Consolidação na luta
Seis meses após a fusão das federações que deram origem à Fiequimetal, o primeiro congresso veio consolidar a maior federação sindical na indústria, como instrumento para melhor defender o emprego, os salários e os direitos dos trabalhadores.
Uma organização mais forte serve melhor os trabalhadores
No congresso, realizado dia 30 de Novembro, no Cine-Teatro São João, no Entroncamento, participaram 357 delegados de 13 sindicatos da metalurgia, da química e farmacêutica, das indústrias eléctricas, da energia e do sector mineiro, os quais, no total, possuem cerca de 80 mil associados. Reunidos, com mais quase uma centena de convidados, sob o lema «Juntos avançamos! Sindicatos mais fortes, melhores salários, emprego estável com direitos!», tinham por principal missão aprovar o Programa de Acção da jovem federação, para os próximos quatro anos, e eleger a Direcção Nacional, para o mandato até 2011.
O anteprojecto de Programa de Acção, base da discussão preparatória, já recordava que, para os sindicatos da CGTP-IN, «a organização não constitui um fim em si mesmo, mas é um instrumento indispensável para os trabalhadores alcançarem os seus objectivos reivindicativos, defenderem os direitos e melhorarem as suas condições de vida e de trabalho».
Logo no início dos trabalhos, foi dirigida uma saudação especial aos trabalhadores da Administração Pública, nesse dia em greve, e foram saudados delegados que vinham de empresas onde, também nesse dia, os operários recorreram à paralisação do trabalho como forma de luta.
Que o congresso ficou «ancorado na acção e luta destes seis meses», notou o coordenador da federação, ao apresentar o Programa de Acção. João Silva, que é membro da Comissão Executiva da CGTP-IN, recordou as acções realizadas, a vários níveis, contra o boicote patronal da contratação colectiva nos principais sectores abrangidos pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas. Vibrantes aplausos sublinharam a referência feita à luta na Valorsul. O dirigente lembrou ainda a participação dos trabalhadores dos sectores abrangidos pela Fiequimetal nas jornadas de âmbito nacional, realçando que, respondendo à feroz ofensiva do patronato e do Governo, a luta «atingiu o patamar mais elevado dos últimos 20 anos» - coincidindo com o período de preparação do congresso.
A ligação íntima entre o desenvolvimento das lutas e o reforço da organização sindical foi ilustrada com mais de dois mil novos associados, desde Maio, nos sindicatos que constituem a Fiequimetal.
Com tão intenso semestre e no seguimento da cooperação de muitos meses que antecedeu a fusão das anteriores FSTIEP e Fequimetal, João Silva classificou a reunião magna no Entroncamento como «o congresso da consolidação» da jovem Fiequimetal.
Continua!
Nas quase três dezenas de intervenções, ouviram-se vários nomes de empresas e sectores que têm suscitado notícias, devido às lutas desenvolvidas pelos trabalhadores, como a Gestnave, a Petrogal, a Valorsul (onde a luta pelos direitos e em defesa do AE resultou na sindicalização de mais de 70 trabalhadores e na eleição de mais dois delegados sindicais); como a Sakhti (ex-Portcast), a Portucel, a Qimonda (onde um grupo de trabalhadoras e trabalhadores continua a recusar as jornadas de 12 horas e 15 minutos), a Lisnave (com a mobilização de nacionais e estrangeiros na greve geral de 30 de Maio); como as indústrias eléctricas e o sector automóvel (contra o boicote patronal da contratação colectiva e as tentativas de imposição de «contratos do patrão»); como os mineiros (em defesa dos postos de trabalho e da exploração racional e integral, em Aljustrel e Neves Corvo, ou pela justa reparação pela exposição à radioactividade, na ex-ENU).
Quase todos os delegados concluíram os discursos com a afirmação de que «a luta continua», quase sempre acompanhados por um convincente coro de centenas de vozes.
Com um apelo à participação na acção sindical de dia 13, quinta-feira da próxima semana - acção que, exigindo o referendo popular, acompanhará a assinatura, pelos chefes de Estado e de Governo dos 27 estados-membros, do «tratado reformador» da União Europeia, nos Jerónimos - concluiu a intervenção do secretário-geral da CGTP-IN. Carvalho da Silva interveio no encerramento do congresso da federação que abrange «o sector a que pertenço», como assinalou, e salientou as posições contidas no Programa de Acção (e numa moção «Por uma nova política industrial e energética». «Estes são sectores importantes, porque não há desenvolvimento sem aparelho produtivo», enfatizou, apelando ainda a que o contributo da Fiequimetal «para reforçar a CGTP-IN», dado com este congresso, seja levado igualmente até ao próximo congresso da central, marcado para 15 e 16 de Fevereiro próximo.
O anteprojecto de Programa de Acção, base da discussão preparatória, já recordava que, para os sindicatos da CGTP-IN, «a organização não constitui um fim em si mesmo, mas é um instrumento indispensável para os trabalhadores alcançarem os seus objectivos reivindicativos, defenderem os direitos e melhorarem as suas condições de vida e de trabalho».
Logo no início dos trabalhos, foi dirigida uma saudação especial aos trabalhadores da Administração Pública, nesse dia em greve, e foram saudados delegados que vinham de empresas onde, também nesse dia, os operários recorreram à paralisação do trabalho como forma de luta.
Que o congresso ficou «ancorado na acção e luta destes seis meses», notou o coordenador da federação, ao apresentar o Programa de Acção. João Silva, que é membro da Comissão Executiva da CGTP-IN, recordou as acções realizadas, a vários níveis, contra o boicote patronal da contratação colectiva nos principais sectores abrangidos pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas. Vibrantes aplausos sublinharam a referência feita à luta na Valorsul. O dirigente lembrou ainda a participação dos trabalhadores dos sectores abrangidos pela Fiequimetal nas jornadas de âmbito nacional, realçando que, respondendo à feroz ofensiva do patronato e do Governo, a luta «atingiu o patamar mais elevado dos últimos 20 anos» - coincidindo com o período de preparação do congresso.
A ligação íntima entre o desenvolvimento das lutas e o reforço da organização sindical foi ilustrada com mais de dois mil novos associados, desde Maio, nos sindicatos que constituem a Fiequimetal.
Com tão intenso semestre e no seguimento da cooperação de muitos meses que antecedeu a fusão das anteriores FSTIEP e Fequimetal, João Silva classificou a reunião magna no Entroncamento como «o congresso da consolidação» da jovem Fiequimetal.
Continua!
Nas quase três dezenas de intervenções, ouviram-se vários nomes de empresas e sectores que têm suscitado notícias, devido às lutas desenvolvidas pelos trabalhadores, como a Gestnave, a Petrogal, a Valorsul (onde a luta pelos direitos e em defesa do AE resultou na sindicalização de mais de 70 trabalhadores e na eleição de mais dois delegados sindicais); como a Sakhti (ex-Portcast), a Portucel, a Qimonda (onde um grupo de trabalhadoras e trabalhadores continua a recusar as jornadas de 12 horas e 15 minutos), a Lisnave (com a mobilização de nacionais e estrangeiros na greve geral de 30 de Maio); como as indústrias eléctricas e o sector automóvel (contra o boicote patronal da contratação colectiva e as tentativas de imposição de «contratos do patrão»); como os mineiros (em defesa dos postos de trabalho e da exploração racional e integral, em Aljustrel e Neves Corvo, ou pela justa reparação pela exposição à radioactividade, na ex-ENU).
Quase todos os delegados concluíram os discursos com a afirmação de que «a luta continua», quase sempre acompanhados por um convincente coro de centenas de vozes.
Com um apelo à participação na acção sindical de dia 13, quinta-feira da próxima semana - acção que, exigindo o referendo popular, acompanhará a assinatura, pelos chefes de Estado e de Governo dos 27 estados-membros, do «tratado reformador» da União Europeia, nos Jerónimos - concluiu a intervenção do secretário-geral da CGTP-IN. Carvalho da Silva interveio no encerramento do congresso da federação que abrange «o sector a que pertenço», como assinalou, e salientou as posições contidas no Programa de Acção (e numa moção «Por uma nova política industrial e energética». «Estes são sectores importantes, porque não há desenvolvimento sem aparelho produtivo», enfatizou, apelando ainda a que o contributo da Fiequimetal «para reforçar a CGTP-IN», dado com este congresso, seja levado igualmente até ao próximo congresso da central, marcado para 15 e 16 de Fevereiro próximo.