Trabalhistas vencem eleições
Os trabalhistas australianos liderados por Kevin Rudd venceram as eleições gerais do passado sábado no país pondo fim a onze anos de governos conservadores.
Segundo dados divulgados pela Comissão Eleitoral da Austrália, o Partido Trabalhista garantiu cerca de 53 por cento dos votos contra os 47 por cento obtidos pela Coligação Liberal do primeiro-ministro John Howard.
No decurso da campanha, o debate entre as duas formações que dominam a cena política australiana nas últimas décadas revelou que, ao contrário do executivo agora derrotado, os trabalhistas defendem a retirada das tropas australianas do Iraque, a assinatura do Protocolo de Quioto – tratado que nem a Austrália nem os EUA subscreveram apesar de serem dos que mais contribuem para o aquecimento global – e um conjunto de medidas novas no que à política fiscal diz respeito, factos que em muito terão contribuído para que a maioria dos mais de 13 milhões de eleitores tenham confiado o seu voto nas promessas de mudança de Kevin Rudd.
Continuar a luta
Howard foi um dos políticos mais impopulares de sempre no país. Durante o seu governo, atrelou a Austrália aos interesses do imperialismo norte-americano na invasão e ocupação do Iraque onde o país mantém 1500 soldados; levou a cabo um programa de privatizações e atacou o sistema de protecção social nos sectores da saúde e educação, restringiu os direitos e liberdades fundamentais justificando tais medidas com o «combate ao terrorismo»; atacou os direitos laborais em matéria de salário mínimo, organização sindical e legitimidade da negociação colectiva, nomeadamente através da imposição de um mecanismo de contratação individual.
No discurso de vitória, Rudd foi esquivo quanto a estas questões, dizendo pugnar por uma «certa unidade entre o público e o privado, o sindical e o empresarial», facto que confirma a justeza do alerta lançado pelo Partido Comunista da Austrália, três dias antes das eleições, no The Guardian.
No artigo publicado no semanário, cuja manchete foi «Vamos correr com Howard», os comunistas australianos lembram que muitos dos sindicalistas envolvidos nas campanhas recentes contra a política antipopular do governo rejeitaram apoiar abertamente os trabalhistas devido às opções de direita destes em matéria laboral, pelo que, apelam, tão importante como derrotar a Coligação Liberal é, independentemente do partido que ocupe o poder, não afrouxar a luta contra a supressão dos mais elementares direitos e garantias dos trabalhadores.
Segundo dados divulgados pela Comissão Eleitoral da Austrália, o Partido Trabalhista garantiu cerca de 53 por cento dos votos contra os 47 por cento obtidos pela Coligação Liberal do primeiro-ministro John Howard.
No decurso da campanha, o debate entre as duas formações que dominam a cena política australiana nas últimas décadas revelou que, ao contrário do executivo agora derrotado, os trabalhistas defendem a retirada das tropas australianas do Iraque, a assinatura do Protocolo de Quioto – tratado que nem a Austrália nem os EUA subscreveram apesar de serem dos que mais contribuem para o aquecimento global – e um conjunto de medidas novas no que à política fiscal diz respeito, factos que em muito terão contribuído para que a maioria dos mais de 13 milhões de eleitores tenham confiado o seu voto nas promessas de mudança de Kevin Rudd.
Continuar a luta
Howard foi um dos políticos mais impopulares de sempre no país. Durante o seu governo, atrelou a Austrália aos interesses do imperialismo norte-americano na invasão e ocupação do Iraque onde o país mantém 1500 soldados; levou a cabo um programa de privatizações e atacou o sistema de protecção social nos sectores da saúde e educação, restringiu os direitos e liberdades fundamentais justificando tais medidas com o «combate ao terrorismo»; atacou os direitos laborais em matéria de salário mínimo, organização sindical e legitimidade da negociação colectiva, nomeadamente através da imposição de um mecanismo de contratação individual.
No discurso de vitória, Rudd foi esquivo quanto a estas questões, dizendo pugnar por uma «certa unidade entre o público e o privado, o sindical e o empresarial», facto que confirma a justeza do alerta lançado pelo Partido Comunista da Austrália, três dias antes das eleições, no The Guardian.
No artigo publicado no semanário, cuja manchete foi «Vamos correr com Howard», os comunistas australianos lembram que muitos dos sindicalistas envolvidos nas campanhas recentes contra a política antipopular do governo rejeitaram apoiar abertamente os trabalhistas devido às opções de direita destes em matéria laboral, pelo que, apelam, tão importante como derrotar a Coligação Liberal é, independentemente do partido que ocupe o poder, não afrouxar a luta contra a supressão dos mais elementares direitos e garantias dos trabalhadores.