Cuba prossegue caminho revolucionário
Fidel Castro anunciou que não aceitará uma nova nomeação para o cargo de Presidente do Conselho de Estado, revelando que neste momento deseja «apenas combater como um soldado das ideias».
Devemos ser prudentes no êxito e firmes na adversidade
«Aos meus estimados compatriotas, que recentemente me honraram com a eleição para o cargo de membro do parlamento e em cujo seio se devem adoptar importantes decisões para o destino da nossa revolução, comunico que não aspiro nem aceitarei – repito, não aspiro nem aceitarei – ser indicado para os cargos de Presidente do Conselho de Estado», escreve Fidel Castro em carta aberta ao povo cubano, divulgada terça-feira, dia 18.
«Sem dramatismo», o Comandante em Chefe justifica a decisão com a impossibilidade de «ocupar uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega total que não estou em condições físicas de oferecer».
No texto, Fidel recorda também que devido ao seu estado crítico de saúde, desde 31 de Julho de 2006, «muitos no exterior pensavam que a renuncia provisória ao cargo de Presidente do Conselho de Estado era definitiva», factor que tornava a sua posição incómoda «frente a um adversário que tudo fez para se desembaraçar de mim».
Apesar disso, acrescenta, «sempre me preocupei, ao falar da minha saúde, em evitar ilusões que no caso de um desenlace adverso trariam notícias traumáticas para o nosso povo em plena batalha», e, assim, «prepará-lo para a minha ausência, psicológica e politicamente, era a minha primeira obrigação depois de tantos anos de luta».
Confiança no futuro
Alertando que «o caminho será sempre difícil e requererá o esforço inteligente de todos», e sublinhando que o povo se deve «preparar sempre para a pior das variantes» e ser «tão prudente no êxito como firme na adversidade», Fidel Castro manifesta a sua profunda confiança nos dirigentes revolucionários.
«Afortunadamente, o nosso processo conta todavia com quadros da velha guarda, junto aos quais estão os que eram muito jovens quando se iniciou a revolução», e ainda «uma geração intermédia que aprendeu os elementos da complexa arte de organizar e dirigir uma revolução», sustenta.
No final da carta, Fidel expressa o seu desejo de «apenas combater como um soldado das ideias», consciente de que, dessa forma, o povo «terá mais uma arma com que contar no arsenal».
Fidel Castro Ruz foi durante 18 anos o primeiro-ministro de Cuba.
A 15 de Fevereiro de 1976, com a aprovação da Constituição Socialista por livre escolha e voto directo de 95 por cento dos cubanos, foram estabelecidos os actuais moldes dos organismos representativos, entre os quais a Assembleia Nacional do Poder Popular, a qual, em Dezembro desse mesmo ano, elegeu Fidel Castro para a Presidência do Conselho de Estado.
Em todos os sufrágios subsequentes, Fidel Castro foi eleito deputado e depois reconduzido na chefia do Estado pelo povo, em actos com taxas de participação sempre superiores aos 90 por cento dos eleitores.
«Sem dramatismo», o Comandante em Chefe justifica a decisão com a impossibilidade de «ocupar uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega total que não estou em condições físicas de oferecer».
No texto, Fidel recorda também que devido ao seu estado crítico de saúde, desde 31 de Julho de 2006, «muitos no exterior pensavam que a renuncia provisória ao cargo de Presidente do Conselho de Estado era definitiva», factor que tornava a sua posição incómoda «frente a um adversário que tudo fez para se desembaraçar de mim».
Apesar disso, acrescenta, «sempre me preocupei, ao falar da minha saúde, em evitar ilusões que no caso de um desenlace adverso trariam notícias traumáticas para o nosso povo em plena batalha», e, assim, «prepará-lo para a minha ausência, psicológica e politicamente, era a minha primeira obrigação depois de tantos anos de luta».
Confiança no futuro
Alertando que «o caminho será sempre difícil e requererá o esforço inteligente de todos», e sublinhando que o povo se deve «preparar sempre para a pior das variantes» e ser «tão prudente no êxito como firme na adversidade», Fidel Castro manifesta a sua profunda confiança nos dirigentes revolucionários.
«Afortunadamente, o nosso processo conta todavia com quadros da velha guarda, junto aos quais estão os que eram muito jovens quando se iniciou a revolução», e ainda «uma geração intermédia que aprendeu os elementos da complexa arte de organizar e dirigir uma revolução», sustenta.
No final da carta, Fidel expressa o seu desejo de «apenas combater como um soldado das ideias», consciente de que, dessa forma, o povo «terá mais uma arma com que contar no arsenal».
Fidel Castro Ruz foi durante 18 anos o primeiro-ministro de Cuba.
A 15 de Fevereiro de 1976, com a aprovação da Constituição Socialista por livre escolha e voto directo de 95 por cento dos cubanos, foram estabelecidos os actuais moldes dos organismos representativos, entre os quais a Assembleia Nacional do Poder Popular, a qual, em Dezembro desse mesmo ano, elegeu Fidel Castro para a Presidência do Conselho de Estado.
Em todos os sufrágios subsequentes, Fidel Castro foi eleito deputado e depois reconduzido na chefia do Estado pelo povo, em actos com taxas de participação sempre superiores aos 90 por cento dos eleitores.