Uma tarefa de sempre
O XI Congresso da CGTP constituiu um acontecimento de grande significado nacional e internacional que é necessário valorizar. A CGTP é um instrumento imprescindível para a defesa dos interesses dos trabalhadores e a promoção das suas aspirações mais sentidas.
Sindicalismo de classe e partido revolucionário são inseparáveis
É a maior, mais prestigiada e mais influente organização social do país. É uma força insubstituível na luta contra as políticas de direita e por uma alternativa democrática. A extraordinária manifestação de unidade, combatividade e confiança que o XI Congresso da CGTP constituiu é um elemento da mais alta importância para o prosseguimento da luta.
Mas dizendo isto é também oportuno dizer que a formidável e sofisticada campanha de ingerências na vida interna da CGTP que precedeu o Congresso foi derrotada. Bem sabemos que este tipo de campanha não constitui novidade. Desde o primeiro dia da sua fundação que a CGTP enfrentou a hostilidade do inimigo de classe nas diferentes roupagens que assumiu, primeiro na forma terrorista do fascismo, depois na forma «social-democrata» e «liberal» das políticas de recuperação capitalista conduzidas pelo PS, PSD e seus aliados.
Desde o primeiro momento que a CGTP, conquista histórica dos trabalhadores portugueses e importantíssimo pilar do regime democrático, teve de defender palmo a palmo, incluindo à custa de vítimas mortais, como aconteceu no 1.º de Maio de 1982 no Porto, a sua posição de grande organização representativa dos trabalhadores portugueses e a sua natureza de classe, democrática, unitária, de massas.
Quando o movimento sindical português, precisamente pelas mãos do mesmo partido que, em 1975, desencadeou a cruzada para «quebrar a espinha à Intersindical», está confrontado com uma autêntica declaração de guerra contra conquistas e direitos fundamentais, incluindo a contratação colectiva e a própria liberdade sindical, é particularmente importante sublinhar o significado de mais esta importante vitória dos trabalhadores que o Congresso da CGTP representa.
Aqueles que sonham com um sindicalismo amorfo, conformado perante as dificuldades e submisso ao reconstituído poder dos monopólios, têm boas razões para se inquietar. As orientações e decisões aprovadas pelos 950 delegados reunidos no pavilhão da FIL, rejeitam os cantos de sereia de velhíssimas «modernidades» e confirmam a posição de classe combativa da grande central unitária dos trabalhadores portugueses.
No contexto da aguda luta de classes que aí está, creio ser isto o que mais importa sublinhar. Entretanto, perante a intriga anticomunista desenvolvida durante meses contra o Congresso da CGTP e os ataques ao PCP a pretexto do Congresso, é indispensável acrescentar algo mais para que se não pense ser possível meter uma cunha entre o nosso Partido e o movimento sindical ou apagar da história do sindicalismo português o honroso papel dos comunistas que, com toda a legitimidade, se orgulham da sua contribuição ímpar para erguer e consolidar os sindicatos de classe e a sua confederação nacional e para afirmar e defender as características – natureza e independência de classe, unidade, democracia interna, linha de massas – que fazem da CGTP a grande força combativa que o seu XI Congresso confirmou e afirmou.
Reforçar o movimento sindical
Na sua intervenção no colóquio realizado em Outubro de 1985 na casa da CGTP para assinalar o seu 25.º aniversário – «CGTP – 25 anos com os trabalhadores: Raízes, Percurso, Actualidade» – o camarada Álvaro Cunhal afirmou: «A influência dos comunistas no movimento sindical não resulta de qualquer imposição ou ingerência partidária. Resulta em termos históricos, do papel que os comunistas tiveram na organização e dinamização da luta dos trabalhadores e nas organizações e luta de carácter sindical nas duras condições de repressão fascista durante dezenas de anos. Resulta do papel (que muitos esquecem e muitos outros muito voluntariamente omitem) dos comunistas (além de trabalhadores de outras tendências políticas, cujo papel sempre valorizamos e continuamos valorizando) na criação, dinâmica e actividade da CGTP-IN. Resulta (não de imposições externas e muito menos da vontade que alguém teria que intervenções de topo impedissem a expressão da vontade das bases) da confiança que os trabalhadores têm continuado a depositar em seus companheiros comunistas para as várias estruturas e responsabilidades nos sindicatos, nas Uniões e Federações, e na Central.»
Estas são palavras que os doze anos desde então decorridos não desmentiram.
A história do movimento operário português mostrou que sindicalismo de classe e Partido revolucionário são inseparáveis. Desenganem-se aqueles que sonham conseguir em Portugal o mesmo que noutros países: separar e opor o movimento sindical e o partido comunista e do mesmo golpe destruir a natureza de classe de um e de outro deixando campo livre à intensificação da exploração capitalista.
O que sucederá, isso sim, é que, seguindo uma tradição inerente à sua própria identidade, o PCP tudo fará para tornar os sindicatos ainda mais fortes e a sua acção ainda mais eficaz, tarefa a que as suas células de empresa e de local de trabalho, que queremos cada vez mais numerosas, continuarão a dar o melhor do seu esforço.
Mas dizendo isto é também oportuno dizer que a formidável e sofisticada campanha de ingerências na vida interna da CGTP que precedeu o Congresso foi derrotada. Bem sabemos que este tipo de campanha não constitui novidade. Desde o primeiro dia da sua fundação que a CGTP enfrentou a hostilidade do inimigo de classe nas diferentes roupagens que assumiu, primeiro na forma terrorista do fascismo, depois na forma «social-democrata» e «liberal» das políticas de recuperação capitalista conduzidas pelo PS, PSD e seus aliados.
Desde o primeiro momento que a CGTP, conquista histórica dos trabalhadores portugueses e importantíssimo pilar do regime democrático, teve de defender palmo a palmo, incluindo à custa de vítimas mortais, como aconteceu no 1.º de Maio de 1982 no Porto, a sua posição de grande organização representativa dos trabalhadores portugueses e a sua natureza de classe, democrática, unitária, de massas.
Quando o movimento sindical português, precisamente pelas mãos do mesmo partido que, em 1975, desencadeou a cruzada para «quebrar a espinha à Intersindical», está confrontado com uma autêntica declaração de guerra contra conquistas e direitos fundamentais, incluindo a contratação colectiva e a própria liberdade sindical, é particularmente importante sublinhar o significado de mais esta importante vitória dos trabalhadores que o Congresso da CGTP representa.
Aqueles que sonham com um sindicalismo amorfo, conformado perante as dificuldades e submisso ao reconstituído poder dos monopólios, têm boas razões para se inquietar. As orientações e decisões aprovadas pelos 950 delegados reunidos no pavilhão da FIL, rejeitam os cantos de sereia de velhíssimas «modernidades» e confirmam a posição de classe combativa da grande central unitária dos trabalhadores portugueses.
No contexto da aguda luta de classes que aí está, creio ser isto o que mais importa sublinhar. Entretanto, perante a intriga anticomunista desenvolvida durante meses contra o Congresso da CGTP e os ataques ao PCP a pretexto do Congresso, é indispensável acrescentar algo mais para que se não pense ser possível meter uma cunha entre o nosso Partido e o movimento sindical ou apagar da história do sindicalismo português o honroso papel dos comunistas que, com toda a legitimidade, se orgulham da sua contribuição ímpar para erguer e consolidar os sindicatos de classe e a sua confederação nacional e para afirmar e defender as características – natureza e independência de classe, unidade, democracia interna, linha de massas – que fazem da CGTP a grande força combativa que o seu XI Congresso confirmou e afirmou.
Reforçar o movimento sindical
Na sua intervenção no colóquio realizado em Outubro de 1985 na casa da CGTP para assinalar o seu 25.º aniversário – «CGTP – 25 anos com os trabalhadores: Raízes, Percurso, Actualidade» – o camarada Álvaro Cunhal afirmou: «A influência dos comunistas no movimento sindical não resulta de qualquer imposição ou ingerência partidária. Resulta em termos históricos, do papel que os comunistas tiveram na organização e dinamização da luta dos trabalhadores e nas organizações e luta de carácter sindical nas duras condições de repressão fascista durante dezenas de anos. Resulta do papel (que muitos esquecem e muitos outros muito voluntariamente omitem) dos comunistas (além de trabalhadores de outras tendências políticas, cujo papel sempre valorizamos e continuamos valorizando) na criação, dinâmica e actividade da CGTP-IN. Resulta (não de imposições externas e muito menos da vontade que alguém teria que intervenções de topo impedissem a expressão da vontade das bases) da confiança que os trabalhadores têm continuado a depositar em seus companheiros comunistas para as várias estruturas e responsabilidades nos sindicatos, nas Uniões e Federações, e na Central.»
Estas são palavras que os doze anos desde então decorridos não desmentiram.
A história do movimento operário português mostrou que sindicalismo de classe e Partido revolucionário são inseparáveis. Desenganem-se aqueles que sonham conseguir em Portugal o mesmo que noutros países: separar e opor o movimento sindical e o partido comunista e do mesmo golpe destruir a natureza de classe de um e de outro deixando campo livre à intensificação da exploração capitalista.
O que sucederá, isso sim, é que, seguindo uma tradição inerente à sua própria identidade, o PCP tudo fará para tornar os sindicatos ainda mais fortes e a sua acção ainda mais eficaz, tarefa a que as suas células de empresa e de local de trabalho, que queremos cada vez mais numerosas, continuarão a dar o melhor do seu esforço.