas advertem que a entrega da gestão da nova travessia a privados pode ser prejudicial para a população.

Comunistas acusam Governo e autarquia

A CDU acusa a Câmara de Loures de «não apresentar uma estratégia de combate» às cheias de Fevereiro e de apoio às vítimas afectadas pelo mau tempo, tendo apresentado um conjunto de propostas para resolver o problema.

Utentes em luta

Os utentes da Carris estão em luta contra os prejuízos causados às populações com a reestruturação das carreiras, que deixaram vastas áreas da cidade de Lisboa com um número insignificante de autocarros ou mesmo sem transporte público. No dia 2 de Abril os protestos estenderam-se aos Olivais e Bairro da Boavista, no dia...

Proposta contrária à população

A proposta do PS de criação de uma empresa municipal para intervir no domínio da gestão dos espaços culturais e de animação da cidade de Évora, agendada para discussão e deliberação na reunião de Câmara do passado dia 31 de Março, foi retirada por proposta dos vereadores da CDU que constataram ser «uma intervenção com...

Pavilhão José Torres fechado

A Câmara da Amadora proibiu a colectividade dos «Metralhas» de praticar desporto no pavilhão José Torres, na Damaia. No domingo, os eleitos da CDU, em solidariedade com as populações afectadas, deslocaram-se ao local. «É assim que a Câmara e a Junta de Freguesia tratam quer quer praticar desporto. Esta decisão afecta...

CIG não é das mulheres

Na formação da «Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género», emerge uma concepção que visa colocar este novo órgão consultivo ao serviço das políticas do Governo, acusa o PCP.