Notícias da Terra
Há notícias que pura e simplesmente não vêm nos jornais, não fazem parte dos critérios, da agenda, das opções do editor e de tudo aquilo que possa justificar o que não pode ser justificado. Outras há, que assumindo uma dimensão esmagadora, cumprem escrupulosamente o seu diário papel na intoxicação, na formatação, na imposição de valores, na alienação, engrossando o caudal da ofensiva ideológica que visa facilitar a opressão e exploração em que o sistema se baseia.
Ora, esta constatação, não nos deve levar a menosprezar, esquematizar ou simplificar aquilo que se lê, ouve e vê, antes, a reflectir e a estar mais atento. Dirá o leitor, mas onde se quer chegar com tamanha introdução? A esta dúvida simples: Mas porque é que surge agora tanta «informação» sobre a situação ambiental? É certo que falamos de um dos grandes problemas do mundo contemporâneo, mas não o são as desigualdades? A pobreza? A exploração? Confesso que me faltam respostas para tão empenhada e ampla campanha, que até já deu um prémio Nobel da Paz a um talentoso senhor da guerra pelo seu empenho na luta contra o «aquecimento global».
Mas pouco a pouco, nesta realidade tão complexa, lá se vão conseguindo vislumbrar algo mais do que inflamadas preocupações com os equilíbrios do Planeta. Por estes dias, tropecei com uma curta notícia com o seguinte título: «Sabadell já tem 10% da bolsa portuguesa de carbono». Para que se saiba, Sabadell é nome de Banco, com sede em Espanha, a bolsa portuguesa de carbono existe, chama-se SendeCO2 e é a primeira plataforma de negociação de licenças de CO2 de Portugal e do sul da Europa. Em comunicado o dito banco afirmou o seu interesse em «aproveitar as oportunidades comerciais que se desenvolvem na crescente consciencialização da sociedade sobre a necessidade de tornar compatível o desenvolvimento económico com a sustentabilidade ecológica».
Este pequeno apontamento não se destina a discutir a evidência de que hoje a humanidade enfrenta sérios problemas ambientais, muito menos a menosprezar importantes passos na consciencialização sobre esta realidade. O que se pretende é sublinhar a ideia de que os trabalhadores e os Povos estão hoje confrontados não apenas com o agravamento da situação ambiental, mas também, com a sua crescente instrumentalização pelo Capital como forma de obter mais lucros, impedindo o seu desenvolvimento e emancipação, encontrando novas formas de apropriação e rapina dos seus recursos e esbatendo contradições emergentes da agudização da luta de classes.
Ora, esta constatação, não nos deve levar a menosprezar, esquematizar ou simplificar aquilo que se lê, ouve e vê, antes, a reflectir e a estar mais atento. Dirá o leitor, mas onde se quer chegar com tamanha introdução? A esta dúvida simples: Mas porque é que surge agora tanta «informação» sobre a situação ambiental? É certo que falamos de um dos grandes problemas do mundo contemporâneo, mas não o são as desigualdades? A pobreza? A exploração? Confesso que me faltam respostas para tão empenhada e ampla campanha, que até já deu um prémio Nobel da Paz a um talentoso senhor da guerra pelo seu empenho na luta contra o «aquecimento global».
Mas pouco a pouco, nesta realidade tão complexa, lá se vão conseguindo vislumbrar algo mais do que inflamadas preocupações com os equilíbrios do Planeta. Por estes dias, tropecei com uma curta notícia com o seguinte título: «Sabadell já tem 10% da bolsa portuguesa de carbono». Para que se saiba, Sabadell é nome de Banco, com sede em Espanha, a bolsa portuguesa de carbono existe, chama-se SendeCO2 e é a primeira plataforma de negociação de licenças de CO2 de Portugal e do sul da Europa. Em comunicado o dito banco afirmou o seu interesse em «aproveitar as oportunidades comerciais que se desenvolvem na crescente consciencialização da sociedade sobre a necessidade de tornar compatível o desenvolvimento económico com a sustentabilidade ecológica».
Este pequeno apontamento não se destina a discutir a evidência de que hoje a humanidade enfrenta sérios problemas ambientais, muito menos a menosprezar importantes passos na consciencialização sobre esta realidade. O que se pretende é sublinhar a ideia de que os trabalhadores e os Povos estão hoje confrontados não apenas com o agravamento da situação ambiental, mas também, com a sua crescente instrumentalização pelo Capital como forma de obter mais lucros, impedindo o seu desenvolvimento e emancipação, encontrando novas formas de apropriação e rapina dos seus recursos e esbatendo contradições emergentes da agudização da luta de classes.