Associação patronal subornou sindicatos
As autoridades francesas descobriram a existência de um «saco azul» no valor de pelo menos 160 milhões de euros, que terá sido constituído originalmente pela associação patronal da metalurgia para apoiar os empresários a resistir às greves.
Contudo, factos recentemente divulgados indicam que o «saco azul» tem sido utilizado ao longo dos últimos 50 anos pelo patronato francês para corromper sindicatos.
Tudo começou quando a brigada financeira do Ministério das Finanças se interessou pelos levantamentos de grandes somas em dinheiro, efectuados regularmente pelo presidente da UIMM (União das Indústrias e Profissões da Metalurgia) de uma conta corrente desta associação patronal.
No dia 3 de Outubro, a polícia financeira revistou o domicílio de Denis Gautier-Sauvagnac, bem como as instalações da UIMM e de uma das suas colaboradoras, encontrando cerca de meio milhão de euros em dinheiro.
Nos dias seguintes, os investigadores descobriram outras três contas pertencentes à associação, das quais tinham sido levantados pelo menos 17 milhões de euros em dinheiro entre 2000 e 2007 (Le Monde, 15.10).
A existência do «saco azul» foi reconhecida pela organização patronal da metalurgia e a sua criação poderá datar, segundo algumas fontes, de Maio de 1968. Outras situam-na em 1952. Em qualquer dos casos destinava-se «a combater a hegemonia comunista no seio do sector sindical» (El País, 17.10).
Alimentada por contribuições voluntárias e suplementares dos associados da UIMM, o «saco azul» terá gerado ao longo destas décadas várias centenas de milhões de euros.
Numa entrevista ao jornal Le Monde (edição citada), Daniel Dewavrin, predecessor de Gautier-Sauvagnac, confirmou que os fundos serviam para «fluidificar as relações sociais», acrescentando que no passado os montantes utilizados para «objectivos sociais» eram muito mais avultados que os apurados pela investigação.
Um outro antigo presidente da UIMM, François Ceyrac, hoje com 95 anos, manifestou a sua solidariedade com Gautier-Sauvagnac, afirmando numa carta que «estou bem colocado para saber que as acções de que é acusado, que consistem em entregar ajudas em dinheiro a diversos parceiros da vida social, estão na continuidade histórica da UIMM na sua missão de busca de um diálogo social».
Contudo, factos recentemente divulgados indicam que o «saco azul» tem sido utilizado ao longo dos últimos 50 anos pelo patronato francês para corromper sindicatos.
Tudo começou quando a brigada financeira do Ministério das Finanças se interessou pelos levantamentos de grandes somas em dinheiro, efectuados regularmente pelo presidente da UIMM (União das Indústrias e Profissões da Metalurgia) de uma conta corrente desta associação patronal.
No dia 3 de Outubro, a polícia financeira revistou o domicílio de Denis Gautier-Sauvagnac, bem como as instalações da UIMM e de uma das suas colaboradoras, encontrando cerca de meio milhão de euros em dinheiro.
Nos dias seguintes, os investigadores descobriram outras três contas pertencentes à associação, das quais tinham sido levantados pelo menos 17 milhões de euros em dinheiro entre 2000 e 2007 (Le Monde, 15.10).
A existência do «saco azul» foi reconhecida pela organização patronal da metalurgia e a sua criação poderá datar, segundo algumas fontes, de Maio de 1968. Outras situam-na em 1952. Em qualquer dos casos destinava-se «a combater a hegemonia comunista no seio do sector sindical» (El País, 17.10).
Alimentada por contribuições voluntárias e suplementares dos associados da UIMM, o «saco azul» terá gerado ao longo destas décadas várias centenas de milhões de euros.
Numa entrevista ao jornal Le Monde (edição citada), Daniel Dewavrin, predecessor de Gautier-Sauvagnac, confirmou que os fundos serviam para «fluidificar as relações sociais», acrescentando que no passado os montantes utilizados para «objectivos sociais» eram muito mais avultados que os apurados pela investigação.
Um outro antigo presidente da UIMM, François Ceyrac, hoje com 95 anos, manifestou a sua solidariedade com Gautier-Sauvagnac, afirmando numa carta que «estou bem colocado para saber que as acções de que é acusado, que consistem em entregar ajudas em dinheiro a diversos parceiros da vida social, estão na continuidade histórica da UIMM na sua missão de busca de um diálogo social».