A Balcanização do Médio Oriente
A luta dos povos é mais forte e consegue fazer ruir as muralhas do totalitarismo
A resistência do povo iraquiano, caos e sofrimento provocados pela invasão norte-americana estão finalmente a quebrar a muralha da propaganda belicista nos Estados Unidos. Cada vez mais jornalistas, generais e congressistas comecam a distanciar-se das mentiras da Casa Branca e do Pentágono e a reconhecer que a agressão contra o Iraque está a transformar-se num desastre para a maior potência militar do planeta e numa tragédia de dimensão apocalíptica para o povo iraquiano. No acto da entrega de um prémio de imprensa na Alemanha, o jornalista do New York Times, Seymour Hersh, pergunta porque é que a comunicação social, o Congresso e os militares norte-americanos falharam no controlo da utilização abusiva e inconstitucional do poder por G. Bush e a sua equipa? Como jornalista não compreende que os seus colegas tenham apoiado Bush e o desencadear da guerra no Iraque como se fossem «os animadores de uma equipa de futebol» (Cheerleader).
Tal comportamente não é exclusivo da imprensa norte-americana. Basta verificar quantos papagaios do imperialismo informaram os seus leitores de que «Dalai Lama» significa Deus-Rei? Ou de que em 1959, quando da sua última tentativa contra-revolucionária para impedir a abolição da escravatura no Tibete, a família do Dalai Lama possuia três mil escravos?
As declarações recentes sobre o «pesadelo da guerra do Iraque» proferidas pelo general norte-americano Sanches, um militar que até 2004 cumpriu à risca a estratégia de massacres e tortura do Pentágono em Bagdad, surgem depois de Seymour M.. Hersh ter revelado que os Estados Unidos estão a concretizar na Mesopotâmia um plano, de «limpeza étnica». Centenas de milhares de chiitas que viviam em Anbar foram obrigados a aceitar a deportação para os bairros chiitas de Bagdad onde vivem num mar de tendas atrás de enormes muralhas de cimento armado. O jornalista considera perverso que o general Petreus e o presidente Bush, o qual no início do ano defendera que a nova estratégia se destinava a restabelecer a unidade do Iraque, avaliem os resultados do plano «onda» (the surge) como um «progresso». Hersh pergunta como é que os Bush, Kissinger e Nixon, governantes que têm «o poder de enviar os nossos filhos para matar e serem mortos» podem «mentir e manipular a verdade» tão descaradamente? (Die Zeit, 27.11.07).
Face à impossibilidade de vencer a resistência dos povos do Médio Oriente, o imperialismo optou pela estratégia incendiária e desestabilizadora de acicatar os conflitos étnicos e religiosos na região. Do Líbano e da Palestina ao Iraque, Afeganistão e Irão, a destruição dos estados que não aceitam o roubo dos territórios palestinianos por Israel e o domínio imperialista dos Estados Unidos e da União Europeia passou a ser um dos objectivos centrais da equipa de Bush, independentemente das consequências terríveis que daí possam advir para a paz mundial. Segundo o Die Welt, firmas de mercenários que trabalham com o Pentágono estão a introduzir clandestinamente armas e outro material militar no Iraque (provavelmente explosivos), tal como os serviços secretos alemães o fizeram no Kosovo com o UCK. Aliás, também a actual situação no Kosovo é bem o exemplo de que os Estados Unidos e a União Europeia pretendem liquidar o direito internacional e impor o poder totalitário da sua ditadura imperialista. Mas a resistência do povo iraquiano está demonstrar que a luta dos povos é mais forte e consegue fazer ruir as muralhas do totalitarismo.
Tal comportamente não é exclusivo da imprensa norte-americana. Basta verificar quantos papagaios do imperialismo informaram os seus leitores de que «Dalai Lama» significa Deus-Rei? Ou de que em 1959, quando da sua última tentativa contra-revolucionária para impedir a abolição da escravatura no Tibete, a família do Dalai Lama possuia três mil escravos?
As declarações recentes sobre o «pesadelo da guerra do Iraque» proferidas pelo general norte-americano Sanches, um militar que até 2004 cumpriu à risca a estratégia de massacres e tortura do Pentágono em Bagdad, surgem depois de Seymour M.. Hersh ter revelado que os Estados Unidos estão a concretizar na Mesopotâmia um plano, de «limpeza étnica». Centenas de milhares de chiitas que viviam em Anbar foram obrigados a aceitar a deportação para os bairros chiitas de Bagdad onde vivem num mar de tendas atrás de enormes muralhas de cimento armado. O jornalista considera perverso que o general Petreus e o presidente Bush, o qual no início do ano defendera que a nova estratégia se destinava a restabelecer a unidade do Iraque, avaliem os resultados do plano «onda» (the surge) como um «progresso». Hersh pergunta como é que os Bush, Kissinger e Nixon, governantes que têm «o poder de enviar os nossos filhos para matar e serem mortos» podem «mentir e manipular a verdade» tão descaradamente? (Die Zeit, 27.11.07).
Face à impossibilidade de vencer a resistência dos povos do Médio Oriente, o imperialismo optou pela estratégia incendiária e desestabilizadora de acicatar os conflitos étnicos e religiosos na região. Do Líbano e da Palestina ao Iraque, Afeganistão e Irão, a destruição dos estados que não aceitam o roubo dos territórios palestinianos por Israel e o domínio imperialista dos Estados Unidos e da União Europeia passou a ser um dos objectivos centrais da equipa de Bush, independentemente das consequências terríveis que daí possam advir para a paz mundial. Segundo o Die Welt, firmas de mercenários que trabalham com o Pentágono estão a introduzir clandestinamente armas e outro material militar no Iraque (provavelmente explosivos), tal como os serviços secretos alemães o fizeram no Kosovo com o UCK. Aliás, também a actual situação no Kosovo é bem o exemplo de que os Estados Unidos e a União Europeia pretendem liquidar o direito internacional e impor o poder totalitário da sua ditadura imperialista. Mas a resistência do povo iraquiano está demonstrar que a luta dos povos é mais forte e consegue fazer ruir as muralhas do totalitarismo.