Direita penalizada
O partido conservador de Nicolas Sarkozy, que leva apenas dez meses na presidência francesa, foi o grande derrotado da primeira volta das municipais e cantonais francesas, nas quais os partidos da esquerda parlamentar reforçaram as suas posições.
Comunistas conquistam câmaras à direita e reforçam posições
Embora o desfecho eleitoral em grandes cidades, como Marselha ou Toulouse, dependa da segunda volta eleitoral que terá lugar no próximo domingo, os resultados do primeiro escrutínio, de dia 9, mostram que uma parte do eleitorado decidiu-se por um «voto de sanção» ao presidente e ao seu governo de direita.
Sem ter sofrido uma esmagadora derrota, a União por um Movimento Popular (UMP)
recuou claramente face às eleições de 2001, com 45,48 por cento dos votos, ficando atrás dos partidos à sua esquerda que, no conjunto recolheram 47,94 por cento dos sufrágios, nos 38.782 municípios franceses.
Com uma confortável vantagem para a segunda volta nas câmaras de Paris e Lille, os socialistas asseguraram já a reeleição em Lyon e conquistaram várias cidades médias como Alençon, Laval, Chalon-sur-Saône ou ainda Rodez e Rouen, que eram governadas há vários mandatos pela direita. Se se confirmarem as expectativas poderão também reaver Estrasburgo ou mesmo tomar Toulouse à UMP e talvez atingir o objectivo eleitoral proclamado pelo primeiro secretário do PS, François Holande, de recuperar 30 municípios dos 40 que o seu partido perdeu nas eleições de 2001.
Para Holande, os franceses expressaram com o seu voto «um aviso ao presidente da república e ao governo sobre a política conduzida nos últimos nove meses e em particular sobre o poder de compra».
Comunistas reforçam-se
O revés da maioria governamental foi igualmente sublinhado pelo reforço do Partido Comunista Francês que, logo na primeira volta, reconquistou à direita várias cidades como Dieppe (Alta-Normandia) e Vierzon (Centro) e confirmou as maiorias que detinha em municípios do Norte, Centro e Sul do país, estando em boa posição para obter novas vitórias na segunda volta.
Na segunda-feira, a secretária-geral do PCF anunciava que, em cidades com mais de 30 mil habitantes, 28 candidaturas comunistas tinham sido apuradas, das quais 16 tinham obtido mais de 50 por centro dos votos.
Em 58 municípios, com nove mil a 30 mil habitantes, actualmente dirigidos por eleitos do PCF, 36 presidências foram renovadas na primeira volta, e nas cidades de Nimes e Havre, ambas com mais de 100 mil habitantes, foram os candidatos comunistas que passaram à segunda volta, eliminando a concorrência socialista.
Na região de Paris, o PCF manteve as presidências em Champigny e Ivry-sur-Seine (Val-de-Marne), Malakoff, Nanterre, Bagneux e Gennevilliers (Hauts-de-Seine).
Em Seine-Saint-Denis (no nordeste da região de Paris), as listas do PCF impuseram-se em sete de oito disputas municipais com o PS (a câmara de Pierrefitte foi perdida para socialistas), e estão bem posicionadas para conservarem a presidência deste departamento que é governado pelos comunistas desde a sua criação em 1967.
De resto, nas eleições cantonais que se realizaram em simultâneo com as municipais, o resultado global do PCF atingiu os 8,85 por cento, segundo os dados do Ministério do Interior, confirmando o partido como a terceira força política do país.
Por seu lado, a Liga Comunista Revolucionária (trostkista), conseguiu resultados inesperados em cidades médias como Quimperlé (Finistère), onde atingiu 15,2 por cento, em Sotteville-lès-Rouen (Seine-Maritime), 13,8 por cento, e em Clermont-Ferrand (Puy-de-Dôme), 10,8 por cento.
Sem ter sofrido uma esmagadora derrota, a União por um Movimento Popular (UMP)
recuou claramente face às eleições de 2001, com 45,48 por cento dos votos, ficando atrás dos partidos à sua esquerda que, no conjunto recolheram 47,94 por cento dos sufrágios, nos 38.782 municípios franceses.
Com uma confortável vantagem para a segunda volta nas câmaras de Paris e Lille, os socialistas asseguraram já a reeleição em Lyon e conquistaram várias cidades médias como Alençon, Laval, Chalon-sur-Saône ou ainda Rodez e Rouen, que eram governadas há vários mandatos pela direita. Se se confirmarem as expectativas poderão também reaver Estrasburgo ou mesmo tomar Toulouse à UMP e talvez atingir o objectivo eleitoral proclamado pelo primeiro secretário do PS, François Holande, de recuperar 30 municípios dos 40 que o seu partido perdeu nas eleições de 2001.
Para Holande, os franceses expressaram com o seu voto «um aviso ao presidente da república e ao governo sobre a política conduzida nos últimos nove meses e em particular sobre o poder de compra».
Comunistas reforçam-se
O revés da maioria governamental foi igualmente sublinhado pelo reforço do Partido Comunista Francês que, logo na primeira volta, reconquistou à direita várias cidades como Dieppe (Alta-Normandia) e Vierzon (Centro) e confirmou as maiorias que detinha em municípios do Norte, Centro e Sul do país, estando em boa posição para obter novas vitórias na segunda volta.
Na segunda-feira, a secretária-geral do PCF anunciava que, em cidades com mais de 30 mil habitantes, 28 candidaturas comunistas tinham sido apuradas, das quais 16 tinham obtido mais de 50 por centro dos votos.
Em 58 municípios, com nove mil a 30 mil habitantes, actualmente dirigidos por eleitos do PCF, 36 presidências foram renovadas na primeira volta, e nas cidades de Nimes e Havre, ambas com mais de 100 mil habitantes, foram os candidatos comunistas que passaram à segunda volta, eliminando a concorrência socialista.
Na região de Paris, o PCF manteve as presidências em Champigny e Ivry-sur-Seine (Val-de-Marne), Malakoff, Nanterre, Bagneux e Gennevilliers (Hauts-de-Seine).
Em Seine-Saint-Denis (no nordeste da região de Paris), as listas do PCF impuseram-se em sete de oito disputas municipais com o PS (a câmara de Pierrefitte foi perdida para socialistas), e estão bem posicionadas para conservarem a presidência deste departamento que é governado pelos comunistas desde a sua criação em 1967.
De resto, nas eleições cantonais que se realizaram em simultâneo com as municipais, o resultado global do PCF atingiu os 8,85 por cento, segundo os dados do Ministério do Interior, confirmando o partido como a terceira força política do país.
Por seu lado, a Liga Comunista Revolucionária (trostkista), conseguiu resultados inesperados em cidades médias como Quimperlé (Finistère), onde atingiu 15,2 por cento, em Sotteville-lès-Rouen (Seine-Maritime), 13,8 por cento, e em Clermont-Ferrand (Puy-de-Dôme), 10,8 por cento.