Seis meses de portagens em Londres
As autoridades locais de Londres declaram-se satisfeitas com a introdução de portagens electrónicas para automóveis na capital britânica. O projecto, lançado pelo presidente da câmara de Londres, Ken Livingstone, terá reduzido os engarrafamentos em 32 por cento nos primeiros seis meses, assinalados no passado domingo, dia 17, ultrapassando até os objectivos iniciais dos seus promotores.
E o caso não é para menos. As cinco libras (cerca de sete euros) que os automobilistas são obrigados a desembolsar por dia para entrar com a sua viatura no centro de Londres, dissuadiram de imediato 16 por cento dos condutores que habitualmente ali circulavam.
Ainda assim 98 mil automobilistas «insistem» em pagar quotidianamente a portagem, o que permitirá à câmara um encaixe até final do ano de 66 milhões de libras (cerca de 93 milhões de euros).
Apesar significativa, esta verba representa apenas cerca de metade das previsões iniciais da Câmara que apontavam para uma receita global de 130 milhões de libras (185 milhões de euros), destinada a ser aplicada na renovação dos transportes públicos.
É claro que nem todos estão satisfeitos. As transportadoras de mercadorias foram as primeiras a queixar-se dos efeitos da portagem no seu negócio. Por outro lado, segundo o Automóvel Clube britânico, um décimo dos veículos que entra em Londres não é taxado pelo sistema electrónico devido a falhas, enquanto muitos automobilistas estão a receber multas sem nunca terem entrado no centro da capital.
«Ken, o Vermelho», como é apelidado o presidente da Câmara de Londres por pertencer ao Partido Trabalhista, é também acusado de ter criado uma taxa socialmente injusta que penaliza as famílias com menos posses, que não podem pagar sete libras por dia para andar de carro.
A autarquia defende-se salientando o facto de terem sido colocados mais 300 autocarros, reduzindo o tempo de espera em 23 por cento. «Os grandes beneficiados são os utilizadores do autocarro, que são geralmente os assalariados mais mal pagos», garante Ruth Excell, porta-voz dos transportes de Londres.
A taxa é aplicada numa zona de 20 quilómetros quadrados do centro londrino, onde 800 câmaras, ligadas a uma base de dados, lêem as matrículas das viaturas para verificar que estas pagaram antecipadamente a portagem. Trinta mil multas, que podem ir até às 80 libras (112 euros), são enviadas todas as semanas para casa dos alegados infractores. Destes, segundo os Transportes de Londres, dois por cento recorrem da contra-ordenação, ou seja 600 pessoas por semana.
E o caso não é para menos. As cinco libras (cerca de sete euros) que os automobilistas são obrigados a desembolsar por dia para entrar com a sua viatura no centro de Londres, dissuadiram de imediato 16 por cento dos condutores que habitualmente ali circulavam.
Ainda assim 98 mil automobilistas «insistem» em pagar quotidianamente a portagem, o que permitirá à câmara um encaixe até final do ano de 66 milhões de libras (cerca de 93 milhões de euros).
Apesar significativa, esta verba representa apenas cerca de metade das previsões iniciais da Câmara que apontavam para uma receita global de 130 milhões de libras (185 milhões de euros), destinada a ser aplicada na renovação dos transportes públicos.
É claro que nem todos estão satisfeitos. As transportadoras de mercadorias foram as primeiras a queixar-se dos efeitos da portagem no seu negócio. Por outro lado, segundo o Automóvel Clube britânico, um décimo dos veículos que entra em Londres não é taxado pelo sistema electrónico devido a falhas, enquanto muitos automobilistas estão a receber multas sem nunca terem entrado no centro da capital.
«Ken, o Vermelho», como é apelidado o presidente da Câmara de Londres por pertencer ao Partido Trabalhista, é também acusado de ter criado uma taxa socialmente injusta que penaliza as famílias com menos posses, que não podem pagar sete libras por dia para andar de carro.
A autarquia defende-se salientando o facto de terem sido colocados mais 300 autocarros, reduzindo o tempo de espera em 23 por cento. «Os grandes beneficiados são os utilizadores do autocarro, que são geralmente os assalariados mais mal pagos», garante Ruth Excell, porta-voz dos transportes de Londres.
A taxa é aplicada numa zona de 20 quilómetros quadrados do centro londrino, onde 800 câmaras, ligadas a uma base de dados, lêem as matrículas das viaturas para verificar que estas pagaram antecipadamente a portagem. Trinta mil multas, que podem ir até às 80 libras (112 euros), são enviadas todas as semanas para casa dos alegados infractores. Destes, segundo os Transportes de Londres, dois por cento recorrem da contra-ordenação, ou seja 600 pessoas por semana.